Deputado do PS disse que juízes do Tribunal de Contas são "mentecaptos"?

02-09-2020
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"O deputado do PS, Ascenso Simões, chamou esta quinta-feira [dia 16 de janeiro de 2020] aos juízes que realizaram o relatório do Tribunal de Contas acerca da venda de imóveis da Segurança Social (SS) à Câmara Municipal de Lisboa de 'mentecaptos'. Os socialistas pensam que mandam em tudo. Querem controlar tudo, desde o aparelho de Estado até ao Judicial", denuncia-se na publicação em causa, apontada como sendo falsa ou enganadora por vários utilizadores do Facebook.

Confirma-se ou não que o referido deputado do PS disse que juízes do Tribunal de Contas são "mentecaptos"?

Sim, é verdade, através de um tweet que o deputado socialista publicou na sua conta, a 16 de janeiro.

Eis a mensagem integral, escrita por Ascenso Simões: "O relatório do Tribunal de Contas sobre o negócio entre a Câmara de Lisboa e a Segurança Social deve ter sido escrito por mentecaptos, lido por mentecaptos e sancionado por mentecaptos. Como foi possível ter ascendido a conselheiro a tralha toda da maluqueira nacional?"

Trata-se do Relatório nº 26/2019 de auditoria à gestão do património da Segurança Social - Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, apresentado no dia 15 de janeiro. De resto, Ascenso Simões não foi o único político socialista a criticar publicamente o relatório do Tribunal de Contas e os respetivos autores.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, também logo no dia 16 de janeiro, classificou o relatório do Tribunal de Contas sobre a venda de 11 imóveis da Segurança Social ao município como "tecnicamente incompetente", recusando que tenha sido um negócio com prejuízo para a Segurança Social.

O preço de venda de 11 imóveis da Segurança Social à Câmara Municipal de Lisboa para arrendamento acessível, acordado em 2018, por 57,2 milhões de euros, é inferior em 3,5 milhões ao valor de mercado, revelou o Tribunal de Contas no relatório.

Segundo o organismo que fiscaliza as contas públicas, o memorando assinado em julho de 2018 entre o município presidido por Fernando Medina e o ex-ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José Vieira da Silva, "privilegiou a prossecução de uma política de arrendamento acessível em Lisboa em detrimento da receita e consequente sustentabilidade da Segurança Social".

"O relatório do Tribunal de Contas é um relatório lamentável a todos os títulos e é um relatório tecnicamente incompetente", acusou o presidente da autarquia, em conferência de imprensa que decorreu nos Paços do Concelho.

Fernando Medina afirmou que o Tribunal de Contas "acusa a Segurança Social de ter feito uma venda com prejuízo", o que considerou ser "absolutamente falso", tendo em conta a realização de "quatro avaliações" e que os imóveis foram "adquiridos em condições de mercado".

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"O deputado do PS, Ascenso Simões, chamou esta quinta-feira [dia 16 de janeiro de 2020] aos juízes que realizaram o relatório do Tribunal de Contas acerca da venda de imóveis da Segurança Social (SS) à Câmara Municipal de Lisboa de 'mentecaptos'. Os socialistas pensam que mandam em tudo. Querem controlar tudo, desde o aparelho de Estado até ao Judicial", denuncia-se na publicação em causa, apontada como sendo falsa ou enganadora por vários utilizadores do Facebook.

Confirma-se ou não que o referido deputado do PS disse que juízes do Tribunal de Contas são "mentecaptos"?

Sim, é verdade, através de um tweet que o deputado socialista publicou na sua conta, a 16 de janeiro.

Eis a mensagem integral, escrita por Ascenso Simões: "O relatório do Tribunal de Contas sobre o negócio entre a Câmara de Lisboa e a Segurança Social deve ter sido escrito por mentecaptos, lido por mentecaptos e sancionado por mentecaptos. Como foi possível ter ascendido a conselheiro a tralha toda da maluqueira nacional?"

Trata-se do Relatório nº 26/2019 de auditoria à gestão do património da Segurança Social - Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, apresentado no dia 15 de janeiro. De resto, Ascenso Simões não foi o único político socialista a criticar publicamente o relatório do Tribunal de Contas e os respetivos autores.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, também logo no dia 16 de janeiro, classificou o relatório do Tribunal de Contas sobre a venda de 11 imóveis da Segurança Social ao município como "tecnicamente incompetente", recusando que tenha sido um negócio com prejuízo para a Segurança Social.

O preço de venda de 11 imóveis da Segurança Social à Câmara Municipal de Lisboa para arrendamento acessível, acordado em 2018, por 57,2 milhões de euros, é inferior em 3,5 milhões ao valor de mercado, revelou o Tribunal de Contas no relatório.

Segundo o organismo que fiscaliza as contas públicas, o memorando assinado em julho de 2018 entre o município presidido por Fernando Medina e o ex-ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José Vieira da Silva, "privilegiou a prossecução de uma política de arrendamento acessível em Lisboa em detrimento da receita e consequente sustentabilidade da Segurança Social".

"O relatório do Tribunal de Contas é um relatório lamentável a todos os títulos e é um relatório tecnicamente incompetente", acusou o presidente da autarquia, em conferência de imprensa que decorreu nos Paços do Concelho.

Fernando Medina afirmou que o Tribunal de Contas "acusa a Segurança Social de ter feito uma venda com prejuízo", o que considerou ser "absolutamente falso", tendo em conta a realização de "quatro avaliações" e que os imóveis foram "adquiridos em condições de mercado".

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