“Ich weiss”, a deputada que não é virgem e o Bloco de alcatifa

10-01-2019
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“Tê-lo-ei feito inadvertidamente mas não o fiz conscientemente. (...) Tenho a password de vários colegas como eles têm a minha, como em qualquer organização. (...) Agora, toda a gente se preocupa, como um bando de virgens ofendidas, desculpem a expressão, mas eu sou do Alto Minho -, numa terra onde não há virgens”.

Emília Cerqueira, deputada do PSD que marcou a presença de José Silvano no Parlamento, 9 de novembro

20 valores no índice de desfaçatez. “Inadvertidamente” ou inconscientemente não são boas desculpas. Emília Cerqueira não podia marcar a presença de José Silvano sem querer por uma razão muito simples: a senhora deputada já participou em dezenas de plenários e sabe muito bem que é ao digitar o username e a password que um deputado vê marcada a sua presença em plenário. É automático. Fazer-se de burra ou distraída pode ser uma estratégia de defesa, mas não é credível. Ponto um: a deputada jamais deveria usar uma password pessoal e intransmissível nem que fosse para aceder aos ficheiros. Ponto dois: tendo o código de Silvano, sabia em consciência que lhe estava a marcar uma presença sem ele estar presente no plenário. Ponto três: esta justificação ainda devia ser mais penalizadora politicamente do que as primeiras explicações de José Silvano.

É um péssimo exemplo de quem devia ser exemplar: como é que eu explico aos meus filhos que não devem aldrabar, se uma deputada diz em público de forma pacífica que usar a password de um colega naquelas circunstâncias é “como em qualquer organização”? Se a desculpa é esfarrapada, então o resto da alegação é requintada. Se fala pela virgindade das outras minhotas, nós só temos uma certeza: virgem na mentira é que a deputada Emília Cerqueira não é, e isso é coisa que não se pode generalizar às outras mulheres do Alto Minho. Querem chamar os populistas? Deem ao povo mais deputados deste calibre.

“Tê-lo-ei feito inadvertidamente mas não o fiz conscientemente. (...) Tenho a password de vários colegas como eles têm a minha, como em qualquer organização. (...) Agora, toda a gente se preocupa, como um bando de virgens ofendidas, desculpem a expressão, mas eu sou do Alto Minho -, numa terra onde não há virgens”.

Emília Cerqueira, deputada do PSD que marcou a presença de José Silvano no Parlamento, 9 de novembro

20 valores no índice de desfaçatez. “Inadvertidamente” ou inconscientemente não são boas desculpas. Emília Cerqueira não podia marcar a presença de José Silvano sem querer por uma razão muito simples: a senhora deputada já participou em dezenas de plenários e sabe muito bem que é ao digitar o username e a password que um deputado vê marcada a sua presença em plenário. É automático. Fazer-se de burra ou distraída pode ser uma estratégia de defesa, mas não é credível. Ponto um: a deputada jamais deveria usar uma password pessoal e intransmissível nem que fosse para aceder aos ficheiros. Ponto dois: tendo o código de Silvano, sabia em consciência que lhe estava a marcar uma presença sem ele estar presente no plenário. Ponto três: esta justificação ainda devia ser mais penalizadora politicamente do que as primeiras explicações de José Silvano.

É um péssimo exemplo de quem devia ser exemplar: como é que eu explico aos meus filhos que não devem aldrabar, se uma deputada diz em público de forma pacífica que usar a password de um colega naquelas circunstâncias é “como em qualquer organização”? Se a desculpa é esfarrapada, então o resto da alegação é requintada. Se fala pela virgindade das outras minhotas, nós só temos uma certeza: virgem na mentira é que a deputada Emília Cerqueira não é, e isso é coisa que não se pode generalizar às outras mulheres do Alto Minho. Querem chamar os populistas? Deem ao povo mais deputados deste calibre.

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