"Em vez de aproveitar o protagonismo da vereadora Mercês Ferreira para se afirmar, faz esta perseguição típica de um líder fraco", afirmou à Lusa Eduardo Vítor Rodrigues.
O autarca de Gaia reagia desta forma ao anúncio feito na terça-feira pela Concelhia do PSD de Gaia de retirada da confiança política à vereadora e militante social-democrata Mercês Ferreira que em outubro de 2013 aceitou o pelouro do Ambiente do executivo socialista.
"Porque a conduta da referida militante constitui uma clara e grosseira violação do dever de respeitar as deliberações emitidas pelos órgãos competentes do partido e, portanto, suscetível de integrar um ilícito disciplinar grave, o PSD Gaia deliberou ainda participar estes factos para efeitos de procedimento disciplinar", referia a Concelhia, em comunicado.
Hoje, o presidente da câmara diz que tal decisão da Concelhia "foi uma grande deceção" e referiu ter convidado a antiga vereadora do executivo liderado pelo social-democrata Luís Filipe Menezes "numa perspetiva de participação cívica".
Sobre a retirada da confiança política a Mercês Ferreira, disse ainda ter sido "a forma como o novo líder [da Concelhia] encontrou para se afirmar".
Em dezembro de 2015 a Concelhia do PSD de Gaia foi a eleições e o anterior líder e ex-vice-presidente da autarquia, Firmino Pereira perdeu para José Cancela Moura, antigo vereador da câmara entre 2002 e 2005.
O socialista Vítor Rodrigues aproveitou, também hoje, para recordar que Cancela Moura "já foi alvo de um processo disciplinar nas autárquicas de 2009", altura em que "criticou o partido [PSD] por ser pouco tolerante".
O autarca acrescentou que, "querendo", Mercês Ferreira "continuará a trabalhar com o concelho" e a pasta do ambiente "e o resto são questões internas".
"Mercês Ferreira continua a ter a minha confiança total", frisou.
A vereadora com a pasta do Ambiente disse na terça-feira não concordar com esta atitude da Concelhia dois anos e meio depois das eleições e garante que só deixará de ser militante do PSD se os órgãos do partido a "expulsarem".
Mercês Ferreira defendeu que o que tem feito no cargo "não é contra o PSD mas apenas a execução de um pelouro" e acrescentou: "não me parece que a minha atitude tenha ferido em nada o PSD".
Em resposta, Cancela Moura disse à Lusa "lamentar e estranhar que alguém que se devia ocupar da coisa a pública esteja a intrometer-se nos assuntos internos dos outros partidos".
E acrescentou: "melhor seria que ocupasse o tempo na defesa dos interesses dos gaienses".
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"Em vez de aproveitar o protagonismo da vereadora Mercês Ferreira para se afirmar, faz esta perseguição típica de um líder fraco", afirmou à Lusa Eduardo Vítor Rodrigues.
O autarca de Gaia reagia desta forma ao anúncio feito na terça-feira pela Concelhia do PSD de Gaia de retirada da confiança política à vereadora e militante social-democrata Mercês Ferreira que em outubro de 2013 aceitou o pelouro do Ambiente do executivo socialista.
"Porque a conduta da referida militante constitui uma clara e grosseira violação do dever de respeitar as deliberações emitidas pelos órgãos competentes do partido e, portanto, suscetível de integrar um ilícito disciplinar grave, o PSD Gaia deliberou ainda participar estes factos para efeitos de procedimento disciplinar", referia a Concelhia, em comunicado.
Hoje, o presidente da câmara diz que tal decisão da Concelhia "foi uma grande deceção" e referiu ter convidado a antiga vereadora do executivo liderado pelo social-democrata Luís Filipe Menezes "numa perspetiva de participação cívica".
Sobre a retirada da confiança política a Mercês Ferreira, disse ainda ter sido "a forma como o novo líder [da Concelhia] encontrou para se afirmar".
Em dezembro de 2015 a Concelhia do PSD de Gaia foi a eleições e o anterior líder e ex-vice-presidente da autarquia, Firmino Pereira perdeu para José Cancela Moura, antigo vereador da câmara entre 2002 e 2005.
O socialista Vítor Rodrigues aproveitou, também hoje, para recordar que Cancela Moura "já foi alvo de um processo disciplinar nas autárquicas de 2009", altura em que "criticou o partido [PSD] por ser pouco tolerante".
O autarca acrescentou que, "querendo", Mercês Ferreira "continuará a trabalhar com o concelho" e a pasta do ambiente "e o resto são questões internas".
"Mercês Ferreira continua a ter a minha confiança total", frisou.
A vereadora com a pasta do Ambiente disse na terça-feira não concordar com esta atitude da Concelhia dois anos e meio depois das eleições e garante que só deixará de ser militante do PSD se os órgãos do partido a "expulsarem".
Mercês Ferreira defendeu que o que tem feito no cargo "não é contra o PSD mas apenas a execução de um pelouro" e acrescentou: "não me parece que a minha atitude tenha ferido em nada o PSD".
Em resposta, Cancela Moura disse à Lusa "lamentar e estranhar que alguém que se devia ocupar da coisa a pública esteja a intrometer-se nos assuntos internos dos outros partidos".
E acrescentou: "melhor seria que ocupasse o tempo na defesa dos interesses dos gaienses".