Sol & Sombra

26-05-2016
marcar artigo

António Guterres

Após dez anos na liderança da organização da ONU para os Refugiados, o ex-primeiro-ministro não quis assumir uma candidatura presidencial, que parecia óbvia e natural. Mas o país tem-lhe dado, por estes dias, provas de reconhecimento e apreço quase consensuais em todos os quadrantes políticos. O Presidente Cavaco Silva, seu adversário político nos anos 90, condecorou-o com a Ordem da Liberdade. O Presidente eleito Marcelo já o distinguiu com a nomeação para o Conselho de Estado. E o Governo tem estado a promover, em bloco, as hipóteses da sua candidatura ao cargo de secretário-geral da ONU. O país reconciliou-se com ele.

Humberto Pedrosa

O vencedor do concurso de privatização da TAP, no consórcio Gateway que formou com o empresário David Neeleman, fez a observação mais curta e certeira ao negócio que cedeu ao Estado 50% do capital da TAP: foi ‘baralhar e voltar a dar’, disse. De facto, a gestão mantém-se privada e nas mãos da Gateway, o Estado ainda vai ajudar com 30 milhões no aumento de capital e, no essencial, tudo fica na mesma. Foi um negócio que serviu, apenas, para salvar a imagem política do Governo de António Costa e dar emprego a meia-dúzia de boys na nova administração da TAP. O PCP e o BE bem se queixam que nada mudou. Habituem-se, como se diz no PS.

Sombra:

José Manuel Pureza

Foi o talibã de serviço a defender a eutanásia. Que não estava prevista no programa eleitoral do BE ou de outro partido da AR. Que não é um direito fundamental nem equiparável ao direito à vida. E que só ganhará legitimidade se for aprovada por referendo e não apenas por voto na AR. Mas o dirigente do BE fez questão de atropelar tudo e todos na sua exibição de intolerância ideológica e radicalismo sectário.

Mário Centeno

Ao fim de apenas três meses, o ministro das Finanças perdeu credibilidade e autoridade - tanto em Bruxelas como a nível interno. Desautorizado pelo chefe do Governo nas 35 horas ou no negócio da TAP, marginalizado das principais decisões na Comissão Europeia, obrigado a recuar de cedência em cedência. Por muito que se transfigure nas suas musculadas intervenções na AR, já não há quem o leve muito a sério.

António Guterres

Após dez anos na liderança da organização da ONU para os Refugiados, o ex-primeiro-ministro não quis assumir uma candidatura presidencial, que parecia óbvia e natural. Mas o país tem-lhe dado, por estes dias, provas de reconhecimento e apreço quase consensuais em todos os quadrantes políticos. O Presidente Cavaco Silva, seu adversário político nos anos 90, condecorou-o com a Ordem da Liberdade. O Presidente eleito Marcelo já o distinguiu com a nomeação para o Conselho de Estado. E o Governo tem estado a promover, em bloco, as hipóteses da sua candidatura ao cargo de secretário-geral da ONU. O país reconciliou-se com ele.

Humberto Pedrosa

O vencedor do concurso de privatização da TAP, no consórcio Gateway que formou com o empresário David Neeleman, fez a observação mais curta e certeira ao negócio que cedeu ao Estado 50% do capital da TAP: foi ‘baralhar e voltar a dar’, disse. De facto, a gestão mantém-se privada e nas mãos da Gateway, o Estado ainda vai ajudar com 30 milhões no aumento de capital e, no essencial, tudo fica na mesma. Foi um negócio que serviu, apenas, para salvar a imagem política do Governo de António Costa e dar emprego a meia-dúzia de boys na nova administração da TAP. O PCP e o BE bem se queixam que nada mudou. Habituem-se, como se diz no PS.

Sombra:

José Manuel Pureza

Foi o talibã de serviço a defender a eutanásia. Que não estava prevista no programa eleitoral do BE ou de outro partido da AR. Que não é um direito fundamental nem equiparável ao direito à vida. E que só ganhará legitimidade se for aprovada por referendo e não apenas por voto na AR. Mas o dirigente do BE fez questão de atropelar tudo e todos na sua exibição de intolerância ideológica e radicalismo sectário.

Mário Centeno

Ao fim de apenas três meses, o ministro das Finanças perdeu credibilidade e autoridade - tanto em Bruxelas como a nível interno. Desautorizado pelo chefe do Governo nas 35 horas ou no negócio da TAP, marginalizado das principais decisões na Comissão Europeia, obrigado a recuar de cedência em cedência. Por muito que se transfigure nas suas musculadas intervenções na AR, já não há quem o leve muito a sério.

marcar artigo