Jerónimo “confiante” no resultado das europeias não poupa o PS

22-05-2019
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Depois de um desfile que reuniu mais de mil pessoas em Almada, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, encerrou esta tarde o comício da CDU ao lado do cabeça de lista para as europeias João Ferreira. Garantindo que está confiante num bom resultado da Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV) nas eleições do próximo dia 26, o líder comunista fez ainda questão de distanciar o PCP da chamada 'geringonça', reclamando os avanços alcançados na atual legislatura ao nível da recuperação de rendimentos e direitos (apesar do PS).

“Este grande comício dá-nos confiança. Confiança é a palavra ajustada. Mas coloca-nos um desafio: se não estamos satisfeitos vamos todos votar no dia 26. E para a construção tem que haver obreiros e não podem ser só os candidatos, têm que ser todos nós”, afirmou Jerónimo de Sousa, apelando ao voto, perante uma plateia que, por repetidas vezes, interrompeu o discurso para bater palmas ou gritar "CDU".

Num palco em frente à câmara municipal de Almada - presidida desde 2017 por Inês de Medeiros (PS) que colocou fim a 40 anos de liderança comunista -, o secretário-geral do PCP não poupou críticas ao Governo socialista, sublinhando que se trata de um “Governo minoritário do PS e não um Governo de esquerdas" . “O PS e o seu Governo falam dos avanços que foram alcançados nesta nova fase da vida política nacional dizendo que são conquistas suas, mas a verdade é que muito do que se alcançou começou por ter o seu desacordo, resistência e oposição”, sustentou.

ana baião

Segundo o líder comunista, aquilo que se avançou só foi possível “porque o PS não tinha os votos para sozinho impor a política que ao longo de quatro décadas fez sozinho ou com o PSD e o CDS.” Mais: aquela que considera ser uma “obsessão” do partido socialista pelo défice constituiu um “enorme travão” para as questões sociais e económicas do país.

Afirmando que a CDU é a “alternativa” e a “voz da esperança”, Jerónimo acusou o PS,PSD e CDS de aceitarem sem hesitar todas as orientações neoliberais da União Europeia, formando uma “irmandade” de submissão à UE . E que não estão interessados em discutir questões essenciais para o país. “É que quanto se decidiu na UE, os três juntinhos - PS, PSD e CDS - aceitaram tudo o que lhes quiseram impor e agora não têm lata para vir dizer que estão contra essa destruição das pescas ou do sector leiteiro”, insistiu.

Sobre a proposta dos comunistas de subir o Salário Mínimo Nacional para os 850 euros, Jerónimo lembrou que os patrões considerarem a medida irrealista, mas que o PS preferiu nem se pronunciar sobre o caso. “O PS, o PSD e o CDS ficaram calados que nem ratos. Não souberam dizer que são contra o aumento do SMN”, acrescentou.

ana baião

Referindo-se à crise dos professores, o secretário-geral do PCP lamentou a situação criada pelo executivo liderado por António Costa, que justificou face aos limites da governação do PS e da convergência com as políticas do PSD e do CDS.

Por último, Jerónimo voltou a rejeitar a militarização da UE e a defender a cooperação entre Estados-membros em áreas como combate à corrupção e o fim dos paraísos fiscais.

Antes de Jerónimo, o cabeça de lista da CDU às europeias, João Ferreira, também se manifestara otimista em relação os resultados das eleições do próximo dia 26, desvalorizando sondagem do Expresso/SIC que revelou a CDU ao lado do CDS com 8% das intenções de voto, um ponto abaixo do Bloco de Esquerda. “Estamos a trabalhar para um ter um grande resultado eleitoral, ao contrário do que alguns queriam, o resultado está longe de estar fechado. Por onde temos passado, a mensagem da CDU tem chegado. Acho que há o reconhecimento do trabalho que temos feito, a perceção do quão importantes são estas eleições e as decisões que vão ser tomadas no Parlamento Europeu e a grande influência que vão ter no país.”

