Pouco depois de se conhecerem as primeiras sondagens, foi Diogo Feio quem veio falar aos jornalistas, para dizer que os números da abstenção “representam um desafio para o futuro, um elemento de reflexão para os partidos”. E ressalvou ainda o facto de, numa eleição em que “apareceram mais partidos, a abstenção não baixou”.
Depois de conhecidas as projeções, que davam já conta de um mau resultado para o partido, foi Assunção Cristas quem falou - uma hora depois de conhecidas essas projeções. Mau sinal ser logo a líder do partido a falar. Porque não haveria muito para dizer e porque, falando a líder, já nenhum dos elementos da cúpula dos centristas iria falar.
Depois de felicitar o PS pelo resultado, desejando a António Costa “sorte na condução dos destinos do país”, Cristas sublinhou que durante quatro anos o “CDS foi uma oposição forte e construtiva a um Governo socialista apoiado pelo Bloco de Esquerda, pela CDU e também pelo PAN”, com o CDS a sentir-se muitas vezes uma “voz isolada no Parlamento”.
”Construímos um projeto alternativo para o país que claramente não foi escolhido nestas eleições”, declarou. E por isso disse assumir o resultado com “humildade democrática”.
A ainda líder do CDS-PP diz ter “a certeza de que o CDS, partido estruturante da nossa democracia, encontrará forma de construir o seu futuro e contribuir para a construção de uma alternativa de centro-direita em Portugal”.
Esse futuro que não passa pela atual presidente do CDS, que anunciou que vai pedir ao Conselho Nacional do CDS a realização de um congresso antecipado. Entende Cristas que deu o seu "melhor" e que, face aos resultados, não se vai recandidatar à presidência do CDS-PP.
Posto isto, nada de perguntas dos jornalistas. Nem à saída do Largo do Caldas, onde a esperavam o marido e alguns dos filhos.
Conhecidos os resultados, uma certeza: foi uma estrondosa derrota do CDS, aquela que o partido sofreu esta noite. Perdeu a maioria dos seus deputados no hemiciclo.
Em 2015, com a PAF, em coligação com o PSD, o CDS-PP tinha conquistado 18 assentos parlamentares. Sozinho, nas legislativas de 2011, tinha eleito 24 deputados e obtido 11,7% dos votos.
Nestas legislativas, fica-se pelos cinco deputados. E para essa queda de mandatos terão contribuído os pequenos partidos surgidos à direita, provocando uma dispersão de votos que acabou por prejudicar o CDS.
Pior do que o resultado desta noite só o obtido em 1987, quando o PSD venceu com maioria absoluta e o CDS obteve 4,4%, na altura traduzidos em quatro deputados. E cinco deputados nas legislativas de 1991. Certo é que, em 2019, foi por pouco que não pudemos voltar a chamar ao grupo parlamentar do CDS o partido do táxi.
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Pouco depois de se conhecerem as primeiras sondagens, foi Diogo Feio quem veio falar aos jornalistas, para dizer que os números da abstenção “representam um desafio para o futuro, um elemento de reflexão para os partidos”. E ressalvou ainda o facto de, numa eleição em que “apareceram mais partidos, a abstenção não baixou”.
Depois de conhecidas as projeções, que davam já conta de um mau resultado para o partido, foi Assunção Cristas quem falou - uma hora depois de conhecidas essas projeções. Mau sinal ser logo a líder do partido a falar. Porque não haveria muito para dizer e porque, falando a líder, já nenhum dos elementos da cúpula dos centristas iria falar.
Depois de felicitar o PS pelo resultado, desejando a António Costa “sorte na condução dos destinos do país”, Cristas sublinhou que durante quatro anos o “CDS foi uma oposição forte e construtiva a um Governo socialista apoiado pelo Bloco de Esquerda, pela CDU e também pelo PAN”, com o CDS a sentir-se muitas vezes uma “voz isolada no Parlamento”.
”Construímos um projeto alternativo para o país que claramente não foi escolhido nestas eleições”, declarou. E por isso disse assumir o resultado com “humildade democrática”.
A ainda líder do CDS-PP diz ter “a certeza de que o CDS, partido estruturante da nossa democracia, encontrará forma de construir o seu futuro e contribuir para a construção de uma alternativa de centro-direita em Portugal”.
Esse futuro que não passa pela atual presidente do CDS, que anunciou que vai pedir ao Conselho Nacional do CDS a realização de um congresso antecipado. Entende Cristas que deu o seu "melhor" e que, face aos resultados, não se vai recandidatar à presidência do CDS-PP.
Posto isto, nada de perguntas dos jornalistas. Nem à saída do Largo do Caldas, onde a esperavam o marido e alguns dos filhos.
Conhecidos os resultados, uma certeza: foi uma estrondosa derrota do CDS, aquela que o partido sofreu esta noite. Perdeu a maioria dos seus deputados no hemiciclo.
Em 2015, com a PAF, em coligação com o PSD, o CDS-PP tinha conquistado 18 assentos parlamentares. Sozinho, nas legislativas de 2011, tinha eleito 24 deputados e obtido 11,7% dos votos.
Nestas legislativas, fica-se pelos cinco deputados. E para essa queda de mandatos terão contribuído os pequenos partidos surgidos à direita, provocando uma dispersão de votos que acabou por prejudicar o CDS.
Pior do que o resultado desta noite só o obtido em 1987, quando o PSD venceu com maioria absoluta e o CDS obteve 4,4%, na altura traduzidos em quatro deputados. E cinco deputados nas legislativas de 1991. Certo é que, em 2019, foi por pouco que não pudemos voltar a chamar ao grupo parlamentar do CDS o partido do táxi.