Quem nunca votou, quem vota CDU e até quem já votou “nos outros”. Jerónimo quer o pleno no domingo

14-10-2019
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Faltam “escassos dias” para as eleições e é preciso carregar na mensagem. Jerónimo de Sousa bem pode ir repetindo a ideia de que há “um caudal imenso de esperança de que, sim, é possível avançar” para um reforço da posição da CDU no Parlamento. Mas, à cautela, na primeira arruada em 11 dias de campanha e, à noite, num Fórum Luísa Todi renovado e bem preenchido, o secretário-geral comunista lá vai avisando dos riscos de um PS de “mãos livres” nos próximos quatro anos. E vai a todos: quer ser a escolha de “quem nunca votou CDU”, de quem “hesita sobre o voto certo para avançar”, de quem vota CDU e, também, de quem “tem votado noutros partidos”. Ninguém fica de fora.

Para ser escolha, é preciso dramatizar o discurso. “Esta campanha deixou claro qual é a real opção que está colocada ao povo português nestas eleições: decidir entre avançar no que é preciso fazer para o desenvolvimento do país e pelos direitos dos trabalhadores e do povo, dando mais força à CDU para afirmar e concretizar uma política alternativa, ou andar para trás, deixando o PS de mãos livres para praticar a velha política, com ou sem PSD e CDS”. A CDU ou o abismo, sugere Jerónimo de Sousa, apresenta os candidatos comunistas como o último bastião que pode impedir o PS de voltar “à velha política” e de se atirar para os braços da direita.

A campanha comunista tem o discurso treinado. Perante a casa cheia, Jerónimo fala no partido de gente “séria” que “cumpriu” com o que prometeu há quatro anos e que “respeitou” o sentido de cada um dos votos que recebeu em 2015. Foi com esse peso parlamentar que o PCP e o PEV assumiram um “inquestionável papel” na proposta e negociação de medidas como o aumento de pensões e reformar, redução do preços dos passes sociais, recuperação de rendimentos e uma séria de programas enumerados até à exaustão pelos vários partidos da geringonça na última semana e meia, numa competição surda pela paternidade desta ou daquela medida. Jerónimo reclama, aliás, um papel maior nesse campeonato. “Não há medida positiva nestes últimos quatro anos que não tenha tido a intervenção decisiva do PCP e do PEV, muitas vezes vencendo a oposição e a resistência do PS”, disse o líder comunista em Setúbal.

Isso é a história dos últimos quatro anos. Mas o que se define no domingo é o esboço dos próximos capítulos, as linhas de um pós-geringonça. “As circunstâncias mudaram” e o equilíbrio de forças que sair da noite eleitoral vai ser determinante para definir o caminho a seguir. “Os que querem ver o país avançar devem dar mais força à CDU”, porque “ninguém tenha ilusões” de que as forças que governaram nas últimas quatro décadas mudaram. “São as atuais circunstâncias que [PS, PSD e CDS] querem ver mudadas para recuperar o espaço de manobra perdida e para retomar em toda a sua dimensão e amplitude a velha política de empobrecimento dos trabalhadores e do povo”, defendeu o secretário-geral.

O país “não está condenado” a esse “retrocesso”, mas “a batalha não será fácil”. O caminho mostra-se “mais acidentado, mais difícil” do que até aqui. “Mas alguma vez a nossa vida foi fácil? Nunca foi”, garante Jerónimo.

Faltam “escassos dias” para as eleições e é preciso carregar na mensagem. Jerónimo de Sousa bem pode ir repetindo a ideia de que há “um caudal imenso de esperança de que, sim, é possível avançar” para um reforço da posição da CDU no Parlamento. Mas, à cautela, na primeira arruada em 11 dias de campanha e, à noite, num Fórum Luísa Todi renovado e bem preenchido, o secretário-geral comunista lá vai avisando dos riscos de um PS de “mãos livres” nos próximos quatro anos. E vai a todos: quer ser a escolha de “quem nunca votou CDU”, de quem “hesita sobre o voto certo para avançar”, de quem vota CDU e, também, de quem “tem votado noutros partidos”. Ninguém fica de fora.

Para ser escolha, é preciso dramatizar o discurso. “Esta campanha deixou claro qual é a real opção que está colocada ao povo português nestas eleições: decidir entre avançar no que é preciso fazer para o desenvolvimento do país e pelos direitos dos trabalhadores e do povo, dando mais força à CDU para afirmar e concretizar uma política alternativa, ou andar para trás, deixando o PS de mãos livres para praticar a velha política, com ou sem PSD e CDS”. A CDU ou o abismo, sugere Jerónimo de Sousa, apresenta os candidatos comunistas como o último bastião que pode impedir o PS de voltar “à velha política” e de se atirar para os braços da direita.

A campanha comunista tem o discurso treinado. Perante a casa cheia, Jerónimo fala no partido de gente “séria” que “cumpriu” com o que prometeu há quatro anos e que “respeitou” o sentido de cada um dos votos que recebeu em 2015. Foi com esse peso parlamentar que o PCP e o PEV assumiram um “inquestionável papel” na proposta e negociação de medidas como o aumento de pensões e reformar, redução do preços dos passes sociais, recuperação de rendimentos e uma séria de programas enumerados até à exaustão pelos vários partidos da geringonça na última semana e meia, numa competição surda pela paternidade desta ou daquela medida. Jerónimo reclama, aliás, um papel maior nesse campeonato. “Não há medida positiva nestes últimos quatro anos que não tenha tido a intervenção decisiva do PCP e do PEV, muitas vezes vencendo a oposição e a resistência do PS”, disse o líder comunista em Setúbal.

Isso é a história dos últimos quatro anos. Mas o que se define no domingo é o esboço dos próximos capítulos, as linhas de um pós-geringonça. “As circunstâncias mudaram” e o equilíbrio de forças que sair da noite eleitoral vai ser determinante para definir o caminho a seguir. “Os que querem ver o país avançar devem dar mais força à CDU”, porque “ninguém tenha ilusões” de que as forças que governaram nas últimas quatro décadas mudaram. “São as atuais circunstâncias que [PS, PSD e CDS] querem ver mudadas para recuperar o espaço de manobra perdida e para retomar em toda a sua dimensão e amplitude a velha política de empobrecimento dos trabalhadores e do povo”, defendeu o secretário-geral.

O país “não está condenado” a esse “retrocesso”, mas “a batalha não será fácil”. O caminho mostra-se “mais acidentado, mais difícil” do que até aqui. “Mas alguma vez a nossa vida foi fácil? Nunca foi”, garante Jerónimo.

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