Conversas De Matosinhos: >>>>>>>>>>>>>>>>A LOTA CONTINUA

01-09-2019
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Está consumada a ruptura entre o presidente da Câmara de Matosinhos e o PS. Guilherme Pinto enviou uma carta a Seguro, em que se desvincula do partido. O primeiro passo, assume, para uma candidatura independente. Faltam oito meses para as eleições autárquicas, mas a campanha está ao rubro em Matosinhos. Ontem, Guilherme Pinto consumou o divórcio com o PS e assumiu que se prepara para lançar uma candidatura independente. Hoje, António Parada apresenta formalmente a sua candidatura pelo PS. Também hoje, o candidato do PSD, Pedro da Vinha Costa, promove a sua primeira acção de campanha. Finalmente, Narciso Miranda mantém-se discreto, mas não desinteressado: já encomendou uma sondagem e estará à espera que o resultado o ajude a tomar uma decisão sobre uma recandidatura como independente. Na carta enviada a Seguro, o ainda autarca socialista não poupa ninguém. Nem o líder concelhio, António Parada, que classifica como um "arrogante" que levará Matosinhos ao "desastre"; nem o líder distrital, José Luís Carneiro, que só se preocupou em dialogar quando percebeu que as sondagens lhe eram pouco favoráveis; muito menos o líder nacional, António José Seguro, que nem "cinco minutos perdeu" com a Câmara mais importante do PS na Área Metropolitana do Porto e bastião socialista desde que existe Poder Local democrático. Três homens, recorde-se, que derrotaram Guilherme Pinto, directa ou indirectamente, desde o fim do socratismo. O autarca de Matosinhos esteve com Francisco Assis, quando este perdeu para Seguro a liderança do PS; esteve em confronto directo, numa campanha dura, perdendo, para José Luís Carneiro, a liderança da distrital do Porto; e o seu número dois na Câmara, Nuno Oliveira, perdeu para António Parada as eleições para a concelhia. Luta fratricida Em Agosto do ano passado, a mais de um ano das eleições autárquicas, e quando tudo indicava que Guilherme Pinto seria o natural sucessor de si próprio, Parada deu o grito do Ipiranga: "O candidato à Câmara de Matosinhos sou eu". Os líderes distrital e nacional não souberam, ou não quiseram refrear as ambições do ainda presidente da Junta de Freguesia de Matosinhos, e o desfecho será o de mais uma luta fratricida. Como o próprio Guilherme Pinto salienta na carta a Seguro, em 2005 foi candidato depois de uma batalha sem quartel entre os socialistas Manuel Seabra e Narciso Miranda, que acabou com os famigerados episódios da Lota de Matosinhos. Em 2009, voltou a protagonizar uma guerra entre socialistas, dessa vez com Narciso Miranda. E em 2013, tudo o indica, haverá de novo guerra das rosas seja a dois ou a três. Falta apenas saber se Narciso prefere entrar directamente no confronto, ou se se somará, ainda que de modo implícito, ao apoio a Parada contra Guilherme. (In Jornal de Noticias-9/2/12)

Está consumada a ruptura entre o presidente da Câmara de Matosinhos e o PS. Guilherme Pinto enviou uma carta a Seguro, em que se desvincula do partido. O primeiro passo, assume, para uma candidatura independente. Faltam oito meses para as eleições autárquicas, mas a campanha está ao rubro em Matosinhos. Ontem, Guilherme Pinto consumou o divórcio com o PS e assumiu que se prepara para lançar uma candidatura independente. Hoje, António Parada apresenta formalmente a sua candidatura pelo PS. Também hoje, o candidato do PSD, Pedro da Vinha Costa, promove a sua primeira acção de campanha. Finalmente, Narciso Miranda mantém-se discreto, mas não desinteressado: já encomendou uma sondagem e estará à espera que o resultado o ajude a tomar uma decisão sobre uma recandidatura como independente. Na carta enviada a Seguro, o ainda autarca socialista não poupa ninguém. Nem o líder concelhio, António Parada, que classifica como um "arrogante" que levará Matosinhos ao "desastre"; nem o líder distrital, José Luís Carneiro, que só se preocupou em dialogar quando percebeu que as sondagens lhe eram pouco favoráveis; muito menos o líder nacional, António José Seguro, que nem "cinco minutos perdeu" com a Câmara mais importante do PS na Área Metropolitana do Porto e bastião socialista desde que existe Poder Local democrático. Três homens, recorde-se, que derrotaram Guilherme Pinto, directa ou indirectamente, desde o fim do socratismo. O autarca de Matosinhos esteve com Francisco Assis, quando este perdeu para Seguro a liderança do PS; esteve em confronto directo, numa campanha dura, perdendo, para José Luís Carneiro, a liderança da distrital do Porto; e o seu número dois na Câmara, Nuno Oliveira, perdeu para António Parada as eleições para a concelhia. Luta fratricida Em Agosto do ano passado, a mais de um ano das eleições autárquicas, e quando tudo indicava que Guilherme Pinto seria o natural sucessor de si próprio, Parada deu o grito do Ipiranga: "O candidato à Câmara de Matosinhos sou eu". Os líderes distrital e nacional não souberam, ou não quiseram refrear as ambições do ainda presidente da Junta de Freguesia de Matosinhos, e o desfecho será o de mais uma luta fratricida. Como o próprio Guilherme Pinto salienta na carta a Seguro, em 2005 foi candidato depois de uma batalha sem quartel entre os socialistas Manuel Seabra e Narciso Miranda, que acabou com os famigerados episódios da Lota de Matosinhos. Em 2009, voltou a protagonizar uma guerra entre socialistas, dessa vez com Narciso Miranda. E em 2013, tudo o indica, haverá de novo guerra das rosas seja a dois ou a três. Falta apenas saber se Narciso prefere entrar directamente no confronto, ou se se somará, ainda que de modo implícito, ao apoio a Parada contra Guilherme. (In Jornal de Noticias-9/2/12)

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