BLOGÓIS: Protocolos juntam entidades no ataque à doença do pinheiro

05-06-2020
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O “cerrar de fileiras” para atacar a doença do pinheiro em Arganil e Lousã vai motivar a assinatura de protocolos. A cerimónia está marcada para amanhã em Arganil. A CAP, por seu lado, reuniu ontem com Ascenso SimõesÉ um primeiro passo concreto para fazer face à praga de nemátodo que atingiu a região do Pinhal Interior Norte. As directivas vieram do Ministério da Agricultura e o objectivo é criar uma parceria, entre todas as entidades presentes no terreno, no sentido de começar a dar passos para combater a doença. Assim amanhã, numa cerimónia marcada apara as 10h30, no salão nobre dos Paços do Concelho de Arganil, são assinados protocolos de colaboração entre a Direcção Geral de Recursos Florestais (DGRF), as câmaras de Arganil e da Lousã e as organizações de produtores florestais. A cerimónia conta com a presença de Jaime Silva, ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das pescas, e também do secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, Ascenso Simões.Um encontro que promete trazer algumas novidades relativamente à situação do pinhal interior. Pelo menos é essa a expectativa de Ricardo Pereira Alves, presidente da autarquia de Arganil.Entretanto, ontem Ascenso Simões recebeu um delegação da CAP, Confederação dos Agricultores de Portugal. Tratou-se de um encontro “de agenda”, já marcado há bastante tempo, no qual o nemátodo do pinheiro acabou por estar no centro das atenções. Luís Dias, vice-presidente daquela organização e responsável pelo sector das florestas, considerou a reunião positiva e elogiou, inclusivamente, o facto do secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas estar particularmente bem informado relativamente à doença do pinheiro.Ascenso Simões deu conta de um conjunto de processos a desenvolver no imediato, a começar pela assinatura, amanhã, dos protocolos entre a Direcção Geral dos Recursos Florestais (DGRF), as autarquias da Lousã e Arganil e as organizações de produtores, com vista a “cerrar fileiras” no combate à doença. «É importante dar este passo para garantir a erradicação do problema», afirma Luís Dias, enfatizando o envolvimento da autoridade florestal que, admite, numa «primeira fase não terá sido equacionado», mas que agora está consagrado pela tutela, acompanhando todo o processo.Abate num raio de 50 metros em torno de árvores infectadasLuís Dias afirma ainda estar já confirmada a necessidade – de resto imposta pela União Europeia – de proceder ao abate de todas as árvores num raio de 50 metros em redor de árvores «confirmadamente atingidas pelo nemátodo do pinheiro». O vice-presidente da CAP esclarece que não se trata de «árvores sintomáticas, mas sim, e só, de árvores comprovadamente infectadas pela doença».Trata-se de uma medida profiláctica que, afirma, «já havia sido ventilada, mas que agora está confirmada». Relativamente a eventuais apoios, aquele responsável recorda o histórico da situação e sublinha que tal nunca foi consagrado. A excepção, recorda, prende-se com a criação da faixa fitossanitária de três quilómetros de largura, cujas compensações ainda não foram pagas.O responsável da CAP para o sector das florestas recorda que a organização tem vindo, desde há dois anos, «a alertar para o alastramento da doença para a zona Centro do país», tendo em conta «questões de fiscalização», que reputa de «insuficientes» por um lado e, por outro, «a circulação de madeira». «Aquilo não caiu do céu, desloca-se», afirma, considerando que, apesar do grande impacto, a faixa de contenção acabou por se revelar infrutífera.Aquele responsável referiu-se ainda às análises que estão a ser feitas, por equipas da DGRF no sentido de conhecer a real dimensão do problema. «São cerca de 1.200 amostras», afirmou, adiantando que, de acordo com informação de Ascenso Simões, só no final do mês se deverão conhecer os respectivos resultados.A CAP aproveitou ainda o encontro com o secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas para manifestar a sua preocupação relativamente aos processos de constituição das zonas de intervenção florestal (ZIF). «Sensibilizámos o secretário de Estado para a necessidade de tornar mais flexível o processo de constituição, que é muito burocrático e complexo, promovendo a sua simplificação, nomeadamente ao nível da prova de titularidade dos terrenos», disse. Em causa estão problemas que têm inviabilizado a criação de ZIF e que, de acordo com Ascenso Simões estarão a caminho da solução, uma vez que o Ministério da Agricultura está a tentar simplificar o processo.in Diário de Coimbra, de 7/05/2008Etiquetas: pinhal interior norte

