Câmara da Lousã quer nome de Mário Soares na toponímia local

20-04-2017
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A Câmara da Lousã aprovou uma proposta para que o nome do antigo Presidente da República Mário Soares venha a integrar a toponímia deste município do distrito de Coimbra.

"Pela dimensão e como forma de reconhecimento pelo importante trabalho desenvolvido" por Mário Soares, que morreu no dia 7, a autarquia presidida pelo socialista Luís Antunes solicita à Comissão Municipal de Toponímia que "avalie a inclusão de Mário Soares na toponímia" local.

Por unanimidade, a Câmara Municipal aprovou a proposta, associada a um voto de pesar pelo falecimento do antifascista, que esteve na fundação do PS, em 1973, e que, após a Revolução do 25 de Abril de 1974, foi ministro dos Negócios Estrangeiros, primeiro-ministro de três governos constitucionais e chefe de Estado, entre outras funções políticas.

"O seu contributo para o Portugal democrático, pelo qual lutou e ajudou a construir, teve expressão maior com os altos cargos desempenhados, nomeadamente ministro dos quatro primeiros governos provisórios, três vezes primeiro-ministro -- tendo assinado o tratado de adesão à Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1986 -- e Presidente da República em dois mandatos, entre 1986 e 1996", salienta uma nota da Câmara da Lousã.

Mário Alberto Nobre Lopes Soares nasceu em Lisboa, em 1924, e licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas e Direito pela Universidade de Lisboa.

"Resistente à ditadura e ativo na organização da oposição democrática ao salazarismo, Mário Soares defendeu vários presos políticos, enquanto advogado", tendo sido "preso mais de uma dezena de vezes" pela PIDE, a polícia política do regime fascista.

Esteve ainda deportado, sem julgamento, na então colónia de São Tomé e Príncipe, e exilado em Paris. Regressou a Portugal três dias depois do golpe militar do 25 de Abril, organizado pelo Movimento das Forças Armadas.

Ainda criança, Mário Soares chegou a estar na Lousã com seu pai, João Soares, quando este ex-padre e ministro da I República se refugiava em casa do amigo republicano José Maria Cardoso, nos primeiros anos do Estado Novo, como o próprio Soares recordou nas visitas que fez à vila no advento do regime democrático.

Em 1946, numa altura em que o jovem Mário Soares era militante comunista e integrava o Movimento de Unidade Democrática (MUD), tendo chegado a presidir ao MUD Juvenil, o PCP promoveu na Lousã o seu IV Congresso, no qual o futuro fundador do PS não participou.

Sob o pseudónimo de Duarte, Álvaro Cunhal destacou-se nos trabalhos desse conclave do PCP (II Congresso Ilegal), numa casa particular no lugar da Sarnadinha, como autor dos documentos "O caminho para o derrubamento do fascismo" e "Organização", que marcaram o processo da sua ascensão à liderança dos comunistas portugueses durante décadas.

A Câmara da Lousã aprovou uma proposta para que o nome do antigo Presidente da República Mário Soares venha a integrar a toponímia deste município do distrito de Coimbra.

"Pela dimensão e como forma de reconhecimento pelo importante trabalho desenvolvido" por Mário Soares, que morreu no dia 7, a autarquia presidida pelo socialista Luís Antunes solicita à Comissão Municipal de Toponímia que "avalie a inclusão de Mário Soares na toponímia" local.

Por unanimidade, a Câmara Municipal aprovou a proposta, associada a um voto de pesar pelo falecimento do antifascista, que esteve na fundação do PS, em 1973, e que, após a Revolução do 25 de Abril de 1974, foi ministro dos Negócios Estrangeiros, primeiro-ministro de três governos constitucionais e chefe de Estado, entre outras funções políticas.

"O seu contributo para o Portugal democrático, pelo qual lutou e ajudou a construir, teve expressão maior com os altos cargos desempenhados, nomeadamente ministro dos quatro primeiros governos provisórios, três vezes primeiro-ministro -- tendo assinado o tratado de adesão à Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1986 -- e Presidente da República em dois mandatos, entre 1986 e 1996", salienta uma nota da Câmara da Lousã.

Mário Alberto Nobre Lopes Soares nasceu em Lisboa, em 1924, e licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas e Direito pela Universidade de Lisboa.

"Resistente à ditadura e ativo na organização da oposição democrática ao salazarismo, Mário Soares defendeu vários presos políticos, enquanto advogado", tendo sido "preso mais de uma dezena de vezes" pela PIDE, a polícia política do regime fascista.

Esteve ainda deportado, sem julgamento, na então colónia de São Tomé e Príncipe, e exilado em Paris. Regressou a Portugal três dias depois do golpe militar do 25 de Abril, organizado pelo Movimento das Forças Armadas.

Ainda criança, Mário Soares chegou a estar na Lousã com seu pai, João Soares, quando este ex-padre e ministro da I República se refugiava em casa do amigo republicano José Maria Cardoso, nos primeiros anos do Estado Novo, como o próprio Soares recordou nas visitas que fez à vila no advento do regime democrático.

Em 1946, numa altura em que o jovem Mário Soares era militante comunista e integrava o Movimento de Unidade Democrática (MUD), tendo chegado a presidir ao MUD Juvenil, o PCP promoveu na Lousã o seu IV Congresso, no qual o futuro fundador do PS não participou.

Sob o pseudónimo de Duarte, Álvaro Cunhal destacou-se nos trabalhos desse conclave do PCP (II Congresso Ilegal), numa casa particular no lugar da Sarnadinha, como autor dos documentos "O caminho para o derrubamento do fascismo" e "Organização", que marcaram o processo da sua ascensão à liderança dos comunistas portugueses durante décadas.

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