BE pede explicações ao BdP sobre mudanças na supervisão

18-02-2017
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O Bloco de Esquerda (BE) considera "inaceitável" e com potencial conflitos de interesse o regresso de Luís Costa Ferreira à direção de supervisão do Banco de Portugal (BdP) após uma passagem de dois anos pela PricewaterHouseCoopers. Acusações que estende à saída da direção de supervisão do BdP de Carlos Albuquerque diretamente para a administração da Caixa

Face às mudanças na supervisão do Banco de Portugal (BdP), com o regresso de Luís Costa Ferreira a esta direção, e a saída de Carlos Albuquerque deste departamento diretamente para a Caixa Geral de Depósitos, a deputada do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, fez um requerimento a pedir ao banco central que apresente ao Parlamento os pareceres da comissão ética relativos a estas entradas e saídas. Mortágua considera que estas mudanças comportam "conflitos de interesse" e são "inaceitáveis".

"Luís Costa Ferreira foi Diretor do Departamento de Supervisão Prudencial do Banco de Portugal entre julho de 2013 e outubro 2014. Durante esse período, a auditora PricewaterhouseCoopers (PwC) foi contratada pelo Banco de Portugal para vários trabalhos de supervisão. Entre eles, o ETRICC2, que expôs os problemas do GES". E prossegue: "Em agosto de 2014 o Novo Banco é criado, tendo, mais uma vez, a PwC sido escolhida para elaborar o balanço inicial na nova instituição bancária, criada para agregar os melhores ativos do BES".

Dois meses depois, Luís Costa Ferreira "abandona o seu lugar à frente da Direção de Supervisão Prudencial", e torna-se partner da auditora PwC em janeiro de 2015. Nesta auditora exerceu funções de liderança da área de Serviços Financeiros. Agora regressa ao Banco de Portugal para a chefiar de novo a Direção de Supervisão Prudencial.

"A existência de conflitos de interesse é óbvia e inaceitável. Luís Costa Ferreira passa de regulador a Partner de uma empresa que presta consultoria a regulados, voltando depois a ser regulador", lê-se no requerimento enviado por Mariana Mortágua.

A deputada do BE levanta dúvida idênticas relativamente à saída de Carlos Albuquerque para a comissão executiva da Caixa. Carlos Albuquerque era diretor do BCP quando foi nomeado, em 2014, pelo Banco de Portugal para ocupar o cargo de Diretor do Departamento de Supervisão Prudencial, deixado vago pela saída de Luís Costa Ferreira para a PwC. Exerceu a função durante dois anos, tomando "conhecimento dos pormenores da situação financeira do sistema português, bem como do modo de funcionamento do supervisor", sublinha a deputada.

"Perante a existência de um óbvio conflito de interesses entre as suas antigas funções e aquela que passará a desempenhar na CGD, o Banco de Portugal anunciou, em comunicado, a determinação de um período de transição para o antigo diretor. A instituição não foi clara, no entanto, quanto à duração desse período. Relembre-se que, no caso do Governo, o período de nojo é de três anos e, no caso dos Administradores do Banco de Portugal, o mesmo dura dois anos", sublinha a deputada.

A transição de Carlos Albuquerque "é incompreensível". diz Mariana Mortágua. O bloco quer perceber o processo que esteve na base desta decisão, "e se o período estipulado terá uma duração adequada à situação de conflito de interesses ou se, pelo contrário, se trata de uma mera formalidade sem impactos práticos".

O Bloco de Esquerda (BE) considera "inaceitável" e com potencial conflitos de interesse o regresso de Luís Costa Ferreira à direção de supervisão do Banco de Portugal (BdP) após uma passagem de dois anos pela PricewaterHouseCoopers. Acusações que estende à saída da direção de supervisão do BdP de Carlos Albuquerque diretamente para a administração da Caixa

Face às mudanças na supervisão do Banco de Portugal (BdP), com o regresso de Luís Costa Ferreira a esta direção, e a saída de Carlos Albuquerque deste departamento diretamente para a Caixa Geral de Depósitos, a deputada do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, fez um requerimento a pedir ao banco central que apresente ao Parlamento os pareceres da comissão ética relativos a estas entradas e saídas. Mortágua considera que estas mudanças comportam "conflitos de interesse" e são "inaceitáveis".

"Luís Costa Ferreira foi Diretor do Departamento de Supervisão Prudencial do Banco de Portugal entre julho de 2013 e outubro 2014. Durante esse período, a auditora PricewaterhouseCoopers (PwC) foi contratada pelo Banco de Portugal para vários trabalhos de supervisão. Entre eles, o ETRICC2, que expôs os problemas do GES". E prossegue: "Em agosto de 2014 o Novo Banco é criado, tendo, mais uma vez, a PwC sido escolhida para elaborar o balanço inicial na nova instituição bancária, criada para agregar os melhores ativos do BES".

Dois meses depois, Luís Costa Ferreira "abandona o seu lugar à frente da Direção de Supervisão Prudencial", e torna-se partner da auditora PwC em janeiro de 2015. Nesta auditora exerceu funções de liderança da área de Serviços Financeiros. Agora regressa ao Banco de Portugal para a chefiar de novo a Direção de Supervisão Prudencial.

"A existência de conflitos de interesse é óbvia e inaceitável. Luís Costa Ferreira passa de regulador a Partner de uma empresa que presta consultoria a regulados, voltando depois a ser regulador", lê-se no requerimento enviado por Mariana Mortágua.

A deputada do BE levanta dúvida idênticas relativamente à saída de Carlos Albuquerque para a comissão executiva da Caixa. Carlos Albuquerque era diretor do BCP quando foi nomeado, em 2014, pelo Banco de Portugal para ocupar o cargo de Diretor do Departamento de Supervisão Prudencial, deixado vago pela saída de Luís Costa Ferreira para a PwC. Exerceu a função durante dois anos, tomando "conhecimento dos pormenores da situação financeira do sistema português, bem como do modo de funcionamento do supervisor", sublinha a deputada.

"Perante a existência de um óbvio conflito de interesses entre as suas antigas funções e aquela que passará a desempenhar na CGD, o Banco de Portugal anunciou, em comunicado, a determinação de um período de transição para o antigo diretor. A instituição não foi clara, no entanto, quanto à duração desse período. Relembre-se que, no caso do Governo, o período de nojo é de três anos e, no caso dos Administradores do Banco de Portugal, o mesmo dura dois anos", sublinha a deputada.

A transição de Carlos Albuquerque "é incompreensível". diz Mariana Mortágua. O bloco quer perceber o processo que esteve na base desta decisão, "e se o período estipulado terá uma duração adequada à situação de conflito de interesses ou se, pelo contrário, se trata de uma mera formalidade sem impactos práticos".

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