Bloco entre dois metros, o do Mondego e o do Sul do Tejo

26-05-2017
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No mercado de Miranda do Corvo, Catarina Martins apelou ao voto de “pais e avós” dos que emigram. Num concelho que perdeu o comboio e não ganhou o metro do Mondego, a candidata do Bloco colocou os transportes na agenda do dia na manhã desta quarta-feira. Repetiria o percurso e o discurso à tarde, à boleia do Metro Sul do Tejo, entre Cacilhas e Corroios

Na feira de Miranda do Corvo, umas dezenas de quilómetros a sul de Coimbra, Catarina Martins visitou na manhã desta quarta-feira o mercado da fruta. Numa animada ação, acompanhada por gaita de foles e bombos, tendo ao lado o cabeça de lista do BE no distrito, José Manuel Pureza, a porta-voz bloquista ouviu palavras de apoio (muitas foram as clientes e as vendedoras que espontaneamente envolveram a candidata).

Mas a líder do BE também foi a depositária de queixas. Não dirigidas ao Bloco, mas ao isolamento que o concelho passou a viver nos últimos anos.

Houve ligações ferroviárias que desapareceram e o prometido Metro do Mondego nunca chegou. Luísa Lapa, de 55 anos, um produtora agrícola que vende diretamente os seus produtos no mercado, conta como os seus fregueses foram minguando. "O comboio era essencial para nós. Antes vinham cá pessoas de Coimbra, algumas só passear, mas acabavam sempre por comprar alguma coisa".

"As pessoas acreditaram na promessa de que iam ficar melhor, depois perderam o comboio e nunca tiveram um metro. Muita gente tem sido enganada", responde Catarina Martins.

Nuno Botelho

Apelos aos pais e avós dos emigrantes

Viagens mais longas do que as de Miranda do Corvo à sede do distrito têm feito muitos portugueses nos últimos anos. "São 485 mil as pessoas que foram enganadas nestes quatro anos", afirmou a porta-voz do Bloco.

E quando há muitos emigrantes a sentir dificuldades em votar nos locais onde vivem, Catarina Martins pediu, na terra de onde partiram, o voto dos seus familiares: "Apelo a quem cá está, aos pais e aos avós. Que no momento do voto pensem neles".

Se para os habitantes de Miranda do Corvo o Metro do Mondego nunca saiu do papel, do mesmo se podem queixar os munícipes do Barreiro e da Moita, concelhos que deveriam ser servidos pelo Metro Sul do Tejo.

Foi para os problemas desta linha que Catarina Martins chamou a atenção na parte da tarde desta quarta-feira, ao viajar entre as estações de Cacilhas e de Corroios (onde foi "interrompido" o Metro do Sul do Tejo, como explicou um militante bloquista presente na viagem).

A porta-voz do Bloco lembro que o Metro Sul do Tejo "não tem as ligações todas que foram prometidas". Não foi o único aspeto do projeto a merecer reparos da líder bloquista. "É uma parceria público-privada (PPP) muito rentável, um bom exemplo de como os transportes públicos não devem ser uma PPP".

Uma linha "em que uma criança de quatro anos paga tanto como um adulto", lembrou ainda Catarina Martins, que criticou mais uma vez a concessão a privados (Metro de Lisboa e Carris, STCP e Metro do Porto) que o Governo tem em marcha.

No mercado de Miranda do Corvo, Catarina Martins apelou ao voto de “pais e avós” dos que emigram. Num concelho que perdeu o comboio e não ganhou o metro do Mondego, a candidata do Bloco colocou os transportes na agenda do dia na manhã desta quarta-feira. Repetiria o percurso e o discurso à tarde, à boleia do Metro Sul do Tejo, entre Cacilhas e Corroios

Na feira de Miranda do Corvo, umas dezenas de quilómetros a sul de Coimbra, Catarina Martins visitou na manhã desta quarta-feira o mercado da fruta. Numa animada ação, acompanhada por gaita de foles e bombos, tendo ao lado o cabeça de lista do BE no distrito, José Manuel Pureza, a porta-voz bloquista ouviu palavras de apoio (muitas foram as clientes e as vendedoras que espontaneamente envolveram a candidata).

Mas a líder do BE também foi a depositária de queixas. Não dirigidas ao Bloco, mas ao isolamento que o concelho passou a viver nos últimos anos.

Houve ligações ferroviárias que desapareceram e o prometido Metro do Mondego nunca chegou. Luísa Lapa, de 55 anos, um produtora agrícola que vende diretamente os seus produtos no mercado, conta como os seus fregueses foram minguando. "O comboio era essencial para nós. Antes vinham cá pessoas de Coimbra, algumas só passear, mas acabavam sempre por comprar alguma coisa".

"As pessoas acreditaram na promessa de que iam ficar melhor, depois perderam o comboio e nunca tiveram um metro. Muita gente tem sido enganada", responde Catarina Martins.

Nuno Botelho

Apelos aos pais e avós dos emigrantes

Viagens mais longas do que as de Miranda do Corvo à sede do distrito têm feito muitos portugueses nos últimos anos. "São 485 mil as pessoas que foram enganadas nestes quatro anos", afirmou a porta-voz do Bloco.

E quando há muitos emigrantes a sentir dificuldades em votar nos locais onde vivem, Catarina Martins pediu, na terra de onde partiram, o voto dos seus familiares: "Apelo a quem cá está, aos pais e aos avós. Que no momento do voto pensem neles".

Se para os habitantes de Miranda do Corvo o Metro do Mondego nunca saiu do papel, do mesmo se podem queixar os munícipes do Barreiro e da Moita, concelhos que deveriam ser servidos pelo Metro Sul do Tejo.

Foi para os problemas desta linha que Catarina Martins chamou a atenção na parte da tarde desta quarta-feira, ao viajar entre as estações de Cacilhas e de Corroios (onde foi "interrompido" o Metro do Sul do Tejo, como explicou um militante bloquista presente na viagem).

A porta-voz do Bloco lembro que o Metro Sul do Tejo "não tem as ligações todas que foram prometidas". Não foi o único aspeto do projeto a merecer reparos da líder bloquista. "É uma parceria público-privada (PPP) muito rentável, um bom exemplo de como os transportes públicos não devem ser uma PPP".

Uma linha "em que uma criança de quatro anos paga tanto como um adulto", lembrou ainda Catarina Martins, que criticou mais uma vez a concessão a privados (Metro de Lisboa e Carris, STCP e Metro do Porto) que o Governo tem em marcha.

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