Costa elogia Esquerda "capaz de superar as diferenças"

04-06-2016
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Posições assumidas por António Costa no discurso de abertura do 21.º Congresso Nacional do PS na FIL (Feira Internacional de Lisboa), quando defendia a solução que se seguiu após as eleições legislativas no sentido de haver entendimentos com o Bloco de Esquerda, PCP e "Os Verdes" para a formação de um Governo.

Numa resposta a quem discordou deste caminho, o secretário-geral do PS foi ao detalhe de ler a intervenção que proferiu no final do último congresso em novembro de 2014, no qual considerava afastado o conceito de "arco da governação", pressupondo a exclusividade de acordos políticos com o PSD e CDS.

Mas António Costa também evidenciou as consequências que, na sua opinião, haveria para o PS caso optasse por viabilizar um Governo PSD/CDS.

"A única forma libertar o PS de ser um refém da direita era o PS dizer com toda a clareza que governávamos nas condições que os portugueses nos dessem, ou com maioria [absoluta], ou com entendimentos com outras forças se tal fosse necessário. Um PS capturado ou refém da direita é partido que não cumpre a sua missão histórica em Portugal - e a nossa missão histórica é assegurar aos portugueses que há uma alternativa à governação da direita", defendeu o líder socialista.

Mas António Costa foi mais longe na sua defesa da atual solução de Governo, salientando nada ter contra que as forças da direita governem o país quando os portugueses lhe concedem maioria.

"Agora, o que não aceitamos é que quando a direita não tem maioria a função do PS seja dar-lhe aquele bocadinho de votos que não teve, ficando assim com uma maioria que os portugueses lhe recusaram. Não tínhamos o direito de recusar aos portugueses a hipótese de construirmos a maioria alternativa", disse.

Neste contexto, António Costa saudou o "sentido de responsabilidade" do PCP, Bloco de Esquerda e "Os Verdes" pela disponibilidade para a formação do Governo e "pelo esforço para se encontrarem soluções comuns".

Aqui, Costa deixou uma farpa, mas sem identificar o destinatário: "É curioso que num país em que tanta gente tanto apela aos consensos haja quem se irrite tanto com estes consensos à esquerda".

"Como se só houvesse consensos bons quando envolvem a direita", declarou, recebendo uma salva de palmas.

António Costa defendeu que o conjunto de acordo com as restantes forças de esquerda assenta "numa total transparência" e "no respeito pela identidade" de cada força política.

"Por isso, naturalmente, nas próximas eleições autárquicas, cada um concorrerá com as suas próprias listas. Como disse com muita graça [o secretário-geral do PCP] Jerónimo de Sousa, não há pacto, nem agressão", referiu.

Neste ponto, Costa fez uma alusão a notícias desmentidas de que socialistas e comunistas teriam um pacto de agressão, tendo em vista as próximas eleições autárquicas.

Posições assumidas por António Costa no discurso de abertura do 21.º Congresso Nacional do PS na FIL (Feira Internacional de Lisboa), quando defendia a solução que se seguiu após as eleições legislativas no sentido de haver entendimentos com o Bloco de Esquerda, PCP e "Os Verdes" para a formação de um Governo.

Numa resposta a quem discordou deste caminho, o secretário-geral do PS foi ao detalhe de ler a intervenção que proferiu no final do último congresso em novembro de 2014, no qual considerava afastado o conceito de "arco da governação", pressupondo a exclusividade de acordos políticos com o PSD e CDS.

Mas António Costa também evidenciou as consequências que, na sua opinião, haveria para o PS caso optasse por viabilizar um Governo PSD/CDS.

"A única forma libertar o PS de ser um refém da direita era o PS dizer com toda a clareza que governávamos nas condições que os portugueses nos dessem, ou com maioria [absoluta], ou com entendimentos com outras forças se tal fosse necessário. Um PS capturado ou refém da direita é partido que não cumpre a sua missão histórica em Portugal - e a nossa missão histórica é assegurar aos portugueses que há uma alternativa à governação da direita", defendeu o líder socialista.

Mas António Costa foi mais longe na sua defesa da atual solução de Governo, salientando nada ter contra que as forças da direita governem o país quando os portugueses lhe concedem maioria.

"Agora, o que não aceitamos é que quando a direita não tem maioria a função do PS seja dar-lhe aquele bocadinho de votos que não teve, ficando assim com uma maioria que os portugueses lhe recusaram. Não tínhamos o direito de recusar aos portugueses a hipótese de construirmos a maioria alternativa", disse.

Neste contexto, António Costa saudou o "sentido de responsabilidade" do PCP, Bloco de Esquerda e "Os Verdes" pela disponibilidade para a formação do Governo e "pelo esforço para se encontrarem soluções comuns".

Aqui, Costa deixou uma farpa, mas sem identificar o destinatário: "É curioso que num país em que tanta gente tanto apela aos consensos haja quem se irrite tanto com estes consensos à esquerda".

"Como se só houvesse consensos bons quando envolvem a direita", declarou, recebendo uma salva de palmas.

António Costa defendeu que o conjunto de acordo com as restantes forças de esquerda assenta "numa total transparência" e "no respeito pela identidade" de cada força política.

"Por isso, naturalmente, nas próximas eleições autárquicas, cada um concorrerá com as suas próprias listas. Como disse com muita graça [o secretário-geral do PCP] Jerónimo de Sousa, não há pacto, nem agressão", referiu.

Neste ponto, Costa fez uma alusão a notícias desmentidas de que socialistas e comunistas teriam um pacto de agressão, tendo em vista as próximas eleições autárquicas.

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