Costa e os seus ajustes de contas. PGR já era

26-08-2018
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A entrevista de António Costa ao “Expresso” serviu na perfeição para o primeiro-ministro fazer um ajuste de contas com algumas personalidades e para mandar os recados que quis. Digamos que o líder do PS é um mestre no jogo da política e consegue dar bicadas em quem bem entende, com uma tranquilidade comovente.

Costa sabe esperar pelo melhor momento para o fazer e não há dúvidas que não se esquece de nenhum dos seus inimigos, utilizando a máxima “cá se fazem, cá se pagam”.

Para começar, disse que percebeu em Viseu, durante a campanha eleitoral, que iria perder as eleições, já que o povo estava com medo de voltar ao tempo da troika. Talvez por isso tenha começado a engendrar a geringonça ainda antes de os resultados serem conhecidos...

Mas um dos grandes recados que Costa deu foi a Joana Marques Vidal, anunciando praticamente que a procuradora-geral da República tem o seu destino traçado em outubro. Isto é: não vai ser reconduzida no cargo. Mas o primeiro-ministro tem alguma facilidade em resvalar para o mau gosto pois, se assim não fosse, não culpava exclusivamente Joana Marques Vidal por o escândalo de Tancos ainda não estar resolvido. Qual a razão então para Costa, seguindo o mesmo critério, não culpar os seus ministros sempre que há algum problema nos seus ministérios? O que dizer da ministra da Administração Interna responsável pela tutela da Proteção Civil quando morreram mais de 100 pessoas nos incêndios do ano passado? Constança Urbano de Sousa demitiu-se por não aguentar mais a pressão e não consta que Costa tenha dito ao país que a ministra tinha falhado no combate aos incêndios, até porque estaria a culpar-se a si próprio.

O líder do PS não deixou também passar em claro a história de Ricardo Robles, sabendo que iria provocar os bloquistas. Afinal, Costa é perito em encostar às cordas quem lhe interessa encostar. O BE, atado de pés e mãos, bem protesta, mas sabe que o primeiro-ministro tem o poder de renovar ou não a geringonça depois das próximas eleições legislativas.

A entrevista de António Costa ao “Expresso” serviu na perfeição para o primeiro-ministro fazer um ajuste de contas com algumas personalidades e para mandar os recados que quis. Digamos que o líder do PS é um mestre no jogo da política e consegue dar bicadas em quem bem entende, com uma tranquilidade comovente.

Costa sabe esperar pelo melhor momento para o fazer e não há dúvidas que não se esquece de nenhum dos seus inimigos, utilizando a máxima “cá se fazem, cá se pagam”.

Para começar, disse que percebeu em Viseu, durante a campanha eleitoral, que iria perder as eleições, já que o povo estava com medo de voltar ao tempo da troika. Talvez por isso tenha começado a engendrar a geringonça ainda antes de os resultados serem conhecidos...

Mas um dos grandes recados que Costa deu foi a Joana Marques Vidal, anunciando praticamente que a procuradora-geral da República tem o seu destino traçado em outubro. Isto é: não vai ser reconduzida no cargo. Mas o primeiro-ministro tem alguma facilidade em resvalar para o mau gosto pois, se assim não fosse, não culpava exclusivamente Joana Marques Vidal por o escândalo de Tancos ainda não estar resolvido. Qual a razão então para Costa, seguindo o mesmo critério, não culpar os seus ministros sempre que há algum problema nos seus ministérios? O que dizer da ministra da Administração Interna responsável pela tutela da Proteção Civil quando morreram mais de 100 pessoas nos incêndios do ano passado? Constança Urbano de Sousa demitiu-se por não aguentar mais a pressão e não consta que Costa tenha dito ao país que a ministra tinha falhado no combate aos incêndios, até porque estaria a culpar-se a si próprio.

O líder do PS não deixou também passar em claro a história de Ricardo Robles, sabendo que iria provocar os bloquistas. Afinal, Costa é perito em encostar às cordas quem lhe interessa encostar. O BE, atado de pés e mãos, bem protesta, mas sabe que o primeiro-ministro tem o poder de renovar ou não a geringonça depois das próximas eleições legislativas.

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