Fénix Vermelha

13-04-2019
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Protestos do 13 de outubro noutras cidades

Muitos milhares de pessoas juntaram-se nos
protestos e manifestações culturais “Que se lixe a troika!”, que
decorreram em muitas cidades e mobilizaram muitos artistas. Diversas
ações associaram-se ao Global Noise. Neste artigo, algumas informações
de Porto, Coimbra, Aveiro, Viseu, Faro, Viana do Castelo, Beja e
Portimão.


Desfile em Coimbra – Foto de Paulo Novais/Lusa

Neste sábado, 13 de outubro de 2012, decorreram protestos e
manifestações culturais em 23 cidades de Portugal. As informações deste
artigo são, no essencial, dos jornalistas da Lusa.

No Porto, milhares de pessoas concentraram-se na praça
D. João I onde decorreu a manifestação cultural com a atuação de muitos
artistas, entre os quais, Capicua, Manuel Cruz, dos Ornatos Violeta, e a
vocalista dos Clã, Manuela Azevedo.

Na manifestação cultural "Que se lixe a ‘troika’, queremos as nossas
vidas!", a que se juntou a marcha do bater de tachos do movimento
internacional "Global Noise", participaram também alunos da Academia
Contemporânea do Espectáculo e atuações de António Capelo, O Silêncio da
Gaveta, Palmilha Dentada, Osso Vaidoso, Vozes ao Alto, As 3 Marias,
Helena Sarmento, Nuno Prata e Óscar Branco.

Em Coimbra, centenas de pessoas (meio milhar segundo a
polícia) participaram num cortejo com canções, coreografias e
"tacholadas" que terminou num concerto na Praça do Comércio. As pessoas
começaram a concentrar-se cerca das 15 h na Praça da República,
assistindo a sketches, e hora e meia depois iniciaram o cortejo entoando
cânticos de protesto à política do Governo e executando algumas
coreografias para melhor vincar a sua passagem nas ruas e a mensagem que
verbalmente expressavam. “Basta” a palavra que mais se lia em
autocolantes e cartazes.

Em Aveiro, 300 pessoas participaram na manifestação
cultural. Para João Catarino, da organização, a luta contra as medidas
de austeridade não termina aqui e este tipo de iniciativas vai continuar
a acontecer. "É possível que haja, porque é preciso dar mais voz e mais
corpo à mensagem, que é ‘basta de políticas de austeridade e basta do
discurso de que não há alternativa’", afirmou à Lusa. A manifestação
cultural, que decorreu entre as 15h e as 19h, contou com música, teatro e
poesia, envolvendo cerca de uma dezena de artistas, entre os quais os
músicos Adelino Sobral, da associação José Afonso, e Rui Oliveira.

Em Viseu, mais de 150 pessoas pediram "forca para a
troika". Na manifestação cultural participaram muitos músicos, pintores,
designers, poetas e outros artistas da região. José Rui Martins, da
Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT), leu uma adaptação
sua do manifesto Anti-Dantas de Almada Negreiros: "O Gaspar [ministro
das Finanças] saberá gramática, saberá sintaxe, saberá vender gasolina,
saberá inglês, saberá tudo, menos dirigir económica e politicamente o
país, que é a única coisa que ele quer fazer e nunca fez bem", afirmou.

Em Faro, a concentração iniciou-se, pelas 16h, no
Jardim da Alameda, tendo os manifestantes percorrido várias artérias da
cidade em direção à Doca de Faro, onde decorria a manifestação cultural,
com atores, cantores e músicos e se juntaram 300 pessoas. "Chega de
desemprego, queremos as nossas vidas" foram algumas das palavras de
ordem entoadas pelos manifestantes, alguns dos quais munidos de tachos,
panelas e caçarolas.

Em Viana do Castelo, cerca de 350 pessoas, segundo a
polícia. O protesto foi organizado pelo "Movimento cívico Vianense -
Manif. com vassoura na mão!", que simbolicamente quer dar uma
"vassourada no Governo", o que levou várias pessoas a participarem
empunhando vassouras.

As críticas às medidas de austeridade, exigindo a saída do Governo e
contra a 'troika' foram a tónica dominante, mas as declarações do
cardeal patriarca de Lisboa, que afirmou que "não se resolve nada
contestando", tiveram forte eco na principal praça de Viana do Castelo.
"Fez-me lembrar o senhor cardeal Cerejeira, que na ditadura benzia
navios com jovens que partiam para a guerra", afirmou José Carlos
Barbosa, numa das intervenções mais ovacionadas da tarde.

Em Beja, a manifestação cultural contava com a adesão
de cerca de 200 pessoas, a meio da tarde. Com o lema "A cultura junta-se
à resistência", a manifestação decorreu até à noite, com 35 atuações de
artistas da região. Concertos, performances de teatro, sessões de
poesia e de contos e pintura ao vivo são formas de arte que marcam o
cartaz da manifestação cultural e "materializam o espírito de
insubmissão que se sente em todo o país", segundo a organização.

Em Portimão, participaram entre 300 a 400 pessoas num
desfile pelas ruas do centro da cidade, segundo João Vasconcelos. O
desfile associou-se ao Global Noise.
Portimão - Fotos de João Vasconcelos

Manifesto "Que se lixe a troika, este orçamento não passará!"

