Avenida Central: Capítulo 28: congresso de além e aquém-mar

01-11-2018
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Decorre até amanhã, na Universidade do Minho, o X Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais. Com mais de mil e duzentas comunicações em apenas quatro dias, este evento assume-se como um dos mais importantes marcos do calendário das ciências sociais em língua portuguesa.Não fosse o facto de a Reitoria da Universidade do Minho ter virado costas à organização, pouco haveria a registar para além dos habituais louvores e elogios à organização e à qualidade das apresentações.Numa atitude incompreensível, a Reitoria chegou a negar até a simples cedência de instalações. Por esta razão, chegou a ser ponderada a deslocação do evento para a Universidade Técnica de Lisboa, que oferecia à organização as instalações e o equipamento necessário ao congresso.E se, pelo menos no que concerne ao uso das instalações, a Universidade do Minho reconsiderou, o mesmo não se pode dizer - até ao momento - da taxa de 15% sobre as inscrições e patrocínios.Apesar de Carlos Silva, coordenador da Comissão Científica do Congresso, rejeitar a ideia de que foram motivações políticas (referindo-se ao facto de ser militante comunista) as que estiveram por trás deste estranho comportamento da Reitoria, parece evidente que as Ciências Sociais continuam a ser parente pobre da Universidade do Minho, quiçá por questões de política interna - já que o Instituto de Ciências Sociais da UM se tem afirmado como um dos núcleos mais fortes de oposição à Reitoria da universidade.Não deixa de ser irónico, diga-se: os muros que antes separavam a universidade do exterior parecem agora servir para segregar no seu interior.


Decorre até amanhã, na Universidade do Minho, o X Congresso Luso-Afro-Brasileiro de Ciências Sociais. Com mais de mil e duzentas comunicações em apenas quatro dias, este evento assume-se como um dos mais importantes marcos do calendário das ciências sociais em língua portuguesa.Não fosse o facto de a Reitoria da Universidade do Minho ter virado costas à organização, pouco haveria a registar para além dos habituais louvores e elogios à organização e à qualidade das apresentações.Numa atitude incompreensível, a Reitoria chegou a negar até a simples cedência de instalações. Por esta razão, chegou a ser ponderada a deslocação do evento para a Universidade Técnica de Lisboa, que oferecia à organização as instalações e o equipamento necessário ao congresso.E se, pelo menos no que concerne ao uso das instalações, a Universidade do Minho reconsiderou, o mesmo não se pode dizer - até ao momento - da taxa de 15% sobre as inscrições e patrocínios.Apesar de Carlos Silva, coordenador da Comissão Científica do Congresso, rejeitar a ideia de que foram motivações políticas (referindo-se ao facto de ser militante comunista) as que estiveram por trás deste estranho comportamento da Reitoria, parece evidente que as Ciências Sociais continuam a ser parente pobre da Universidade do Minho, quiçá por questões de política interna - já que o Instituto de Ciências Sociais da UM se tem afirmado como um dos núcleos mais fortes de oposição à Reitoria da universidade.Não deixa de ser irónico, diga-se: os muros que antes separavam a universidade do exterior parecem agora servir para segregar no seu interior.

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