Fazer papéis assinados só com o Bloco “traria grossa perturbação”

12-10-2019
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O socialista Porfírio Silva defende que fazer um acordo assinado com o Bloco de Esquerda “seria inaceitável” e “traria grossa perturbação no futuro”.

Estas declarações foram feitas pelo socialista na sua página de Facebook, respondendo a uma dúvida colocada por Maria do Rosário Gama, presidente da Associação dos Pensionistas e Reformados Portugueses (APRe) : “Tenho uma dúvida que gostava de partilhar: se o PCP desse continuidade à fórmula adoptada há quatro anos, o PS manteria os acordos formais que fez na legislatura anterior? Quero acreditar que sim. Ficarei sempre com a dúvida, mas como adepta dos acordos à esquerda, lamento que os mesmos sejam ‘a la carte’!”.

Na resposta, Porfírio assume que o PS “ficaria melhor com acordos” e que, por isso mesmo, António Costa disse que queria uma solução de estabilidade para a legislatura.

“Mas, quando o PCP se põe de fora, fazer papéis assinados com outros parceiros seria ensaiar uma solução com parceiros de primeira e parceiros de segunda. Isso seria inaceitável e traria grossa perturbação no futuro”, defende, sustentando que um dos problemas desta solução política “sempre foi a concorrência entre o PCP e o BE”.

E "isso [a concorrência entre PCP e BE] não está melhor, está pior”, constata o socialista, sublinhando que “só o PS está a fazer tudo com o maior cuidado possível para levar as coisas em frente sem mais afrontamentos”.

O deputado termina com uma questão. “Os que fizeram campanha contra a maioria absoluta não deviam agora disponibilizar-se para construir uma legislatura forte? Não deviam ter dito que, além de serem contra a maioria absoluta, eram também contra uma maioria de esquerda sólida?”

O PS mandatou esta quinta-feira à noite o secretário-geral do PS para formar governo, numa reunião que durou mais de duas horas onde ficou decidido que, desta vez, não haverá acordos escritos. O PS governará negociando caso a caso, medida a medida.

Fonte socialista adiantou à agência Lusa que, se o PS fizesse um acordo escrito de legislatura apenas com o Bloco de Esquerda, estaria agora a hierarquizar parceiros na nova solução política, o que dentro do PS se considera indesejável.

Por outro lado, na sua intervenção, António Costa, para desdramatizar a ausência de qualquer acordo escrito, afirmou que o teor das anteriores declarações conjuntas com o Bloco de Esquerda, PCP e PEV se esgotou há dois anos, a meio da legislatura.

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“Mas, quando o PCP se põe de fora, fazer papéis assinados com outros parceiros seria ensaiar uma solução com parceiros de primeira e parceiros de segunda. Isso seria inaceitável e traria grossa perturbação no futuro”, defende, sustentando que um dos problemas desta solução política “sempre foi a concorrência entre o PCP e o BE”.

E "isso [a concorrência entre PCP e BE] não está melhor, está pior”, constata o socialista, sublinhando que “só o PS está a fazer tudo com o maior cuidado possível para levar as coisas em frente sem mais afrontamentos”.

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Por outro lado, na sua intervenção, António Costa, para desdramatizar a ausência de qualquer acordo escrito, afirmou que o teor das anteriores declarações conjuntas com o Bloco de Esquerda, PCP e PEV se esgotou há dois anos, a meio da legislatura.

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