Durante o debate do projecto de resolução do CDS-PP que recomendava o estudo da hipótese da manutenção da Portela, conjugada com outro aeroporto médio, os socialistas estiveram isolados na rejeição dessa proposta, com PSD, PCP, BE e partido ecologista Os Verdes a apoiar os democratas-cristãos.
"O que nos importa é criar as condições para que se estude tudo quanto houver a estudar e, depois, se adopte a melhor solução para Lisboa e para o interesse nacional. Sem cartas marcadas, sem reserva mental e, sobretudo, com seriedade de propósitos", defendeu o líder parlamentar do PSD, Luís Marques Guedes.
Justificando, assim, o voto favorável da bancada do PSD à proposta dos democratas-cristãos, Marques Guedes insistiu que "não deve haver posições fechadas".
"Todos merecem ver as suas dúvidas dissipadas", acrescentou o líder da bancada social-democrata, considerando que este é "o tempo da análise séria, do confronto das vantagens e inconvenientes de cada solução, da procura do maior consenso técnico e político".
Pelo PCP, o deputado Bruno Dias assinalou também a "incontornável necessidade" de estudar as várias opções possíveis "com todo o rigor".
"Neste processo de decisão, não é legítimo nem é aceitável que haja soluções que à partida possam ser credíveis ou dignas de estudo, que sejam liminarmente rejeitadas", afirmou o deputado do PCP, que também votou favoravelmente o projecto de resolução do CDS-PP.
Corroborando a posição do PSD e do PCP, a deputada do BE Helena Pinto apontou igualmente "o avolumar das dúvidas", defendendo que "a melhor localização deve ser assumida pelo Governo estudando todas as hipóteses".
"Todas as hipóteses de localização devem ser avaliadas, a começar por aquelas que foram colocadas no debate: Alcochete, Poceirão, assim como a manutenção da Portela", sublinhou.
O partido ecologista Os Verdes, que também votou favoravelmente a iniciativa do CDS-PP, pelo deputado Álvaro Saraiva alertou ainda para a necessidade de se fazer "um estudo de impacte ambiental completo" antes de decidir a localização do novo aeroporto internacional de Lisboa.
O PS, que inviabilizou o projecto de resolução do CDS-PP, manifestou, contudo, a sua disponibilidade para aprovar o pedido do PSD para a audição em sede de comissão parlamentar do responsável do LNEC pela análise comparativa da Ota e Alcochete.
"Nem era preciso pedir. Estamos, naturalmente, todos capazes de ouvir e aceitar aquilo que têm para dizer", salientou o deputado socialista Nelson Baltazar.
Já no final do debate, o líder parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia, divulgou ainda números sobre a taxa de crescimento médio anual do tráfego aéreo da Portela, adiantando que, neste momento, esse crescimento atinge os oito por cento.
Contudo, acrescentou, enquanto a média de tráfego tradicional cresce apenas 3,6 por cento ao ano, o tráfego de voos de baixo custo cresce mais de 91 por cento.
VAM.
Lusa/fim
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Durante o debate do projecto de resolução do CDS-PP que recomendava o estudo da hipótese da manutenção da Portela, conjugada com outro aeroporto médio, os socialistas estiveram isolados na rejeição dessa proposta, com PSD, PCP, BE e partido ecologista Os Verdes a apoiar os democratas-cristãos.
"O que nos importa é criar as condições para que se estude tudo quanto houver a estudar e, depois, se adopte a melhor solução para Lisboa e para o interesse nacional. Sem cartas marcadas, sem reserva mental e, sobretudo, com seriedade de propósitos", defendeu o líder parlamentar do PSD, Luís Marques Guedes.
Justificando, assim, o voto favorável da bancada do PSD à proposta dos democratas-cristãos, Marques Guedes insistiu que "não deve haver posições fechadas".
"Todos merecem ver as suas dúvidas dissipadas", acrescentou o líder da bancada social-democrata, considerando que este é "o tempo da análise séria, do confronto das vantagens e inconvenientes de cada solução, da procura do maior consenso técnico e político".
Pelo PCP, o deputado Bruno Dias assinalou também a "incontornável necessidade" de estudar as várias opções possíveis "com todo o rigor".
"Neste processo de decisão, não é legítimo nem é aceitável que haja soluções que à partida possam ser credíveis ou dignas de estudo, que sejam liminarmente rejeitadas", afirmou o deputado do PCP, que também votou favoravelmente o projecto de resolução do CDS-PP.
Corroborando a posição do PSD e do PCP, a deputada do BE Helena Pinto apontou igualmente "o avolumar das dúvidas", defendendo que "a melhor localização deve ser assumida pelo Governo estudando todas as hipóteses".
"Todas as hipóteses de localização devem ser avaliadas, a começar por aquelas que foram colocadas no debate: Alcochete, Poceirão, assim como a manutenção da Portela", sublinhou.
O partido ecologista Os Verdes, que também votou favoravelmente a iniciativa do CDS-PP, pelo deputado Álvaro Saraiva alertou ainda para a necessidade de se fazer "um estudo de impacte ambiental completo" antes de decidir a localização do novo aeroporto internacional de Lisboa.
O PS, que inviabilizou o projecto de resolução do CDS-PP, manifestou, contudo, a sua disponibilidade para aprovar o pedido do PSD para a audição em sede de comissão parlamentar do responsável do LNEC pela análise comparativa da Ota e Alcochete.
"Nem era preciso pedir. Estamos, naturalmente, todos capazes de ouvir e aceitar aquilo que têm para dizer", salientou o deputado socialista Nelson Baltazar.
Já no final do debate, o líder parlamentar do CDS-PP, Telmo Correia, divulgou ainda números sobre a taxa de crescimento médio anual do tráfego aéreo da Portela, adiantando que, neste momento, esse crescimento atinge os oito por cento.
Contudo, acrescentou, enquanto a média de tráfego tradicional cresce apenas 3,6 por cento ao ano, o tráfego de voos de baixo custo cresce mais de 91 por cento.
VAM.
Lusa/fim