CGTP Suave: “Somos reivindicativos para construir”

28-02-2016
marcar artigo

Um discurso de 45 minutos, grande parte dos quais em improviso, fechou o Congresso da CGTP. Arménio Carlos fez as honras da casa e, acima de tudo, marcou uma diferença com o passado. O responsável da mudança no discurso da central sindical, que sempre tem sido marcado por um forte pendão de protesto, é o novo quadro político que permitiu uma maioria de esquerda na Assembleia da República.

O líder da Intersindical falou nas “grandes potencialidades”, no “salto qualitativo” e mesmo no “salto em frente” que o novo governo socialista apoiado pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP permitiu alcançar.

“Já se começou a verificar uma inversão, insuficiente é certo, mas que já está a deixar a direita preocupada”, disse Arménio Carlos. Os 730 delegados ao Congresso aplaudiram por diversas vezes o discurso do líder que, sem dúvida, foi dos mais suaves perante o poder que a CGTP fez nas últimas décadas.

O secretário geral da CGTP elogiou os progressos já alcançados em apenas três meses de governo e, desde logo, assinalou o facto de “a atual maioria dos deputados no Parlamento” terem apresentado “um conjunto de propostas e promessas que estão a ser cumpridas”. Só isto “é muito importante para a credibilização da política e é um sinal positivo”, acrescentou.

O apoio ao Governo torna-se claro, mas não convém manter as distâncias. Para que não restem dúvidas, Arménio Carlos fez questão de recordar que “a CGTP tem uma agenda sindical. Não somos um partido, mas tomamos partido ao lado dos trabalhadores, dos desempregados, dos reformados e das novas gerações”. Quer isto dizer que o protesto e a reivindicação continuam na agenda das prioridades sindicais - ou não fizessem eles parte do ADN da CGTP- mas ganham hoje um sentido diferente. Arménio resumiu bem: “sermos reivindicativos, hoje, não significa termos uma intervenção rigorosamente idêntica à que tínhamos com o Goverrno PSD/CDS. Somos reivindicativos, não para destruir, mas para construir e evitar que a direita chegue ao poder”.

Nóvoa e Carvalho da Silva assistem

Entre os convidados institucionais que assistiram ao discurso final do Congresso da CGTP contavam-se o ex-secretário geral Manuel Carvalho da Silva, que abandonou os destinos da Intersindical precisamente no último Congresso, há quatro anos. Ao seu lado, o candidato presidencial António Sampaio da Nóvoa mostrava que a sua presença pública está longe de ter sido dada como encerrada com a derrota eleitoral.

Mercês Borges, do PSD, marcou presença. Tal como os deputados Heloísa Apolónia, Catarina Martins, António Filipe e Francisco Lopes. Jorge Lacão, na qualidade de vice-presidente, representou o Parlamento. Da chamada geringonça (composta por PS, PCP, Bloco e Verdes) só ficou mesmo a faltar um delegado socialista que também não enviou para Almada nenhum representante do Governo. E foi pena. Logo agora que a Intersindical parece ter baixado um pouco a guarda do protesto anti-poder...

Um discurso de 45 minutos, grande parte dos quais em improviso, fechou o Congresso da CGTP. Arménio Carlos fez as honras da casa e, acima de tudo, marcou uma diferença com o passado. O responsável da mudança no discurso da central sindical, que sempre tem sido marcado por um forte pendão de protesto, é o novo quadro político que permitiu uma maioria de esquerda na Assembleia da República.

O líder da Intersindical falou nas “grandes potencialidades”, no “salto qualitativo” e mesmo no “salto em frente” que o novo governo socialista apoiado pelo Bloco de Esquerda e pelo PCP permitiu alcançar.

“Já se começou a verificar uma inversão, insuficiente é certo, mas que já está a deixar a direita preocupada”, disse Arménio Carlos. Os 730 delegados ao Congresso aplaudiram por diversas vezes o discurso do líder que, sem dúvida, foi dos mais suaves perante o poder que a CGTP fez nas últimas décadas.

O secretário geral da CGTP elogiou os progressos já alcançados em apenas três meses de governo e, desde logo, assinalou o facto de “a atual maioria dos deputados no Parlamento” terem apresentado “um conjunto de propostas e promessas que estão a ser cumpridas”. Só isto “é muito importante para a credibilização da política e é um sinal positivo”, acrescentou.

O apoio ao Governo torna-se claro, mas não convém manter as distâncias. Para que não restem dúvidas, Arménio Carlos fez questão de recordar que “a CGTP tem uma agenda sindical. Não somos um partido, mas tomamos partido ao lado dos trabalhadores, dos desempregados, dos reformados e das novas gerações”. Quer isto dizer que o protesto e a reivindicação continuam na agenda das prioridades sindicais - ou não fizessem eles parte do ADN da CGTP- mas ganham hoje um sentido diferente. Arménio resumiu bem: “sermos reivindicativos, hoje, não significa termos uma intervenção rigorosamente idêntica à que tínhamos com o Goverrno PSD/CDS. Somos reivindicativos, não para destruir, mas para construir e evitar que a direita chegue ao poder”.

Nóvoa e Carvalho da Silva assistem

Entre os convidados institucionais que assistiram ao discurso final do Congresso da CGTP contavam-se o ex-secretário geral Manuel Carvalho da Silva, que abandonou os destinos da Intersindical precisamente no último Congresso, há quatro anos. Ao seu lado, o candidato presidencial António Sampaio da Nóvoa mostrava que a sua presença pública está longe de ter sido dada como encerrada com a derrota eleitoral.

Mercês Borges, do PSD, marcou presença. Tal como os deputados Heloísa Apolónia, Catarina Martins, António Filipe e Francisco Lopes. Jorge Lacão, na qualidade de vice-presidente, representou o Parlamento. Da chamada geringonça (composta por PS, PCP, Bloco e Verdes) só ficou mesmo a faltar um delegado socialista que também não enviou para Almada nenhum representante do Governo. E foi pena. Logo agora que a Intersindical parece ter baixado um pouco a guarda do protesto anti-poder...

marcar artigo