Jorge Lacão diz que teve inúmeras reuniões discretas com Marques Mendes

04-01-2018
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O dirigente socialista Jorge Lacão contou esta quinta-feira, 4 de Janeiro, em plenário, na Assembleia da República, que teve em 1996 e 1997 inúmeras reuniões discretas, "sem actas pelo meio", com o então presidente do Grupo Parlamentar do PSD, Marques Mendes.Marques Mendes, enquanto comentador político da SIC, classificou recentemente como "vergonhoso" o processo político-parlamentar que conduziu à aprovação das alterações à lei de financiamento dos partidos - um diploma entretanto vetado pelo Presidente da República.A questão relacionada com o passado político de Marques Mendes surgiu na sequência de uma pergunta formulada pelo coordenador do grupo de trabalho para a revisão da lei de financiamento dos partidos, o deputado social-democrata José Silvano.José Silvano questionou Jorge Lacão se a existência de reuniões informais entre deputados, entre bancadas, era assim tão pouco vulgar no parlamento, com o antigo ministro socialista a responder imediatamente que não.Face à posição assumida por Marques Mendes no seu espaço de opinião na SIC, o antigo ministro socialista resolveu então contar alguns pormenores sobre uma das mais emblemáticas negociações políticas feitas na Assembleia da República, na década de 1990, envolvendo PS e PSD.Jorge Lacão referiu que essas reuniões não publicitadas com o então líder parlamentar social-democrata, Marques Mendes, sempre longe da presença dos jornalistas, ocorreram sobretudo no âmbito das negociações para a revisão constitucional de 1997, num período em que ele próprio desempenhava as funções de líder parlamentar do PS."Agora na qualidade de comentador político, um antigo líder parlamentar e presidente do PSD considerou que este processo tinha sido uma vergonha. Mas ele mesmo, no âmbito da revisão constitucional de 1997, reuniu-se comigo uma série de vezes, informalmente, aqui, no parlamento", contou o antigo ministro socialista.Jorge Lacão acrescentou ainda que essas reuniões "nunca tiveram atas pelo meio, que António Guterres era então secretário-geral do PS e que Marcelo Rebelo de Sousa, actual chefe de Estado, era presidente do PSD"."E este processo produziu resultados: A revisão constitucional de 1997", rematou.Logo a seguir, o deputado do PEV José Luís Ferreira pegou neste episódio e aproveitou para condenar "o discurso antipartidos", considerando-o "um perigo para a democracia".O deputado socialista respondeu logo a seguir: "Está na moda fazer dos partidos políticos bombos de festa face a qualquer dificuldade".

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