TAP. Rio admite liquidação se reestruturação não garantir rentabilidade da empresa

10-12-2020
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Rui Rio já fez as contas ao plano de reestruturação da TAP e está muito cético sobre a solução que o Governo leva esta quinta-feira a Bruxelas. Segundo o presidente do PSD, António Costa e Pedro Nuno Santos arranjaram "um problema de todo o tamanho" ao terem revertido a privatização feita pelo segundo governo de Pedro Passos Coelho e admitiu que o cenário de liquidação da empresa pode ser preferível se não houver garantias de que a empresa venha a ser rentável.

Questionado se o PSD defende a liquidação da transportadora aérea, caso o plano não dê essa segurança, Rio respondeu afirmativamente. “Sim, se o plano de reestruturação não conseguir ter respostas capazes que nos garantam que, de futuro, não será igual ao que tivemos no passado, isso é evidente", observou o líder social-democrata, que considera "dramático para as finanças públicas” uma intervenção na TAP sem garantias de que os velhos problemas desapareçam. A fatura, sugeriu, será pesada: custará "300 euros, em média, a cada português". "Para lá do que possa vir depois...", avisou.

Na ótica do líder social-democrata, tem de haver "moralidade" naquilo que se pede aos portugueses para financiarem com os seus impostos, sobretudo num contexto em que muitos foram afetados por cortes salariais resultantes do layoff (cujo regime geral não foi aplicado na TAP). "Qual é a segurança que o país pode ter em meter tanto dinheiro outra vez na TAP e, quatro ou cinco meses depois, a TAP não vá ter uma greve de uns ou uma greve de outros e começar a parar?", questionou Rio, à saída de uma reunião com os representantes da Confederação do Turismo de Portugal.

A tese do presidente do PSD é que "todo o historial da TAP" é motivo de desconfiança, com os contribuintes a serem chamados a pagar "os prejuízos dessas greves", mesmo em cenários - como o da paralisação de pilotos no Natal e na passagem de ano de 2014 - que penalizam "fortemente os portugueses. Se a estratégia para evitar a liquidação falhar, Rio não tem dúvidas: a "responsabilidade" só pode ser imputada ao Governo.

Fazendo alusão ao governante, Pedro Siza Vieira, que admitiu que os níveis salariais da TAP são "muito superiores" aos das restantes companhias de aviação, Rio enfatizou ainda que, se juntarmos à injeção prevista pelo Governo as verbas trasferidas para o Novo Banco, os portugueses correm o risco de estar "a pagar muito mais" por estas duas empresas do que por todo o sistema público de educação ou pelo Serviço Nacional de Saúde.

Quanto ao caso de Ihor Homenyuk, o cidadão ucraniano que foi torturado até à morte no aeroporto de Lisboa, Rio reiterou que tem "muita dificuldade" em pedir a demissão de ministros, tarefa que disse pertencer a António Costa. Todavia, dada a "gravidade da situação" e à perceção de que se trata de um "padrão de comportamento" dos inspetores do SEF, observou que Eduardo Cabrita tem de vir a público dar explicações (o que acontecerá na terça-feira, no Parlamento). Seja como for, o titular da pasta da Administração Interna tem, na perspetiva de Rio, a "responsabilidade política". Tem, por isso, duas hipóteses: ou Cabrita esteve "demasiado tempo" sem conhecer o que se passou ou esteve a par de tudo e devia ter atuado.

Rui Rio já fez as contas ao plano de reestruturação da TAP e está muito cético sobre a solução que o Governo leva esta quinta-feira a Bruxelas. Segundo o presidente do PSD, António Costa e Pedro Nuno Santos arranjaram "um problema de todo o tamanho" ao terem revertido a privatização feita pelo segundo governo de Pedro Passos Coelho e admitiu que o cenário de liquidação da empresa pode ser preferível se não houver garantias de que a empresa venha a ser rentável.

Questionado se o PSD defende a liquidação da transportadora aérea, caso o plano não dê essa segurança, Rio respondeu afirmativamente. “Sim, se o plano de reestruturação não conseguir ter respostas capazes que nos garantam que, de futuro, não será igual ao que tivemos no passado, isso é evidente", observou o líder social-democrata, que considera "dramático para as finanças públicas” uma intervenção na TAP sem garantias de que os velhos problemas desapareçam. A fatura, sugeriu, será pesada: custará "300 euros, em média, a cada português". "Para lá do que possa vir depois...", avisou.

Na ótica do líder social-democrata, tem de haver "moralidade" naquilo que se pede aos portugueses para financiarem com os seus impostos, sobretudo num contexto em que muitos foram afetados por cortes salariais resultantes do layoff (cujo regime geral não foi aplicado na TAP). "Qual é a segurança que o país pode ter em meter tanto dinheiro outra vez na TAP e, quatro ou cinco meses depois, a TAP não vá ter uma greve de uns ou uma greve de outros e começar a parar?", questionou Rio, à saída de uma reunião com os representantes da Confederação do Turismo de Portugal.

A tese do presidente do PSD é que "todo o historial da TAP" é motivo de desconfiança, com os contribuintes a serem chamados a pagar "os prejuízos dessas greves", mesmo em cenários - como o da paralisação de pilotos no Natal e na passagem de ano de 2014 - que penalizam "fortemente os portugueses. Se a estratégia para evitar a liquidação falhar, Rio não tem dúvidas: a "responsabilidade" só pode ser imputada ao Governo.

Fazendo alusão ao governante, Pedro Siza Vieira, que admitiu que os níveis salariais da TAP são "muito superiores" aos das restantes companhias de aviação, Rio enfatizou ainda que, se juntarmos à injeção prevista pelo Governo as verbas trasferidas para o Novo Banco, os portugueses correm o risco de estar "a pagar muito mais" por estas duas empresas do que por todo o sistema público de educação ou pelo Serviço Nacional de Saúde.

Quanto ao caso de Ihor Homenyuk, o cidadão ucraniano que foi torturado até à morte no aeroporto de Lisboa, Rio reiterou que tem "muita dificuldade" em pedir a demissão de ministros, tarefa que disse pertencer a António Costa. Todavia, dada a "gravidade da situação" e à perceção de que se trata de um "padrão de comportamento" dos inspetores do SEF, observou que Eduardo Cabrita tem de vir a público dar explicações (o que acontecerá na terça-feira, no Parlamento). Seja como for, o titular da pasta da Administração Interna tem, na perspetiva de Rio, a "responsabilidade política". Tem, por isso, duas hipóteses: ou Cabrita esteve "demasiado tempo" sem conhecer o que se passou ou esteve a par de tudo e devia ter atuado.

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