Esquerda deixa PS sozinho com o seu próprio plano

02-05-2018
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Falou-se muito de défice, de contenção orçamental, de falta de investimento público e até da “colossal” carga fiscal que atinge os bolsos dos portugueses. A 24 de abril de 2018, ainda ecoam os temas do período da troika que servem de argumentos para o duelo parlamentar.

Mario Centeno e Pedro Marques foram os ministros encarregados da tarefa de defender as propostas a enviar para Bruxelas. De todas as bancadas sem excepção, choveram ataques.

A esquerda, que apoia a solução de Governo, foi a mais dura. Bruno Dias, do PCP, abriu as hostilidades para resumir: “Se é por aí que o Governo quer ir, temos as maiores dúvidas”.

Depois, Mariana Mortágua assumiu que “não é fácil de compreender” que o Governo prefira “enviar para Bruxelas a folga orçamental, em vez de a investir no país”. Paulo Sá, do PCP, lamenta que “o Governo insista em fixar-se no défice, fazendo a opção política de se sujeitar à UE”.

Os líderes parlamentares das duas bancadas da esquerda também fizeram questão de marcar posição. Pedro Filipe Soares, do BE, exigiu “credibilidade e estabilidade. Credibilidade pelo respeito à palavra dada. Estabilidade de que não vai o Governo rever metas do défice”. João Oliveira repete as críticas à obsessão do défice: “Não é um exclusivo deste Governo e, tal como no passado, continua a ser uma opção errada que o PCP rejeita, denuncia e combate.”

Direita unida obriga à união das esquerdas?

Todas as bancadas parlamentares, com excepção do PS, apresentaram projectos de resolução sobre o Plano d Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas. Todos contra, uns mais do que outros. Os comunistas têm uma oposição de base que passa pela recusa em sujeitar os termos das decisões orçamentais aos critérios de Bruxelas. O Bloco quer que se mantenha a meta do défice no registo negociado no quadro do último OE. O PSD deseja um “outro rumo” como menos carga fiscal e mais investimento público”. Só o CDS acrescenta um dado ao conteúdo do próprio plano: quer que ele seja levado a votação.

Uma jogada política para tenta obrigar as bancadas do PCP e do BE a votaram ao lado do PS, isto é, aprovando um plano contra o qual estão. O CDS já fez isto no passado, mas o mundo mudou na bancada do PSD.

Com efeito, os sociais democratas admitem votar a favor do projeto centrista na próxima quinta-feira, como o Expresso escreveu. Uma situação que obrigaria as bancadas da esquerda a juntarem-se ao PS numa discussão em que tentaram marcar a maxima distancia com os socialistas. A decisão do sentido do voto Ainda não está fechada do lado social-democrata. Está tarde, a reunião da comissão política do PSD, tomará uma decisão.

Falou-se muito de défice, de contenção orçamental, de falta de investimento público e até da “colossal” carga fiscal que atinge os bolsos dos portugueses. A 24 de abril de 2018, ainda ecoam os temas do período da troika que servem de argumentos para o duelo parlamentar.

Mario Centeno e Pedro Marques foram os ministros encarregados da tarefa de defender as propostas a enviar para Bruxelas. De todas as bancadas sem excepção, choveram ataques.

A esquerda, que apoia a solução de Governo, foi a mais dura. Bruno Dias, do PCP, abriu as hostilidades para resumir: “Se é por aí que o Governo quer ir, temos as maiores dúvidas”.

Depois, Mariana Mortágua assumiu que “não é fácil de compreender” que o Governo prefira “enviar para Bruxelas a folga orçamental, em vez de a investir no país”. Paulo Sá, do PCP, lamenta que “o Governo insista em fixar-se no défice, fazendo a opção política de se sujeitar à UE”.

Os líderes parlamentares das duas bancadas da esquerda também fizeram questão de marcar posição. Pedro Filipe Soares, do BE, exigiu “credibilidade e estabilidade. Credibilidade pelo respeito à palavra dada. Estabilidade de que não vai o Governo rever metas do défice”. João Oliveira repete as críticas à obsessão do défice: “Não é um exclusivo deste Governo e, tal como no passado, continua a ser uma opção errada que o PCP rejeita, denuncia e combate.”

Direita unida obriga à união das esquerdas?

Todas as bancadas parlamentares, com excepção do PS, apresentaram projectos de resolução sobre o Plano d Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas. Todos contra, uns mais do que outros. Os comunistas têm uma oposição de base que passa pela recusa em sujeitar os termos das decisões orçamentais aos critérios de Bruxelas. O Bloco quer que se mantenha a meta do défice no registo negociado no quadro do último OE. O PSD deseja um “outro rumo” como menos carga fiscal e mais investimento público”. Só o CDS acrescenta um dado ao conteúdo do próprio plano: quer que ele seja levado a votação.

Uma jogada política para tenta obrigar as bancadas do PCP e do BE a votaram ao lado do PS, isto é, aprovando um plano contra o qual estão. O CDS já fez isto no passado, mas o mundo mudou na bancada do PSD.

Com efeito, os sociais democratas admitem votar a favor do projeto centrista na próxima quinta-feira, como o Expresso escreveu. Uma situação que obrigaria as bancadas da esquerda a juntarem-se ao PS numa discussão em que tentaram marcar a maxima distancia com os socialistas. A decisão do sentido do voto Ainda não está fechada do lado social-democrata. Está tarde, a reunião da comissão política do PSD, tomará uma decisão.

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