O papa Bento XVI resigna hoje, terminando um pontificado marcado por uma diminuição das vocações, escândalos de pedofilia e de fuga de documentos confidenciais.
O fim do pontificado de Bento XVI terminará sem qualquer cerimónia, depois de saudar os cardeais que estiverem em Roma, ao final da manhã, no palácio apostólico.
Às 16:00, Bento XVI parte de helicóptero para o palácio apostólico de Castel Gandolfo, 25 quilómetros a sul de Roma.
O último ato público do papa vai acontecer pelas 16:30, com uma saudação à população a partir da varanda central de Castel Gandolfo, propriedade do Vaticano e residência de verão dos papas, onde ficará nos dois meses seguintes.
No final do período de dois meses, Joseph Ratzinger - que passará a ter o título de "Sua santidade Bento XVI, papa emérito" - regressa ao Vaticano, para residir num mosteiro, dentro das muralhas do pequeno Estado, atualmente a ser renovado, de acordo com o porta-voz padre Federico Lombardi.
Assim que a resignação de Bento XVI for efetiva, entra-se no período de "Sé apostólica vacante", que vigora entre a morte/renúncia e a eleição do novo papa.
A partir de sexta-feira, os cardeais vão reunir-se em "congregações" para identificar as prioridades da Igreja e selecionar os candidatos a papa.
Até aqui e de acordo com a constituição apostólica ("Universi Dominici Gregis", assinada por João Paulo II, em 1996), o conclave dos cardeais eleitores (com menos de 80 anos) não podia começar antes de 15 de março, mas depois do "motu proprio" publicado na segunda-feira por Bento XVI os cardeais podem decidir, por meio de voto, antecipar o conclave para permitir ao novo papa uma melhor preparação para a Páscoa, a 31 de março, uma celebração muito importante para 1,2 mil milhões de católicos.
A 11 de fevereiro, Bento XVI anunciou a resignação, devido "à idade avançada".
O último chefe da Igreja Católica a renunciar foi Gregório XII, no século XV (1406-1415).
Fonte: Lusa
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O papa Bento XVI resigna hoje, terminando um pontificado marcado por uma diminuição das vocações, escândalos de pedofilia e de fuga de documentos confidenciais.
O fim do pontificado de Bento XVI terminará sem qualquer cerimónia, depois de saudar os cardeais que estiverem em Roma, ao final da manhã, no palácio apostólico.
Às 16:00, Bento XVI parte de helicóptero para o palácio apostólico de Castel Gandolfo, 25 quilómetros a sul de Roma.
O último ato público do papa vai acontecer pelas 16:30, com uma saudação à população a partir da varanda central de Castel Gandolfo, propriedade do Vaticano e residência de verão dos papas, onde ficará nos dois meses seguintes.
No final do período de dois meses, Joseph Ratzinger - que passará a ter o título de "Sua santidade Bento XVI, papa emérito" - regressa ao Vaticano, para residir num mosteiro, dentro das muralhas do pequeno Estado, atualmente a ser renovado, de acordo com o porta-voz padre Federico Lombardi.
Assim que a resignação de Bento XVI for efetiva, entra-se no período de "Sé apostólica vacante", que vigora entre a morte/renúncia e a eleição do novo papa.
A partir de sexta-feira, os cardeais vão reunir-se em "congregações" para identificar as prioridades da Igreja e selecionar os candidatos a papa.
Até aqui e de acordo com a constituição apostólica ("Universi Dominici Gregis", assinada por João Paulo II, em 1996), o conclave dos cardeais eleitores (com menos de 80 anos) não podia começar antes de 15 de março, mas depois do "motu proprio" publicado na segunda-feira por Bento XVI os cardeais podem decidir, por meio de voto, antecipar o conclave para permitir ao novo papa uma melhor preparação para a Páscoa, a 31 de março, uma celebração muito importante para 1,2 mil milhões de católicos.
A 11 de fevereiro, Bento XVI anunciou a resignação, devido "à idade avançada".
O último chefe da Igreja Católica a renunciar foi Gregório XII, no século XV (1406-1415).
Fonte: Lusa