PSICOLARANJA

19-11-2018
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Essi Silva, 24.03.12

Se há algo nítido em todos os Congressos a que assisti, é que muitas vezes os delegados estão um pouco desnorteados em relação ao que se está a votar. Claro, isto acaba por depender da consciência de cada um e da condução dos trabalhos pela Mesa no Congresso.

Infelizmente, algumas propostas mais polémicas para uns, essenciais para outros, acabam por ser terrivelmente prejudicadas pela situação.

Isto não impede, normalmente, que as propostas rejeitadas e aprovadas, sofram essa consequência. Porém, hoje abriu-se um precedente, vergonhoso, acrescente-se, com sérias consequências para a imagem do líder do Partido e da relação com a JSD.

No momento em que se tinha aprovado a proposta da JSD, cujo conteúdo se reflectia nos estatutos, dizendo respeito à eleição através de voto directo, dos órgãos do Partido, surge uma confusão na Mesa, que se sucede com a intervenção do líder, Pedro Passos Coelho, elucidando a Mesa que provavelmente os delegados não saberiam o que estavam a votar, pressiona os delegados para que repensem o que acabaram de aprovar.

Ora, o burburinho que se deu com as pressões por parte do líder e de Miguel Relvas sobre Fernando Ruas, esvaziando praticamente a sua autoridade e competência, levou a que a proposta fosse sujeita a nova eleição. (Situação essa, que os apoiantes do estatuto de simpatizante tentaram usar a seu favor)

Se da sala dos media sociais era bastante claro, que os votos a favor eram num número superior aos votos contra, aparentemente nas contas da Mesa, isso assim não foi. A proposta foi chumbada, graças às pressões, com delegados novamente sem perceber o que se passava, e com uma diferença residual de votos.

Fernando Ruas afirmou posteriormente que assim se via um grande Primeiro-ministro. De facto: um Primeiro-ministro que para a televisão nacional louva os esforços da JSD a defender a juventude portuguesa, mas que controla as votações dos estatutos, contra a JSD, porque, como é bastante óbvio, a eleição por via directa dos órgãos, não permite o controlo maquinal dos mesmos.

A JSD sempre tentou ser autónoma do PSD, mas aparentemente, o PSD de Passos Coelho, não é muito aberto a isso. Cá para mim, ele quer ser novamente líder da J, levando a que Duarte Marques na sua explicitação da norma, não estivesse muito feliz.

União no partido, só em teoria.

Essi Silva, 24.03.12

Se há algo nítido em todos os Congressos a que assisti, é que muitas vezes os delegados estão um pouco desnorteados em relação ao que se está a votar. Claro, isto acaba por depender da consciência de cada um e da condução dos trabalhos pela Mesa no Congresso.

Infelizmente, algumas propostas mais polémicas para uns, essenciais para outros, acabam por ser terrivelmente prejudicadas pela situação.

Isto não impede, normalmente, que as propostas rejeitadas e aprovadas, sofram essa consequência. Porém, hoje abriu-se um precedente, vergonhoso, acrescente-se, com sérias consequências para a imagem do líder do Partido e da relação com a JSD.

No momento em que se tinha aprovado a proposta da JSD, cujo conteúdo se reflectia nos estatutos, dizendo respeito à eleição através de voto directo, dos órgãos do Partido, surge uma confusão na Mesa, que se sucede com a intervenção do líder, Pedro Passos Coelho, elucidando a Mesa que provavelmente os delegados não saberiam o que estavam a votar, pressiona os delegados para que repensem o que acabaram de aprovar.

Ora, o burburinho que se deu com as pressões por parte do líder e de Miguel Relvas sobre Fernando Ruas, esvaziando praticamente a sua autoridade e competência, levou a que a proposta fosse sujeita a nova eleição. (Situação essa, que os apoiantes do estatuto de simpatizante tentaram usar a seu favor)

Se da sala dos media sociais era bastante claro, que os votos a favor eram num número superior aos votos contra, aparentemente nas contas da Mesa, isso assim não foi. A proposta foi chumbada, graças às pressões, com delegados novamente sem perceber o que se passava, e com uma diferença residual de votos.

Fernando Ruas afirmou posteriormente que assim se via um grande Primeiro-ministro. De facto: um Primeiro-ministro que para a televisão nacional louva os esforços da JSD a defender a juventude portuguesa, mas que controla as votações dos estatutos, contra a JSD, porque, como é bastante óbvio, a eleição por via directa dos órgãos, não permite o controlo maquinal dos mesmos.

A JSD sempre tentou ser autónoma do PSD, mas aparentemente, o PSD de Passos Coelho, não é muito aberto a isso. Cá para mim, ele quer ser novamente líder da J, levando a que Duarte Marques na sua explicitação da norma, não estivesse muito feliz.

União no partido, só em teoria.

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