Ladrões de Bicicletas: Ideias intocáveis

22-05-2019
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Mário Crespo até pode tocar, em tom algo populista, em algumas questões relacionadas com a tirania do dinheiro em Portugal. Desigualdades, corrupção e apatia cívica são a combinação que garante o Estado predador, que, como já argumentei, é o resultado do processo de neoliberalização do país.Lamento que Mário Crespo, na SIC-Notícias, continue apostado em salvar a hegemonia intelectual da desgraçada e minoritária fronda neo-conservadora-liberal. Modera um programa com um nome muito apropriado: plano inclinado. Não consigo imaginar pior combinação: João Duque, Nuno Crato e Medina Carreira.Os economistas da direita intransigente, como Duque, têm infinito tempo de antena para as suas "soluções": o desemprego, que, vejam lá, ainda não é um drama social por aí além, não subiu o suficiente para quebrar a resistência dos trabalhadores a diminuições dos salários e a muito mais (ontem no "noticiário" das 21h). Com Duque temos toda a coerência da distopia liberal.Enfim, ter subscrito um manifesto redigido por António Borges garante horas sem fim na SIC-Notícias. Sem qualquer contraditório, claro. A falta de pluralismo mostra que há mesmo áreas da vida nacional que continuam intocáveis...


Mário Crespo até pode tocar, em tom algo populista, em algumas questões relacionadas com a tirania do dinheiro em Portugal. Desigualdades, corrupção e apatia cívica são a combinação que garante o Estado predador, que, como já argumentei, é o resultado do processo de neoliberalização do país.Lamento que Mário Crespo, na SIC-Notícias, continue apostado em salvar a hegemonia intelectual da desgraçada e minoritária fronda neo-conservadora-liberal. Modera um programa com um nome muito apropriado: plano inclinado. Não consigo imaginar pior combinação: João Duque, Nuno Crato e Medina Carreira.Os economistas da direita intransigente, como Duque, têm infinito tempo de antena para as suas "soluções": o desemprego, que, vejam lá, ainda não é um drama social por aí além, não subiu o suficiente para quebrar a resistência dos trabalhadores a diminuições dos salários e a muito mais (ontem no "noticiário" das 21h). Com Duque temos toda a coerência da distopia liberal.Enfim, ter subscrito um manifesto redigido por António Borges garante horas sem fim na SIC-Notícias. Sem qualquer contraditório, claro. A falta de pluralismo mostra que há mesmo áreas da vida nacional que continuam intocáveis...

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