portugal dos pequeninos: A "BRIGADA SOCRÁTICA" DO REUMÁTICO CULTURAL

27-03-2020
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Tenho respeito pelas pessoas ditas da "cultura" - para princípio de conversa, importava apurar o que se entende por cultura e por pessoas dela - mas não sinto nenhum temor reverencial. Pelo contrário, os políticos, em geral, adoram adornar-se com "personalidades da cultura". Foi o caso de Sócrates que agarra tudo, desde imigrantes a futebolistas, passando pelas ditas "personalidades". A lista das "personalidades" e o momento da sua exposição rançosa recordam evento parecido, ocorrido com militares, pouco antes do 25 de Abril. Comungam, aliás, da mesma filiação servil desses generais porque, em Portugal, as "personalidades da cultura" apreciam o respeitinho (como se viu no Estado Novo: ou se era da "situação" ou do PC e afins, caso contrário não se era mais nada para efeitos públicos), o poder instalado, o comadrio estéril que esse poder fomenta, a pusilanimidade, o rótulo, no caso, de "intelectual", em suma, uma ideia de companheirismo de estrada mesmo que a estrada não leve a lado algum. Depois, muitas dessas "personalidades" não passam ora de mediocridades brilhantes (ou de simples mediocridades), ora de oportunistas crónicos que vivem de um reconhecimento "entre pares" adaptado a cada circunstância. Ao menos os generais de Marcello eram coerentes. Estes velhos e velhas do novo Restelo do Sócrates não são nada. Representam-se a si próprios e aos seus interesses, como se verá quando Sócrates se for.Adenda: Fico surpreendido por não ver Lídia Jorge na lista destas "personalidades" na qual pontificam "vultos" como a D. Inês Pedrosa, o eterno soba do CCB, Mega Ferreira, duas personagens particularmente detestáveis e untuosas, e a simpática Lenita Gentil que garante a "ligação" com o nacional-cançonetismo aggiornato. Porque Lídia enquadra-se perfeitamente no "espírito da coisa" como se pode ver no pedaço da entrevista aqui citado por Ana Cristina Leonardo. Reparem. «A Luísa Mellid-Franco deu cinco estrelas ao livro e o José Mário Silva também gostou imenso do livro e ficaram entusiasmados (...) Mas aquela coisa das estrelas, em vez de porem cinco puseram três. Houve alguém que alterou aquilo. Soube disso pelos próprios, que na altura ficaram em pânico. Na Dom Quixote ficaram... eu é que os acalmei.» Ela é que os "acalmou". Meu Deus.


Tenho respeito pelas pessoas ditas da "cultura" - para princípio de conversa, importava apurar o que se entende por cultura e por pessoas dela - mas não sinto nenhum temor reverencial. Pelo contrário, os políticos, em geral, adoram adornar-se com "personalidades da cultura". Foi o caso de Sócrates que agarra tudo, desde imigrantes a futebolistas, passando pelas ditas "personalidades". A lista das "personalidades" e o momento da sua exposição rançosa recordam evento parecido, ocorrido com militares, pouco antes do 25 de Abril. Comungam, aliás, da mesma filiação servil desses generais porque, em Portugal, as "personalidades da cultura" apreciam o respeitinho (como se viu no Estado Novo: ou se era da "situação" ou do PC e afins, caso contrário não se era mais nada para efeitos públicos), o poder instalado, o comadrio estéril que esse poder fomenta, a pusilanimidade, o rótulo, no caso, de "intelectual", em suma, uma ideia de companheirismo de estrada mesmo que a estrada não leve a lado algum. Depois, muitas dessas "personalidades" não passam ora de mediocridades brilhantes (ou de simples mediocridades), ora de oportunistas crónicos que vivem de um reconhecimento "entre pares" adaptado a cada circunstância. Ao menos os generais de Marcello eram coerentes. Estes velhos e velhas do novo Restelo do Sócrates não são nada. Representam-se a si próprios e aos seus interesses, como se verá quando Sócrates se for.Adenda: Fico surpreendido por não ver Lídia Jorge na lista destas "personalidades" na qual pontificam "vultos" como a D. Inês Pedrosa, o eterno soba do CCB, Mega Ferreira, duas personagens particularmente detestáveis e untuosas, e a simpática Lenita Gentil que garante a "ligação" com o nacional-cançonetismo aggiornato. Porque Lídia enquadra-se perfeitamente no "espírito da coisa" como se pode ver no pedaço da entrevista aqui citado por Ana Cristina Leonardo. Reparem. «A Luísa Mellid-Franco deu cinco estrelas ao livro e o José Mário Silva também gostou imenso do livro e ficaram entusiasmados (...) Mas aquela coisa das estrelas, em vez de porem cinco puseram três. Houve alguém que alterou aquilo. Soube disso pelos próprios, que na altura ficaram em pânico. Na Dom Quixote ficaram... eu é que os acalmei.» Ela é que os "acalmou". Meu Deus.

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