Crise impediu 30% das famílias de fazer férias

20-06-2016
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Um estudo por amostragem feito pela Universidade de Aveiro revela que 30% das famílias do centro do país não fizeram turismo nos últimos quatro anos, por razões económicas.

A Investigação de Joana Lima, doutorada em Turismo da Universidade de Aveiro, procurou, pela primeira vez em Portugal, perceber a importância do turismo para famílias e, particularmente, para as famílias economicamente carenciadas.

De acordo com as respetivas conclusões, o turismo em família “promove não só o bem-estar dos indivíduos como, no geral, das próprias famílias, já que contribui para o reforço dos laços familiares e, por essa via, para o aumento da coesão social”.

“São precisamente as famílias economicamente carenciadas as que sentem os benefícios do turismo com maior intensidade”, salienta o estudo que apela à responsabilidade social das empresas, nomeadamente das ligadas ao Turismo, “para que ajudem a financiar programas de turismo social”.

No estudo foram entrevistadas 1.165 famílias com filhos menores de idade dos concelhos de Aveiro, Covilhã, Fundão e Ílhavo e os resultados obtidos revelam que “existe uma percentagem significativa (29%) de famílias com filhos dependentes, que não realizaram viagens turísticas nos últimos quatro anos”.

Os motivos apontados pelas famílias, descreve a investigadora, estão diretamente ligados aos “constrangimentos financeiros” e são precisamente as famílias sem meios económicos para fazerem as malas e saírem de casa durante as férias, aquelas que mais sentem que esses momentos constituem oportunidades de reforço dos laços familiares, “oportunidades que, só por serem diferentes do habitual, promovem também o relaxamento e alívio do stress quotidiano”.

“É fundamental apostar em iniciativas, como por exemplo, programas de turismo social, que diminuam as barreiras existentes a essa prática”, salienta Joana Lima.

Para a autora, se é certo que as limitações orçamentais nacionais “indiciam que a orientação de fundos públicos para este domínio poderá não ser viável no curto prazo”, é precisamente nos períodos de maior austeridade económica, associados a um aumento da exclusão social que é maior a necessidade desses programas.

A solução, defende, passa por encontrar novas fontes de financiamento, por exemplo, apelando à responsabilidade social das empresas da área do turismo e de outros setores.

“No sentido de combater as desigualdades de acesso ao turismo, a integração de programas de turismo direcionados para os grupos sociais desfavorecidos em políticas sociais é uma medida que, apesar de já despertar o interesse de várias entidades, ainda não tem merecido reconhecimento e investimento generalizado e efetivo”, conclui.

Um estudo por amostragem feito pela Universidade de Aveiro revela que 30% das famílias do centro do país não fizeram turismo nos últimos quatro anos, por razões económicas.

A Investigação de Joana Lima, doutorada em Turismo da Universidade de Aveiro, procurou, pela primeira vez em Portugal, perceber a importância do turismo para famílias e, particularmente, para as famílias economicamente carenciadas.

De acordo com as respetivas conclusões, o turismo em família “promove não só o bem-estar dos indivíduos como, no geral, das próprias famílias, já que contribui para o reforço dos laços familiares e, por essa via, para o aumento da coesão social”.

“São precisamente as famílias economicamente carenciadas as que sentem os benefícios do turismo com maior intensidade”, salienta o estudo que apela à responsabilidade social das empresas, nomeadamente das ligadas ao Turismo, “para que ajudem a financiar programas de turismo social”.

No estudo foram entrevistadas 1.165 famílias com filhos menores de idade dos concelhos de Aveiro, Covilhã, Fundão e Ílhavo e os resultados obtidos revelam que “existe uma percentagem significativa (29%) de famílias com filhos dependentes, que não realizaram viagens turísticas nos últimos quatro anos”.

Os motivos apontados pelas famílias, descreve a investigadora, estão diretamente ligados aos “constrangimentos financeiros” e são precisamente as famílias sem meios económicos para fazerem as malas e saírem de casa durante as férias, aquelas que mais sentem que esses momentos constituem oportunidades de reforço dos laços familiares, “oportunidades que, só por serem diferentes do habitual, promovem também o relaxamento e alívio do stress quotidiano”.

“É fundamental apostar em iniciativas, como por exemplo, programas de turismo social, que diminuam as barreiras existentes a essa prática”, salienta Joana Lima.

Para a autora, se é certo que as limitações orçamentais nacionais “indiciam que a orientação de fundos públicos para este domínio poderá não ser viável no curto prazo”, é precisamente nos períodos de maior austeridade económica, associados a um aumento da exclusão social que é maior a necessidade desses programas.

A solução, defende, passa por encontrar novas fontes de financiamento, por exemplo, apelando à responsabilidade social das empresas da área do turismo e de outros setores.

“No sentido de combater as desigualdades de acesso ao turismo, a integração de programas de turismo direcionados para os grupos sociais desfavorecidos em políticas sociais é uma medida que, apesar de já despertar o interesse de várias entidades, ainda não tem merecido reconhecimento e investimento generalizado e efetivo”, conclui.

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