CDS acusa socialista de "xenofobia". PS mantém apoio à sua candidata

02-10-2018
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O cabeça de lista centrista à Câmara da Covilhã, Adolfo Mesquita Nunes, manifesta-se indignado com o " tom acintoso" e a postura de "superioridade e xenófoba"com que a candidata do PS à junta de freguesia da Aldeia de São Francisco de Assis, tratou o opositor do CDS num debate na Rádio Cova da Beira. Tudo porque Joana Campos depreciou o facto de Júlio Canhoto ser um luso-descendente da Venezuela. Mesquita Nunes pede que o PS se demarque, mas os socialistas já saíram a terreiro em apoio à candidata.

No recente debate na Rádio Cova da Beira, a candidata imita mais do que uma vez o sotaque de Júlio Canhoto que, ainda mistura o português com o espanhol. Joana Campos chega a dizer que "é bom que esse português melhore senão na Barroca Grande ninguém o vai entender". Além disso, a candidata apoiada pelo PS insiste no facto do opositor do CDS ter vivido fora de Portugal e acusa-o de só ter regressado, tal como a família, para fugir ao que se está a passar na Venezuela.

Perante a postura e palavras da recandidata à presidência da junta de freguesia da Aldeia de São Francisco de Assis, Adolfo Mesquita Nunes vê duas possibilidade para sanar o "excesso" de Joana Campos: "ou a candidata se retrata e pede desculpa; ou o PS deve demarcar-se e retirar-lhe a confiança política". A não acontecer nenhuma destas opções, o cabeça de lista centrista à câmara da Covilhã diz que o PS será "conivente com um discurso de superioridade e discriminação".

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Orgulho no apoio às minorias

Mas o candidato do PS à Câmara da Covilhã e atual presidente, Vítor Pereira, saiu a terreiro no apoio Joana Campos. Em comunicado enviado ao DN, considera que Adolfo Mesquita Nunes tenta "instrumentalizar" as declarações da candidata. Para Vítor Pereira, as referências que foram feitas à ligação luso-descendente de Júlio Canhoto à Venezuela foram "tão-somente para suportar o argumento de que o candidato do CDS tem um claro desconhecimento da freguesia porque nela não nem nunca lá viveu" [o candidato do CDS vive no concelho vizinho do Fundão].

Vítor Pereira diz-se ainda orgulhoso de "pertencer a uma família política que tem sabido estar ao lado das minorias na luta pelos seus direitos e que foi, inclusive, preponderante para a aprovação de importantes leis em Portugal como a interrupção voluntária da gravidez ou o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, ao contrário do CDS". Refere que, enquanto presidente da autarquia, criou o Gabinete de Apoio ao Emigrante, em abril deste ano, e que Joana Campos, como presidente da Junta de Freguesia de São Francisco de Assis, "incentivou e apoiou o regresso e a integração de vários emigrantes na Venezuela, atualmente a residir na freguesia".

O antigo presidente da câmara da Covilhã e atual candidato independente Carlos Pinto não se mostra surpreendido com a polémica nem com o modo como Joana Campos se referiu ao adversário do CDS. "Não estou surpreendido porque o que subjaz a estas declarações é que a candidata do PS se julga dona daquela freguesia e, por isso, desrespeita tudo e todos", afirma.

Carlos Pinto tem a convicção de que se fosse outro o candidato em debate com Joana Campos o tratamento teria sido semelhante. "Era tratado como um intruso no domínio familiar", diz, recordando que o pai da candidata foi o anterior presidente da mesma junta de freguesia. "Acho que o PS se tivesse vergonha devia demarcar-se disto", remata. O DN tentou ouvir a posição do candidato do PSD à presidência da Câmara da Covilhã, Marco Batista, sobre esta polémica, mas não obteve resposta.

Já antes deste caso, as acusações de "xenofobia" rolaram na pré-campanha para as autárquicas, depois do candidato do PSD à Câmara de Loures, André Ventura, ter feito algumas acusações à comunidade cigana.

