Marques Guedes: Costa e Governo "herdeiros da escola Sócrates"

03-03-2017
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O ex-ministro do PSD Luís Marques Guedes escreveu um artigo de opinião onde deixa fortes críticas ao actual Governo e um alerta ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, aconselhando-o a desconfiar das boas notícias que lhe são "vendidas pelo primeiro-ministro".

José Sena Goulão

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Um Governo sem honra nem palavra é o nome do artigo de opinião publicado na newsletter do PSD, onde Marques Guedes afirma "o Presidente da República que se cuide". Numa referência a uma passagem do novo livro do anterior Presidente da República Cavaco Silva já divulgada, - e que será lançado na quinta-feira - Marques Guedes diz que "quando as palavras deixam de se conformar com a realidade dos factos, convém passar a olhar com desconfiança para a 'narrativa' e as 'boas notícias' que lhe são vendidas pelo primeiro-ministro"."É que os portugueses não merecem ser constantemente tomados por parvos, e o país não se aguenta por muito tempo na beira do precipício", refere o antigo ministro de Pedro Passos Coelho, acrescentando que "este exuberante exemplo de miséria ética" não o surpreende. "Afinal de contas, este primeiro-ministro e este Governo são legítimos e orgulhosos herdeiros da escola Sócrates", afirma.Na newsletter do PSD, Marques Guedes refere-se a vários casos e, em concreto, a recentes declarações do primeiro-ministro a propósito da polémica à volta da Caixa Geral de Depósitos e da correspondência trocada entre o Ministério das Finanças e o ex-administrador do banco público, António Domingues. "Depois da lamentável versão desportiva de que o fairplay é uma treta, temos agora a vergonhosa versão política do primeiro-ministro para quem as questões éticas não passam de tricas", disse.Luís Marques Guedes, que já desempenhou as funções de líder parlamentar do PSD, questiona ainda "a cumplicidade" de PCP e BE, que suportam no parlamento o Governo minoritário do PS."Na boa doutrina leninista e estalinista os fins justificam os meios, e desde que continue garantido o seu objectivo último de manter fora do poder quem os portugueses escolheram para governar, tudo engolem e tudo correm, solícitos a branquear", disse. "Ver o PS capturado por esta velha cartilha comunista, isso sim é uma triste novidade", acrescentou.Ainda sobre o caso da Caixa, Marques Guedes lamenta que o primeiro-ministro tenha dito que não tira conclusões sobre a posição do ministro das Finanças, Mário Centeno, "com base em acordos invocados por terceiros, até que se exiba a prova escrita do compromisso ministerial". "Quer isto dizer que, pela sua parte, a negociação feita, os acordos firmados e até a aceitação pelo Conselho de Ministros da lei à medida, redigida pelos interessados, que os concretizaram, não provam nada, não valem nada", lamenta.Para Marques Guedes, "a palavra dada por este governo não é palavra honrada, ou há prova escrita, ou nada feito".O primeiro-ministro confirmou hoje a confiança em Mário Centeno no exercício das suas funções governativas, após um contacto com o Presidente da República. "Tendo lido a comunicação do senhor ministro das Finanças e após contacto com Sua Excelência o Presidente da República, entendo confirmar a minha confiança no professor Mário Centeno no exercício das suas funções governativas", refere o primeiro-ministro, num comunicado enviado à comunicação social, pouco depois de terminar uma conferência de imprensa do ministro das Finanças a propósito da polémica à volta da Caixa Geral de Depósitos.Em conferência de imprensa, o ministro das Finanças tinha afirmado que o seu lugar "está à disposição" desde que assumiu funções e reiterou que o acordo com António Domingues para a liderança da CGD não envolvia a eliminação da entrega das declarações de rendimentos.

O ex-ministro do PSD Luís Marques Guedes escreveu um artigo de opinião onde deixa fortes críticas ao actual Governo e um alerta ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, aconselhando-o a desconfiar das boas notícias que lhe são "vendidas pelo primeiro-ministro".

José Sena Goulão

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Um Governo sem honra nem palavra é o nome do artigo de opinião publicado na newsletter do PSD, onde Marques Guedes afirma "o Presidente da República que se cuide". Numa referência a uma passagem do novo livro do anterior Presidente da República Cavaco Silva já divulgada, - e que será lançado na quinta-feira - Marques Guedes diz que "quando as palavras deixam de se conformar com a realidade dos factos, convém passar a olhar com desconfiança para a 'narrativa' e as 'boas notícias' que lhe são vendidas pelo primeiro-ministro"."É que os portugueses não merecem ser constantemente tomados por parvos, e o país não se aguenta por muito tempo na beira do precipício", refere o antigo ministro de Pedro Passos Coelho, acrescentando que "este exuberante exemplo de miséria ética" não o surpreende. "Afinal de contas, este primeiro-ministro e este Governo são legítimos e orgulhosos herdeiros da escola Sócrates", afirma.Na newsletter do PSD, Marques Guedes refere-se a vários casos e, em concreto, a recentes declarações do primeiro-ministro a propósito da polémica à volta da Caixa Geral de Depósitos e da correspondência trocada entre o Ministério das Finanças e o ex-administrador do banco público, António Domingues. "Depois da lamentável versão desportiva de que o fairplay é uma treta, temos agora a vergonhosa versão política do primeiro-ministro para quem as questões éticas não passam de tricas", disse.Luís Marques Guedes, que já desempenhou as funções de líder parlamentar do PSD, questiona ainda "a cumplicidade" de PCP e BE, que suportam no parlamento o Governo minoritário do PS."Na boa doutrina leninista e estalinista os fins justificam os meios, e desde que continue garantido o seu objectivo último de manter fora do poder quem os portugueses escolheram para governar, tudo engolem e tudo correm, solícitos a branquear", disse. "Ver o PS capturado por esta velha cartilha comunista, isso sim é uma triste novidade", acrescentou.Ainda sobre o caso da Caixa, Marques Guedes lamenta que o primeiro-ministro tenha dito que não tira conclusões sobre a posição do ministro das Finanças, Mário Centeno, "com base em acordos invocados por terceiros, até que se exiba a prova escrita do compromisso ministerial". "Quer isto dizer que, pela sua parte, a negociação feita, os acordos firmados e até a aceitação pelo Conselho de Ministros da lei à medida, redigida pelos interessados, que os concretizaram, não provam nada, não valem nada", lamenta.Para Marques Guedes, "a palavra dada por este governo não é palavra honrada, ou há prova escrita, ou nada feito".O primeiro-ministro confirmou hoje a confiança em Mário Centeno no exercício das suas funções governativas, após um contacto com o Presidente da República. "Tendo lido a comunicação do senhor ministro das Finanças e após contacto com Sua Excelência o Presidente da República, entendo confirmar a minha confiança no professor Mário Centeno no exercício das suas funções governativas", refere o primeiro-ministro, num comunicado enviado à comunicação social, pouco depois de terminar uma conferência de imprensa do ministro das Finanças a propósito da polémica à volta da Caixa Geral de Depósitos.Em conferência de imprensa, o ministro das Finanças tinha afirmado que o seu lugar "está à disposição" desde que assumiu funções e reiterou que o acordo com António Domingues para a liderança da CGD não envolvia a eliminação da entrega das declarações de rendimentos.

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