Pedro Garcia Rosado: Porque não votarei no PSD no dia 29

26-09-2019
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Em 2009 votei no PSD para a Câmara Municipal. Caldas da Rainha pareceu-me uma cidade mais arrumada e o concelho estava, nessa altura, mais limpo e mais cuidado. A rua onde moro ainda era uma rua alcatroada. E não vi uma alternativa de jeito, nem digo inteligente, nos outros partidos.

No entanto, não tendo gostado da gestão ausente da Junta de Freguesia, acabei por votar em branco para a Assembleia de Freguesia. E também para a Assembleia Municipal.

Julgo que o país precisa de estabilidade política até ao fim do programa de ajustamento e a instabilização do principal partido do Governo por um mau resultado nas eleições autárquicas pode ser mau. Mas Caldas da Rainha nada terá a ganhar com um êxito eleitoral do PSD caldense.

Aliás, nem o próprio PSD caldense ganhará alguma coisa com uma vitória desta candidatura, que só servirá para silenciar os erros internos.

Esta candidatura do PSD não me convence. O que propõe é um conjunto de intenções mal amanhadas e incoerentes.

Faz de conta que não tem a ver com a gestão do PSD de Fernando Costa dos últimos 28 anos mas o certo é que Tinta Ferreira é o seu delfim. É um herdeiro apagado e sombrio e o burocrata camarário supremo. O seu silêncio sobre as termas rivais de Caldas da Rainha é um exercício de hipocrisia nefasto e desprovida de coragem.

Penso que o PSD beneficiaria de uma candidatura encabeçada por Maria da Conceição Pereira ou Hugo Oliveira. São políticos que conhecem o concelho, que falam directamente com as pessoas, que poderiam ser mais sensíveis aos problemas reais do concelho e dos seus habitantes. E eu talvez votasse no PSD se a sua lista à Câmara fosse encabeçada por Maria da Conceição Pereira ou Hugo Oliveira e se apresentasse um programa realista e estruturado. Mas não é o caso.

A minha rejeição da lista camarária do PSD caldense estende-se à sua lista para a Assembleia Municipal.

E quanto à Assembleia de Freguesia da espetada mista que é a União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, a minha rejeição é ainda mais clara e mais veemente: o número dois da sua lista é o presidente cessante da Junta de Freguesia da Serra do Bouro. As suas atitudes suscitam-me uma desconfiança profunda. Nunca poderei votar numa lista onde ele esteja.

É por tudo isto que não vou votar no PSD no dia 29.

É também por tudo isto que espero que o PSD caldense perca nestas eleições a presidência da Câmara e que tenha uma derrota bem expressiva. Penso que há boas perspectivas de isso acontecer.

 

*

Gostaria de ter ouvido o PSD caldense dizer que iria rever as taxas absurdas que tornam exorbitante e proibitivo o preço da água. Gostaria de o ver esclarecer o caso do gasóleo municipal. Gostaria de o ter visto a esclarecer o mistério do Plano de Pormenor da Estrada Atlântica. Gostaria de o ouvir a pronunciar-se sobre o fim do projecto termal caldense.

O silêncio, nestes como noutros casos, diz tudo.

 

Amanhã: o PS

Em 2009 votei no PSD para a Câmara Municipal. Caldas da Rainha pareceu-me uma cidade mais arrumada e o concelho estava, nessa altura, mais limpo e mais cuidado. A rua onde moro ainda era uma rua alcatroada. E não vi uma alternativa de jeito, nem digo inteligente, nos outros partidos.

No entanto, não tendo gostado da gestão ausente da Junta de Freguesia, acabei por votar em branco para a Assembleia de Freguesia. E também para a Assembleia Municipal.

Julgo que o país precisa de estabilidade política até ao fim do programa de ajustamento e a instabilização do principal partido do Governo por um mau resultado nas eleições autárquicas pode ser mau. Mas Caldas da Rainha nada terá a ganhar com um êxito eleitoral do PSD caldense.

Aliás, nem o próprio PSD caldense ganhará alguma coisa com uma vitória desta candidatura, que só servirá para silenciar os erros internos.

Esta candidatura do PSD não me convence. O que propõe é um conjunto de intenções mal amanhadas e incoerentes.

Faz de conta que não tem a ver com a gestão do PSD de Fernando Costa dos últimos 28 anos mas o certo é que Tinta Ferreira é o seu delfim. É um herdeiro apagado e sombrio e o burocrata camarário supremo. O seu silêncio sobre as termas rivais de Caldas da Rainha é um exercício de hipocrisia nefasto e desprovida de coragem.

Penso que o PSD beneficiaria de uma candidatura encabeçada por Maria da Conceição Pereira ou Hugo Oliveira. São políticos que conhecem o concelho, que falam directamente com as pessoas, que poderiam ser mais sensíveis aos problemas reais do concelho e dos seus habitantes. E eu talvez votasse no PSD se a sua lista à Câmara fosse encabeçada por Maria da Conceição Pereira ou Hugo Oliveira e se apresentasse um programa realista e estruturado. Mas não é o caso.

A minha rejeição da lista camarária do PSD caldense estende-se à sua lista para a Assembleia Municipal.

E quanto à Assembleia de Freguesia da espetada mista que é a União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, a minha rejeição é ainda mais clara e mais veemente: o número dois da sua lista é o presidente cessante da Junta de Freguesia da Serra do Bouro. As suas atitudes suscitam-me uma desconfiança profunda. Nunca poderei votar numa lista onde ele esteja.

É por tudo isto que não vou votar no PSD no dia 29.

É também por tudo isto que espero que o PSD caldense perca nestas eleições a presidência da Câmara e que tenha uma derrota bem expressiva. Penso que há boas perspectivas de isso acontecer.

 

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Gostaria de ter ouvido o PSD caldense dizer que iria rever as taxas absurdas que tornam exorbitante e proibitivo o preço da água. Gostaria de o ver esclarecer o caso do gasóleo municipal. Gostaria de o ter visto a esclarecer o mistério do Plano de Pormenor da Estrada Atlântica. Gostaria de o ouvir a pronunciar-se sobre o fim do projecto termal caldense.

O silêncio, nestes como noutros casos, diz tudo.

 

Amanhã: o PS

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