O cabeça de lista centrista à Câmara da Covilhã, Adolfo Mesquita Nunes, manifesta-se indignado com o " tom acintoso" e a postura de "superioridade e xenófoba"com que a candidata do PS à junta de freguesia da Aldeia de São Francisco de Assis, tratou o opositor do CDS num debate na Rádio Cova da Beira. Tudo porque Joana Campos depreciou o facto de Júlio Canhoto ser um luso-descendente da Venezuela. Mesquita Nunes pede que o PS se demarque, mas os socialistas já saíram a terreiro em apoio à candidata.

No recente debate na Rádio Cova da Beira, a candidata imita mais do que uma vez o sotaque de Júlio Canhoto que, ainda mistura o português com o espanhol. Joana Campos chega a dizer que "é bom que esse português melhore senão na Barroca Grande ninguém o vai entender". Além disso, a candidata apoiada pelo PS insiste no facto do opositor do CDS ter vivido fora de Portugal e acusa-o de só ter regressado, tal como a família, para fugir ao que se está a passar na Venezuela.

Perante a postura e palavras da recandidata à presidência da junta de freguesia da Aldeia de São Francisco de Assis, Adolfo Mesquita Nunes vê duas possibilidade para sanar o "excesso" de Joana Campos: "ou a candidata se retrata e pede desculpa; ou o PS deve demarcar-se e retirar-lhe a confiança política". A não acontecer nenhuma destas opções, o cabeça de lista centrista à câmara da Covilhã diz que o PS será "conivente com um discurso de superioridade e discriminação".

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Orgulho no apoio às minorias

Mas o candidato do PS à Câmara da Covilhã e atual presidente, Vítor Pereira, saiu a terreiro no apoio Joana Campos. Em comunicado enviado ao DN, considera que Adolfo Mesquita Nunes tenta "instrumentalizar" as declarações da candidata. Para Vítor Pereira, as referências que foram feitas à ligação luso-descendente de Júlio Canhoto à Venezuela foram "tão-somente para suportar o argumento de que o candidato do CDS tem um claro desconhecimento da freguesia porque nela não nem nunca lá viveu" [o candidato do CDS vive no concelho vizinho do Fundão].

Vítor Pereira diz-se ainda orgulhoso de "pertencer a uma família política que tem sabido estar ao lado das minorias na luta pelos seus direitos e que foi, inclusive, preponderante para a aprovação de importantes leis em Portugal como a interrupção voluntária da gravidez ou o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, ao contrário do CDS". Refere que, enquanto presidente da autarquia, criou o Gabinete de Apoio ao Emigrante, em abril deste ano, e que Joana Campos, como presidente da Junta de Freguesia de São Francisco de Assis, "incentivou e apoiou o regresso e a integração de vários emigrantes na Venezuela, atualmente a residir na freguesia".

O antigo presidente da câmara da Covilhã e atual candidato independente Carlos Pinto não se mostra surpreendido com a polémica nem com o modo como Joana Campos se referiu ao adversário do CDS. "Não estou surpreendido porque o que subjaz a estas declarações é que a candidata do PS se julga dona daquela freguesia e, por isso, desrespeita tudo e todos", afirma.

Carlos Pinto tem a convicção de que se fosse outro o candidato em debate com Joana Campos o tratamento teria sido semelhante. "Era tratado como um intruso no domínio familiar", diz, recordando que o pai da candidata foi o anterior presidente da mesma junta de freguesia. "Acho que o PS se tivesse vergonha devia demarcar-se disto", remata. O DN tentou ouvir a posição do candidato do PSD à presidência da Câmara da Covilhã, Marco Batista, sobre esta polémica, mas não obteve resposta.

Já antes deste caso, as acusações de "xenofobia" rolaram na pré-campanha para as autárquicas, depois do candidato do PSD à Câmara de Loures, André Ventura, ter feito algumas acusações à comunidade cigana.

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