Depois de um desfile que reuniu mais de mil pessoas em Almada, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, encerrou esta tarde o comício da CDU ao lado do cabeça de lista para as europeias João Ferreira. Garantindo que está confiante num bom resultado da Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV) nas eleições do próximo dia 26, o líder comunista fez ainda questão de distanciar o PCP da chamada 'geringonça', reclamando os avanços alcançados na atual legislatura ao nível da recuperação de rendimentos e direitos (apesar do PS).

“Este grande comício dá-nos confiança. Confiança é a palavra ajustada. Mas coloca-nos um desafio: se não estamos satisfeitos vamos todos votar no dia 26. E para a construção tem que haver obreiros e não podem ser só os candidatos, têm que ser todos nós”, afirmou Jerónimo de Sousa, apelando ao voto, perante uma plateia que, por repetidas vezes, interrompeu o discurso para bater palmas ou gritar "CDU".

Num palco em frente à câmara municipal de Almada - presidida desde 2017 por Inês de Medeiros (PS) que colocou fim a 40 anos de liderança comunista -, o secretário-geral do PCP não poupou críticas ao Governo socialista, sublinhando que se trata de um “Governo minoritário do PS e não um Governo de esquerdas" . “O PS e o seu Governo falam dos avanços que foram alcançados nesta nova fase da vida política nacional dizendo que são conquistas suas, mas a verdade é que muito do que se alcançou começou por ter o seu desacordo, resistência e oposição”, sustentou.

ana baião

Segundo o líder comunista, aquilo que se avançou só foi possível “porque o PS não tinha os votos para sozinho impor a política que ao longo de quatro décadas fez sozinho ou com o PSD e o CDS.” Mais: aquela que considera ser uma “obsessão” do partido socialista pelo défice constituiu um “enorme travão” para as questões sociais e económicas do país.

Afirmando que a CDU é a “alternativa” e a “voz da esperança”, Jerónimo acusou o PS,PSD e CDS de aceitarem sem hesitar todas as orientações neoliberais da União Europeia, formando uma “irmandade” de submissão à UE . E que não estão interessados em discutir questões essenciais para o país. “É que quanto se decidiu na UE, os três juntinhos - PS, PSD e CDS - aceitaram tudo o que lhes quiseram impor e agora não têm lata para vir dizer que estão contra essa destruição das pescas ou do sector leiteiro”, insistiu.

Sobre a proposta dos comunistas de subir o Salário Mínimo Nacional para os 850 euros, Jerónimo lembrou que os patrões considerarem a medida irrealista, mas que o PS preferiu nem se pronunciar sobre o caso. “O PS, o PSD e o CDS ficaram calados que nem ratos. Não souberam dizer que são contra o aumento do SMN”, acrescentou.

ana baião

Referindo-se à crise dos professores, o secretário-geral do PCP lamentou a situação criada pelo executivo liderado por António Costa, que justificou face aos limites da governação do PS e da convergência com as políticas do PSD e do CDS.

Por último, Jerónimo voltou a rejeitar a militarização da UE e a defender a cooperação entre Estados-membros em áreas como combate à corrupção e o fim dos paraísos fiscais.

Antes de Jerónimo, o cabeça de lista da CDU às europeias, João Ferreira, também se manifestara otimista em relação os resultados das eleições do próximo dia 26, desvalorizando sondagem do Expresso/SIC que revelou a CDU ao lado do CDS com 8% das intenções de voto, um ponto abaixo do Bloco de Esquerda. “Estamos a trabalhar para um ter um grande resultado eleitoral, ao contrário do que alguns queriam, o resultado está longe de estar fechado. Por onde temos passado, a mensagem da CDU tem chegado. Acho que há o reconhecimento do trabalho que temos feito, a perceção do quão importantes são estas eleições e as decisões que vão ser tomadas no Parlamento Europeu e a grande influência que vão ter no país.”

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