Olho de Gato: Maioria absoluta*

15-04-2019
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* Hoje no Jornal do Centro

1. No início desta semana, Joana Marques Vidal foi agraciada com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo. Numa fotografia oficial da cerimónia, ...

Daqui

... vêem-se Ferro Rodrigues, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa com um sorriso de plástico e a ex-PGR com a cara fechada.

O dossier político mais importante deste ano foi fechado assim, com esta rotina institucional tristonha e envergonhada, que decorreu longe dos olhares da comunicação social.

2. Vamos agora a 2019. No próximo ano só vai haver um assunto político - a maioria absoluta do PS. Os socialistas vão fazer tudo para a obter, os outros partidos vão fazer tudo para a evitar.

E, valha a verdade, sendo a maioria absoluta difícil de alcançar, ela não é impossível. É que, quando o segundo partido fica muito longe do primeiro, o método de Hondt pode dar a maioria ao vencedor com uma votação à volta de 42/43%.

Façamos um parêntesis. E se acontece, como em 1999, um empate com 115 deputados da situação e 115 da oposição? Pois, já devia haver um número ímpar de deputados para evitar isso, mas os políticos comem muito queijo limiano. Fim de parêntesis.

Pelas razões explicadas acima, quanto maior a inacção e falta de estratégia de Rui Rio, maior a probabilidade de acontecer uma maioria absoluta socialista.

O principal obstáculo é o descontentamento dos professores. Estando em causa valores orçamentais equivalentes, Costa preferiu tratar bem o IVA dos donos dos restaurantes e tratar mal o tempo de serviço dos professores. Isso vai ter custos eleitorais.

Termino com uma pergunta: quais foram os primeiros-ministros que fizeram mais mal ao país? Pois. Foram mesmo esses dois em que está a pensar.

E repare: tanto Cavaco Silva como José Sócrates foram eleitos com maiorias absolutas de que resultaram governos arrogantes, autoritários e negocistas.


* Hoje no Jornal do Centro

1. No início desta semana, Joana Marques Vidal foi agraciada com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo. Numa fotografia oficial da cerimónia, ...

Daqui

... vêem-se Ferro Rodrigues, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa com um sorriso de plástico e a ex-PGR com a cara fechada.

O dossier político mais importante deste ano foi fechado assim, com esta rotina institucional tristonha e envergonhada, que decorreu longe dos olhares da comunicação social.

2. Vamos agora a 2019. No próximo ano só vai haver um assunto político - a maioria absoluta do PS. Os socialistas vão fazer tudo para a obter, os outros partidos vão fazer tudo para a evitar.

E, valha a verdade, sendo a maioria absoluta difícil de alcançar, ela não é impossível. É que, quando o segundo partido fica muito longe do primeiro, o método de Hondt pode dar a maioria ao vencedor com uma votação à volta de 42/43%.

Façamos um parêntesis. E se acontece, como em 1999, um empate com 115 deputados da situação e 115 da oposição? Pois, já devia haver um número ímpar de deputados para evitar isso, mas os políticos comem muito queijo limiano. Fim de parêntesis.

Pelas razões explicadas acima, quanto maior a inacção e falta de estratégia de Rui Rio, maior a probabilidade de acontecer uma maioria absoluta socialista.

O principal obstáculo é o descontentamento dos professores. Estando em causa valores orçamentais equivalentes, Costa preferiu tratar bem o IVA dos donos dos restaurantes e tratar mal o tempo de serviço dos professores. Isso vai ter custos eleitorais.

Termino com uma pergunta: quais foram os primeiros-ministros que fizeram mais mal ao país? Pois. Foram mesmo esses dois em que está a pensar.

E repare: tanto Cavaco Silva como José Sócrates foram eleitos com maiorias absolutas de que resultaram governos arrogantes, autoritários e negocistas.

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