Ascenso Simões: “Este processo levará ao desaparecimento da TAP. Resta saber quanto vamos lá pôr, antes de chegar esse momento”

11-12-2020
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O deputado do PS Ascenso Simões, 57 anos, eleito pelo círculo de Vila Real, é um crítico assumido da estratégia do Governo de António Costa para a TAP. Na entrevista concedida ao programa de entrevistas da VISÃO, o IRREVOGÁVEL, no dia seguinte à aprovação, em Conselho de Ministros, do plano de recuperação da companhia aérea, que será enviado para Bruxelas – e colocado à votação, na Assembleia da República -, o deputado tansmontano afirma que este é o grande erro político do primeiro-ministro: “Todo o processo relacionado com a TAP vai levar ao seu desaparecimento, com este Governo ou com outro. Resta saber quanto vamos lá colocar antes de chegar esse momento”.

Muito duro com o Bloco de Esquerda, na sequência do voto contra dos bloquistas, na votação do Orçamento do Estado para 2021, Ascenso Simões aconselha os seus dirigentes a lerem Lenine, quando este escreve que “o esquerdismo é a doença infantil do comunismo”. E justifica a sua opção de votar no candidato comunista, João Ferreira, nas próximas presidenciais, entre outras razões, pela “necessidade de termos um PCP forte, para o equilíbrio de forças, à esquerda”, e “para que o PS, como partido charneira, não seja atraído por um lado mais radical, como é o Bloco de Esquerda”.

Mas não só por isso: Ascenso Simões é muito crítico da atuação de Marcelo Rebelo de Sousa, como Presidente da República, e diz mesmo que a função presidencial não deve pautar-se por “uma política piegas, com beijos e abraços e uma aproximação tola” aos portugueses, acusando o atual PR – e recandidato – de ser ter comportado como “uma espécie de câmara alta do Tribunal Constitucional”, nas decisões tomadas, com o veto de alguns diplomas.

Mas a candidatura de Ana Gomes também não o satisfaz e chega a dizer que, neste caso, a sua insatisfação é “ainda mais radical”: o deputado do PS não encontra no perfil da socialista, quaisquer características para exercer o cargo.

Sobre a sobrevivência do Executivo minoritário do PS, para o resto da legislatura, acredita que ela depende mais da avaliação de António Costa e das dinâmicas do Governo do que da Assembleia da República. Afinal, todas as alterações “que foi possível acomodar”, neste Orçamento, resultam do facto “de a democracia ter funcionado”.

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O deputado do PS Ascenso Simões, 57 anos, eleito pelo círculo de Vila Real, é um crítico assumido da estratégia do Governo de António Costa para a TAP. Na entrevista concedida ao programa de entrevistas da VISÃO, o IRREVOGÁVEL, no dia seguinte à aprovação, em Conselho de Ministros, do plano de recuperação da companhia aérea, que será enviado para Bruxelas – e colocado à votação, na Assembleia da República -, o deputado tansmontano afirma que este é o grande erro político do primeiro-ministro: “Todo o processo relacionado com a TAP vai levar ao seu desaparecimento, com este Governo ou com outro. Resta saber quanto vamos lá colocar antes de chegar esse momento”.

Muito duro com o Bloco de Esquerda, na sequência do voto contra dos bloquistas, na votação do Orçamento do Estado para 2021, Ascenso Simões aconselha os seus dirigentes a lerem Lenine, quando este escreve que “o esquerdismo é a doença infantil do comunismo”. E justifica a sua opção de votar no candidato comunista, João Ferreira, nas próximas presidenciais, entre outras razões, pela “necessidade de termos um PCP forte, para o equilíbrio de forças, à esquerda”, e “para que o PS, como partido charneira, não seja atraído por um lado mais radical, como é o Bloco de Esquerda”.

Mas não só por isso: Ascenso Simões é muito crítico da atuação de Marcelo Rebelo de Sousa, como Presidente da República, e diz mesmo que a função presidencial não deve pautar-se por “uma política piegas, com beijos e abraços e uma aproximação tola” aos portugueses, acusando o atual PR – e recandidato – de ser ter comportado como “uma espécie de câmara alta do Tribunal Constitucional”, nas decisões tomadas, com o veto de alguns diplomas.

Mas a candidatura de Ana Gomes também não o satisfaz e chega a dizer que, neste caso, a sua insatisfação é “ainda mais radical”: o deputado do PS não encontra no perfil da socialista, quaisquer características para exercer o cargo.

Sobre a sobrevivência do Executivo minoritário do PS, para o resto da legislatura, acredita que ela depende mais da avaliação de António Costa e das dinâmicas do Governo do que da Assembleia da República. Afinal, todas as alterações “que foi possível acomodar”, neste Orçamento, resultam do facto “de a democracia ter funcionado”.

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