Ordem dos Enfermeiros defende vacinação contra a covid-19 realizada exclusivamente por enfermeiros em unidades de saúde

10-12-2020
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Ana Rita Cavaco defende que vacinação contra a covid-19 deve ser realizada exclusivamente por profissionais de enfermagem e em unidades de saúde pública, privada ou do sector social. Apesar de Marta Temido, ministra da Saúde, ter avançado há uma semana que, numa primeira instância, a vacina só será administrada pelo Serviço Nacional de Saúde, a bastonária da Ordem dos Enfermeiros advoga que a tutela “deve deixar claro desde já” que as farmácias não serão incluídas na administração das vacinas “por uma questão de segurança dos próprios vacinados”.

Em comunicado, a Ordem refere que as autoridades de saúde britânicas emitiram, esta quarta-feira, um alerta para que pessoas com um histórico de alergias severas não tomem a vacina da Pfizer contra a covid-19, depois de dois profissionais terem sofrido uma reação anafilática após a toma de vacina.

“O que aconteceu em Inglaterra é um alerta que vacinação injetável só deve ser administrada por enfermeiros em unidades de saúde, já que existe sempre o risco de provocar reações anafiláticas”, afirma ao Expresso a bastonária, salientando que tratando-se de uma vacina nova a prudência na sua administração deve ser ainda redobrada. Assim, defende a Ordem, “qualquer profissional que não seja enfermeiro ou médico deve ser afastado do plano de vacinação contra a covid-19 ou de qualquer outra vacina”.

“Tal como temos vindo a alertar, esta vacina é geradora de potenciais reações adversas, razão pela qual os espaços físicos para a sua administração de vacinas não podem ser, por exemplo, farmácias”, adianta ainda Ana Rita Cavaco, que frisa as reações anafiláticas são uma consequência possível em qualquer vacina, até porque a maioria das pessoas não sabe “se é alérgica ou não a determinadas substâncias”.

Na passada semana, a Ordem dos Farmacêuticos, a Associação de Farmácias de Portugal e a Associação Nacional de Farmácias avançaram em comunicado que “os farmacêuticos estão cientificamente preparados para vacinar” e que seria “incompreensível que Portugal, com mais de 5.000 farmacêuticos, não utilizasse esta capacidade instalada”.

A bastonária da Ordem dos Enfermeiros adverte, contudo, que as duas profissões estão reguladas e que o princípio é que quem prescreve não vende medicamentos e quem vende não os administra. “Os enfermeiros administram, não dispensam medicamentos”, refere Ana Rita Cavaco, que não tem dúvidas que será necessário fazer um alargamento de horários dos profissionais de enfermagem quando se iniciar a vacinação ou reforçar contratos, organização “que dependerá ainda de quantas vacinas vão chegar a Portugal e quando”.

Em comunicado, a Ordem garante que os enfermeiros estão preparados e reúnem “as competências para contribuir para o sucesso do plano da vacinação contra a Covid em todo o mundo, que começa na mensagem de segurança transmitida aos cidadãos: vacine-se em segurança, vacine-se com um enfermeiro numa unidade de Saúde pública, privada ou do sector social”.

Ana Rita Cavaco defende que vacinação contra a covid-19 deve ser realizada exclusivamente por profissionais de enfermagem e em unidades de saúde pública, privada ou do sector social. Apesar de Marta Temido, ministra da Saúde, ter avançado há uma semana que, numa primeira instância, a vacina só será administrada pelo Serviço Nacional de Saúde, a bastonária da Ordem dos Enfermeiros advoga que a tutela “deve deixar claro desde já” que as farmácias não serão incluídas na administração das vacinas “por uma questão de segurança dos próprios vacinados”.

Em comunicado, a Ordem refere que as autoridades de saúde britânicas emitiram, esta quarta-feira, um alerta para que pessoas com um histórico de alergias severas não tomem a vacina da Pfizer contra a covid-19, depois de dois profissionais terem sofrido uma reação anafilática após a toma de vacina.

“O que aconteceu em Inglaterra é um alerta que vacinação injetável só deve ser administrada por enfermeiros em unidades de saúde, já que existe sempre o risco de provocar reações anafiláticas”, afirma ao Expresso a bastonária, salientando que tratando-se de uma vacina nova a prudência na sua administração deve ser ainda redobrada. Assim, defende a Ordem, “qualquer profissional que não seja enfermeiro ou médico deve ser afastado do plano de vacinação contra a covid-19 ou de qualquer outra vacina”.

“Tal como temos vindo a alertar, esta vacina é geradora de potenciais reações adversas, razão pela qual os espaços físicos para a sua administração de vacinas não podem ser, por exemplo, farmácias”, adianta ainda Ana Rita Cavaco, que frisa as reações anafiláticas são uma consequência possível em qualquer vacina, até porque a maioria das pessoas não sabe “se é alérgica ou não a determinadas substâncias”.

Na passada semana, a Ordem dos Farmacêuticos, a Associação de Farmácias de Portugal e a Associação Nacional de Farmácias avançaram em comunicado que “os farmacêuticos estão cientificamente preparados para vacinar” e que seria “incompreensível que Portugal, com mais de 5.000 farmacêuticos, não utilizasse esta capacidade instalada”.

A bastonária da Ordem dos Enfermeiros adverte, contudo, que as duas profissões estão reguladas e que o princípio é que quem prescreve não vende medicamentos e quem vende não os administra. “Os enfermeiros administram, não dispensam medicamentos”, refere Ana Rita Cavaco, que não tem dúvidas que será necessário fazer um alargamento de horários dos profissionais de enfermagem quando se iniciar a vacinação ou reforçar contratos, organização “que dependerá ainda de quantas vacinas vão chegar a Portugal e quando”.

Em comunicado, a Ordem garante que os enfermeiros estão preparados e reúnem “as competências para contribuir para o sucesso do plano da vacinação contra a Covid em todo o mundo, que começa na mensagem de segurança transmitida aos cidadãos: vacine-se em segurança, vacine-se com um enfermeiro numa unidade de Saúde pública, privada ou do sector social”.

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