PAN prefere cães que "sofrem" aos livres que caçam, diz Melo

10-05-2017
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"Para essa esquerda, pelos vistos, manadas ou varas criadas sem ver a luz, que caminham disciplinadamente para um matadouro, é uma afirmação de civilização. Animais que são caçados, estão livres, têm uma hipótese de fuga -- depende do engenho do caçador e da capacidade dos cães -- são um problema. E eles é que se dizem amigos dos animais", afirmou.Para Nuno Melo, o que está em causa neste debate é um "modo de vida" ancestral que tem que ser defendido, pela importância que tem para a preservação das próprias espécies, pelo ordenamento do território, pelas dimensões sociais e económica, advertindo que se a caça for proibida "alguma coisa de muito má irá acontecer".Sublinhando que o deputado do PAN cumpre o papel para o qual foi eleito, Nuno Melo reivindicou que, tal como André Silva deve ter direito "a só comer alface de manhã à noite", também ele deve ter direito a comer "perdiz de escabeche quando possa", de preferência caçada por si."Já que tanto se fala de liberdade, liberdade também é isto", declarou.A tónica do seu discurso dominou igualmente as intervenções dos dirigentes da Federação Portuguesa de Caça (Fencaça) e dos deputados Nuno Serra (PSD, vice-presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura) e Patrícia Fonseca (CDS), com Joaquim Barreto (PS), presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura, a afirmar que, embora respeite a posição de todos os deputados que integram a comissão, reconhece no sector da caça, que considerou parte da identidade do povo, um contributo para a biodiversidade e o desenvolvimento económico do país.Nuno Serra questionou "como alguém que vive num andar (...) e tem 75.000 votos - menos do que o número de licenças de caça - ousa atacar um factor elementar do mundo rural".Patrícia Fonseca apelidou o PAN (Pessoas-Animais-Natureza) de "mais partido dos Animais e da Natureza - e mesmo assim não percebe muito de natureza -", pelos "ataques reiterados a tudo o que são atividades do mundo rural", prometendo, no debate de terça-feira, defender o setor e criticar projetos que classificou de, "além de juridicamente mal feitos", serem "até politicamente desonestos".Também o ex-ministro da Agricultura e do Ambiente e actual vice-presidente da Fencaça, Arlindo Cunha, criticou os "discursos anti-caça", que classificou de "superficiais", ao reduzirem a caça apenas ao ato de matar um animal, esquecendo "tudo o que envolve em termos de protecção da natureza, biodiversidade e, sobretudo o cuidar do mundo rural", numa sociedade cada vez mais urbanizada.O presidente da Fencaça, Jacinto Amaro, pediu aos deputados para que na terça-feira rejeitem todas as propostas do PAN e do BE para que estas não baixem à especialidade, evitando que os defensores destas medidas "ganhem alguma coisa"."Tudo o que ganharem será seguramente contra nós", afirmou.Jacinto Amaro lamentou que sejam dados ouvidos a caçadores que se representam apenas a si próprios e que parecem desconhecer a realidade, dando como exemplo as referências ao regime ordenado, "que praticamente já não existe".Apontou ainda a proibição do uso de veneno para matar predadores, referida pelo PAN, que, assegurou, "está mais que proibido".

"Para essa esquerda, pelos vistos, manadas ou varas criadas sem ver a luz, que caminham disciplinadamente para um matadouro, é uma afirmação de civilização. Animais que são caçados, estão livres, têm uma hipótese de fuga -- depende do engenho do caçador e da capacidade dos cães -- são um problema. E eles é que se dizem amigos dos animais", afirmou.Para Nuno Melo, o que está em causa neste debate é um "modo de vida" ancestral que tem que ser defendido, pela importância que tem para a preservação das próprias espécies, pelo ordenamento do território, pelas dimensões sociais e económica, advertindo que se a caça for proibida "alguma coisa de muito má irá acontecer".Sublinhando que o deputado do PAN cumpre o papel para o qual foi eleito, Nuno Melo reivindicou que, tal como André Silva deve ter direito "a só comer alface de manhã à noite", também ele deve ter direito a comer "perdiz de escabeche quando possa", de preferência caçada por si."Já que tanto se fala de liberdade, liberdade também é isto", declarou.A tónica do seu discurso dominou igualmente as intervenções dos dirigentes da Federação Portuguesa de Caça (Fencaça) e dos deputados Nuno Serra (PSD, vice-presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura) e Patrícia Fonseca (CDS), com Joaquim Barreto (PS), presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura, a afirmar que, embora respeite a posição de todos os deputados que integram a comissão, reconhece no sector da caça, que considerou parte da identidade do povo, um contributo para a biodiversidade e o desenvolvimento económico do país.Nuno Serra questionou "como alguém que vive num andar (...) e tem 75.000 votos - menos do que o número de licenças de caça - ousa atacar um factor elementar do mundo rural".Patrícia Fonseca apelidou o PAN (Pessoas-Animais-Natureza) de "mais partido dos Animais e da Natureza - e mesmo assim não percebe muito de natureza -", pelos "ataques reiterados a tudo o que são atividades do mundo rural", prometendo, no debate de terça-feira, defender o setor e criticar projetos que classificou de, "além de juridicamente mal feitos", serem "até politicamente desonestos".Também o ex-ministro da Agricultura e do Ambiente e actual vice-presidente da Fencaça, Arlindo Cunha, criticou os "discursos anti-caça", que classificou de "superficiais", ao reduzirem a caça apenas ao ato de matar um animal, esquecendo "tudo o que envolve em termos de protecção da natureza, biodiversidade e, sobretudo o cuidar do mundo rural", numa sociedade cada vez mais urbanizada.O presidente da Fencaça, Jacinto Amaro, pediu aos deputados para que na terça-feira rejeitem todas as propostas do PAN e do BE para que estas não baixem à especialidade, evitando que os defensores destas medidas "ganhem alguma coisa"."Tudo o que ganharem será seguramente contra nós", afirmou.Jacinto Amaro lamentou que sejam dados ouvidos a caçadores que se representam apenas a si próprios e que parecem desconhecer a realidade, dando como exemplo as referências ao regime ordenado, "que praticamente já não existe".Apontou ainda a proibição do uso de veneno para matar predadores, referida pelo PAN, que, assegurou, "está mais que proibido".

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