portugal dos pequeninos

26-03-2020
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Vou ler atentamente o livro de Pedro Santana Lopes. "Bati-lhe" aqui forte e feio - aparecerá tudo no capítulo "Um tempo novo" do livro "Portugal dos Pequeninos" a sair lá para Janeiro, passe a publicidade -, por isso entendo que devo prestar atenção ao que lá diz. Santana ficou "entalado" entre aquilo a que o Eduardo chama a "inépcia barrosã" (esta, sim, uma "história" que urge contar para obstar às inevitáveis tentações belenenses desta estranha criatura) e o "euromilhões" de José Sócrates. Numa coisa ele tem razão. Quando todos os obstáculos estavam removidos - Ferro Rodrigues, designadamente, o PS "domesticado" em torno do actual 1º ministro e a confusa cabeça de Sampaio mais arrumadinha - Santana deu de bandeja ao PR o pretexto que faltava para o remover. Como escrevi na altura, Sampaio não esteve bem nem quando não dissolveu aquando da fuga barrosã, nem quando dissolveu depois. Santana acabou imolado no fogo do seu voluntarismo inconsequente e permitiu a maioria absoluta dos actuais cavalheiros. Falta, pois, a "história" do outro lado. João Gabriel, da imprensa de Belém no tempo de Sampaio, não é a melhor opção para redigir essa "história", a menos que alguém lha dite. E, ao contrário do que Sampaio veiculou ontem, um chefe de Estado não está fora de nenhum escrutínio da dita "história". Só daqui a muito tempo saberemos se, em 2004, se escreveu uma pequena, uma média ou uma grande "história" ou se tudo não passou de um frete palaciano. Uma coisa é certa. Nenhum dos principais protagonistas esteve à altura do que lhe aconteceu ou provocou. Esta é uma conhecida definição de ética dada por Gilles Deleuze, escrita nas paredes duma estação de metro de Lisboa. Mas a ética não é para aqui chamada, pois não?


Vou ler atentamente o livro de Pedro Santana Lopes. "Bati-lhe" aqui forte e feio - aparecerá tudo no capítulo "Um tempo novo" do livro "Portugal dos Pequeninos" a sair lá para Janeiro, passe a publicidade -, por isso entendo que devo prestar atenção ao que lá diz. Santana ficou "entalado" entre aquilo a que o Eduardo chama a "inépcia barrosã" (esta, sim, uma "história" que urge contar para obstar às inevitáveis tentações belenenses desta estranha criatura) e o "euromilhões" de José Sócrates. Numa coisa ele tem razão. Quando todos os obstáculos estavam removidos - Ferro Rodrigues, designadamente, o PS "domesticado" em torno do actual 1º ministro e a confusa cabeça de Sampaio mais arrumadinha - Santana deu de bandeja ao PR o pretexto que faltava para o remover. Como escrevi na altura, Sampaio não esteve bem nem quando não dissolveu aquando da fuga barrosã, nem quando dissolveu depois. Santana acabou imolado no fogo do seu voluntarismo inconsequente e permitiu a maioria absoluta dos actuais cavalheiros. Falta, pois, a "história" do outro lado. João Gabriel, da imprensa de Belém no tempo de Sampaio, não é a melhor opção para redigir essa "história", a menos que alguém lha dite. E, ao contrário do que Sampaio veiculou ontem, um chefe de Estado não está fora de nenhum escrutínio da dita "história". Só daqui a muito tempo saberemos se, em 2004, se escreveu uma pequena, uma média ou uma grande "história" ou se tudo não passou de um frete palaciano. Uma coisa é certa. Nenhum dos principais protagonistas esteve à altura do que lhe aconteceu ou provocou. Esta é uma conhecida definição de ética dada por Gilles Deleuze, escrita nas paredes duma estação de metro de Lisboa. Mas a ética não é para aqui chamada, pois não?

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