Muitos milhares de pessoas protestam por todo o país

Esquerda.net 

Protestos do 13 de outubro noutras cidades

Muitos milhares de pessoas juntaram-se nos
protestos e manifestações culturais “Que se lixe a troika!”, que
decorreram em muitas cidades e mobilizaram muitos artistas. Diversas
ações associaram-se ao Global Noise. Neste artigo, algumas informações
de Porto, Coimbra, Aveiro, Viseu, Faro, Viana do Castelo, Beja e
Portimão.


Desfile em Coimbra – Foto de Paulo Novais/Lusa

Neste sábado, 13 de outubro de 2012, decorreram protestos e
manifestações culturais em 23 cidades de Portugal. As informações deste
artigo são, no essencial, dos jornalistas da Lusa.

No Porto, milhares de pessoas concentraram-se na praça
D. João I onde decorreu a manifestação cultural com a atuação de muitos
artistas, entre os quais, Capicua, Manuel Cruz, dos Ornatos Violeta, e a
vocalista dos Clã, Manuela Azevedo.

Na manifestação cultural "Que se lixe a ‘troika’, queremos as nossas
vidas!", a que se juntou a marcha do bater de tachos do movimento
internacional "Global Noise", participaram também alunos da Academia
Contemporânea do Espectáculo e atuações de António Capelo, O Silêncio da
Gaveta, Palmilha Dentada, Osso Vaidoso, Vozes ao Alto, As 3 Marias,
Helena Sarmento, Nuno Prata e Óscar Branco.

Em Coimbra, centenas de pessoas (meio milhar segundo a
polícia) participaram num cortejo com canções, coreografias e
"tacholadas" que terminou num concerto na Praça do Comércio. As pessoas
começaram a concentrar-se cerca das 15 h na Praça da República,
assistindo a sketches, e hora e meia depois iniciaram o cortejo entoando
cânticos de protesto à política do Governo e executando algumas
coreografias para melhor vincar a sua passagem nas ruas e a mensagem que
verbalmente expressavam. “Basta” a palavra que mais se lia em
autocolantes e cartazes.

Em Aveiro, 300 pessoas participaram na manifestação
cultural. Para João Catarino, da organização, a luta contra as medidas
de austeridade não termina aqui e este tipo de iniciativas vai continuar
a acontecer. "É possível que haja, porque é preciso dar mais voz e mais
corpo à mensagem, que é ‘basta de políticas de austeridade e basta do
discurso de que não há alternativa’", afirmou à Lusa. A manifestação
cultural, que decorreu entre as 15h e as 19h, contou com música, teatro e
poesia, envolvendo cerca de uma dezena de artistas, entre os quais os
músicos Adelino Sobral, da associação José Afonso, e Rui Oliveira.

Em Viseu, mais de 150 pessoas pediram "forca para a
troika". Na manifestação cultural participaram muitos músicos, pintores,
designers, poetas e outros artistas da região. José Rui Martins, da
Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT), leu uma adaptação
sua do manifesto Anti-Dantas de Almada Negreiros: "O Gaspar [ministro
das Finanças] saberá gramática, saberá sintaxe, saberá vender gasolina,
saberá inglês, saberá tudo, menos dirigir económica e politicamente o
país, que é a única coisa que ele quer fazer e nunca fez bem", afirmou.

Em Faro, a concentração iniciou-se, pelas 16h, no
Jardim da Alameda, tendo os manifestantes percorrido várias artérias da
cidade em direção à Doca de Faro, onde decorria a manifestação cultural,
com atores, cantores e músicos e se juntaram 300 pessoas. "Chega de
desemprego, queremos as nossas vidas" foram algumas das palavras de
ordem entoadas pelos manifestantes, alguns dos quais munidos de tachos,
panelas e caçarolas.

Em Viana do Castelo, cerca de 350 pessoas, segundo a
polícia. O protesto foi organizado pelo "Movimento cívico Vianense -
Manif. com vassoura na mão!", que simbolicamente quer dar uma
"vassourada no Governo", o que levou várias pessoas a participarem
empunhando vassouras.

As críticas às medidas de austeridade, exigindo a saída do Governo e
contra a 'troika' foram a tónica dominante, mas as declarações do
cardeal patriarca de Lisboa, que afirmou que "não se resolve nada
contestando", tiveram forte eco na principal praça de Viana do Castelo.
"Fez-me lembrar o senhor cardeal Cerejeira, que na ditadura benzia
navios com jovens que partiam para a guerra", afirmou José Carlos
Barbosa, numa das intervenções mais ovacionadas da tarde.

Em Beja, a manifestação cultural contava com a adesão
de cerca de 200 pessoas, a meio da tarde. Com o lema "A cultura junta-se
à resistência", a manifestação decorreu até à noite, com 35 atuações de
artistas da região. Concertos, performances de teatro, sessões de
poesia e de contos e pintura ao vivo são formas de arte que marcam o
cartaz da manifestação cultural e "materializam o espírito de
insubmissão que se sente em todo o país", segundo a organização.

Em Portimão, participaram entre 300 a 400 pessoas num
desfile pelas ruas do centro da cidade, segundo João Vasconcelos. O
desfile associou-se ao Global Noise.
Portimão - Fotos de João Vasconcelos

Manifesto "Que se lixe a troika, este orçamento não passará!"

Muitos milhares de pessoas protestam por todo o país

Esquerda.net 

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