Jerónimo e a guerra à esquerda: “Eu não me queria meter nisto”

30-09-2019
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A manhã era para falar de comboios e, mais ainda, para mostrar, no terreno, que os anos da geringonça serviram para criar "uma nova realidade". As oficinas de reparação de comboios da EMEF, no Entroncamento, são um bom palco para isso. A empresa vai ser 'devolvida', a partir de dezembro à CP, da qual foi desagregada e vendida nos anos da troika. Há um reforço de 120 trabalhadores e, se é verdade que, "subsistem problemas estruturantes", Jerónimo vê neste quadro a prova de algodão de que o PCP fez bem em dar o pontapé de saída do entendimento político que colocou António Costa no Governo.

Jerónimo de Sousa percorreu o imenso espaço das oficinas, onde se acumulam carruagens desmembradas ou comboios acabadinhos de remodelar. Cumprimentou operários, fez votos de "bom trabalho" e até aconselhou um deles "a dar um empurrãozinho" para fechar um contrato definitivo, depois de um ano de trabalho na empresa. "Às vezes é preciso dar um empurrãozinho", disse o líder comunista. O rapaz riu-se, encolheu os ombros e voltou a esticar uma peça de cabedal à volta de um torno.

Na noite anterior, o líder comunista participou no único debate televisivo entre os seis líderes dos partidos com assento parlamentar. E preferiu não entrar na guerra e manter as distâncias quando Catarina Martins e Antonio Costa trocaram argumentos sobre o arranque da geringonça. Aqui, Jerónimo não deu qualquer 'empurrãozinho' e deixou os dois políticos entregues a si próprios.

"Eu não me queria meter nisto", disse, quando os jornalistas insistiram para saber qual era a sua opinião sobre a guerra aberta entre Bloco e PS. Jerónimo não quer entrar nesta corrida, nem entrar neste campeonato. "Esta tensão não ajuda", defende o líder comunista. "Ao contrário do que se pode pensar, o grande resultado não é até o adversário ficar KO. Não, não é isso", afirmou.

Jerónimo até acha que "se perdeu um pouco de tempo" nesta troca de palavras na televisão. E não tem dúvidas sobre o resultado: "Não fica bem a ninguém: nem a quem está a ouvir, nem a quem está a falar". O incómodo foi evidente.

A manhã era para falar de comboios e, mais ainda, para mostrar, no terreno, que os anos da geringonça serviram para criar "uma nova realidade". As oficinas de reparação de comboios da EMEF, no Entroncamento, são um bom palco para isso. A empresa vai ser 'devolvida', a partir de dezembro à CP, da qual foi desagregada e vendida nos anos da troika. Há um reforço de 120 trabalhadores e, se é verdade que, "subsistem problemas estruturantes", Jerónimo vê neste quadro a prova de algodão de que o PCP fez bem em dar o pontapé de saída do entendimento político que colocou António Costa no Governo.

Jerónimo de Sousa percorreu o imenso espaço das oficinas, onde se acumulam carruagens desmembradas ou comboios acabadinhos de remodelar. Cumprimentou operários, fez votos de "bom trabalho" e até aconselhou um deles "a dar um empurrãozinho" para fechar um contrato definitivo, depois de um ano de trabalho na empresa. "Às vezes é preciso dar um empurrãozinho", disse o líder comunista. O rapaz riu-se, encolheu os ombros e voltou a esticar uma peça de cabedal à volta de um torno.

Na noite anterior, o líder comunista participou no único debate televisivo entre os seis líderes dos partidos com assento parlamentar. E preferiu não entrar na guerra e manter as distâncias quando Catarina Martins e Antonio Costa trocaram argumentos sobre o arranque da geringonça. Aqui, Jerónimo não deu qualquer 'empurrãozinho' e deixou os dois políticos entregues a si próprios.

"Eu não me queria meter nisto", disse, quando os jornalistas insistiram para saber qual era a sua opinião sobre a guerra aberta entre Bloco e PS. Jerónimo não quer entrar nesta corrida, nem entrar neste campeonato. "Esta tensão não ajuda", defende o líder comunista. "Ao contrário do que se pode pensar, o grande resultado não é até o adversário ficar KO. Não, não é isso", afirmou.

Jerónimo até acha que "se perdeu um pouco de tempo" nesta troca de palavras na televisão. E não tem dúvidas sobre o resultado: "Não fica bem a ninguém: nem a quem está a ouvir, nem a quem está a falar". O incómodo foi evidente.

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