O “cerrar de fileiras” para atacar a doença do pinheiro em Arganil e Lousã vai motivar a assinatura de protocolos. A cerimónia está marcada para amanhã em Arganil. A CAP, por seu lado, reuniu ontem com Ascenso SimõesÉ um primeiro passo concreto para fazer face à praga de nemátodo que atingiu a região do Pinhal Interior Norte. As directivas vieram do Ministério da Agricultura e o objectivo é criar uma parceria, entre todas as entidades presentes no terreno, no sentido de começar a dar passos para combater a doença. Assim amanhã, numa cerimónia marcada apara as 10h30, no salão nobre dos Paços do Concelho de Arganil, são assinados protocolos de colaboração entre a Direcção Geral de Recursos Florestais (DGRF), as câmaras de Arganil e da Lousã e as organizações de produtores florestais. A cerimónia conta com a presença de Jaime Silva, ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das pescas, e também do secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, Ascenso Simões.Um encontro que promete trazer algumas novidades relativamente à situação do pinhal interior. Pelo menos é essa a expectativa de Ricardo Pereira Alves, presidente da autarquia de Arganil.Entretanto, ontem Ascenso Simões recebeu um delegação da CAP, Confederação dos Agricultores de Portugal. Tratou-se de um encontro “de agenda”, já marcado há bastante tempo, no qual o nemátodo do pinheiro acabou por estar no centro das atenções. Luís Dias, vice-presidente daquela organização e responsável pelo sector das florestas, considerou a reunião positiva e elogiou, inclusivamente, o facto do secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas estar particularmente bem informado relativamente à doença do pinheiro.Ascenso Simões deu conta de um conjunto de processos a desenvolver no imediato, a começar pela assinatura, amanhã, dos protocolos entre a Direcção Geral dos Recursos Florestais (DGRF), as autarquias da Lousã e Arganil e as organizações de produtores, com vista a “cerrar fileiras” no combate à doença. «É importante dar este passo para garantir a erradicação do problema», afirma Luís Dias, enfatizando o envolvimento da autoridade florestal que, admite, numa «primeira fase não terá sido equacionado», mas que agora está consagrado pela tutela, acompanhando todo o processo.Abate num raio de 50 metros em torno de árvores infectadasLuís Dias afirma ainda estar já confirmada a necessidade – de resto imposta pela União Europeia – de proceder ao abate de todas as árvores num raio de 50 metros em redor de árvores «confirmadamente atingidas pelo nemátodo do pinheiro». O vice-presidente da CAP esclarece que não se trata de «árvores sintomáticas, mas sim, e só, de árvores comprovadamente infectadas pela doença».Trata-se de uma medida profiláctica que, afirma, «já havia sido ventilada, mas que agora está confirmada». Relativamente a eventuais apoios, aquele responsável recorda o histórico da situação e sublinha que tal nunca foi consagrado. A excepção, recorda, prende-se com a criação da faixa fitossanitária de três quilómetros de largura, cujas compensações ainda não foram pagas.O responsável da CAP para o sector das florestas recorda que a organização tem vindo, desde há dois anos, «a alertar para o alastramento da doença para a zona Centro do país», tendo em conta «questões de fiscalização», que reputa de «insuficientes» por um lado e, por outro, «a circulação de madeira». «Aquilo não caiu do céu, desloca-se», afirma, considerando que, apesar do grande impacto, a faixa de contenção acabou por se revelar infrutífera.Aquele responsável referiu-se ainda às análises que estão a ser feitas, por equipas da DGRF no sentido de conhecer a real dimensão do problema. «São cerca de 1.200 amostras», afirmou, adiantando que, de acordo com informação de Ascenso Simões, só no final do mês se deverão conhecer os respectivos resultados.A CAP aproveitou ainda o encontro com o secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas para manifestar a sua preocupação relativamente aos processos de constituição das zonas de intervenção florestal (ZIF). «Sensibilizámos o secretário de Estado para a necessidade de tornar mais flexível o processo de constituição, que é muito burocrático e complexo, promovendo a sua simplificação, nomeadamente ao nível da prova de titularidade dos terrenos», disse. Em causa estão problemas que têm inviabilizado a criação de ZIF e que, de acordo com Ascenso Simões estarão a caminho da solução, uma vez que o Ministério da Agricultura está a tentar simplificar o processo.in Diário de Coimbra, de 7/05/2008Etiquetas: pinhal interior norte

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