Política Socialistas de norte a sul não temem 'diabo' laranja 27.02.2018 às 8h00 Facebook Twitter Email Whatsapp Mais Google+ Linkedin Pinterest Link: Manuel Pizarro vê com bons olhos o retorno do PSD ao diálogo, mas sem vassouradas na geringonça, uma experiência “positiva e para continuar” Lucilia Monteiro Líderes distritais socialistas aplaudem fim do período de nojo nas relações do PSD com o Governo e o PS, embora recusem cantos de sereia da nova liderança laranja. Pactos em questões nacionais suprapartidárias, sim, uniões à direita, não, que os socialistas estão em boa companhia Isabel Paulo Jornalista Numa ronda pelo mapa do país cor de rosa após o encontro entre António Costa e Rui Rio em São Bento, a mensagem dos líderes das federações distritais permite tirar para já três conclusões: a geringonça recomenda-se até ao fim da legislatura ou até para lá de 2019, ninguém quer alianças do tipo bloco central de “má memória” e todos louvam a normalização de relações democráticas entre os dois maiores partidos em matérias como a descentralização ou o financiamento europeu. Marcos Borga Para Marcos Perestrello, líder da Federação de Lisboa, o “diálogo é a matriz do PS”, mas recusa que o encontro entre Rio e António Costa, em São Bento, corresponda a uma aproximação entre os dois partidos. “Houve uma mudança de liderança no PSD e Rui Rio afirmou que gostaria de estabelecer diálogo em áreas fundamentais como a descentralização ou Segurança Social”, refere o secretário de Estado da Defesa Nacional, embora frise que não se conhece ao novo PSD nenhuma ideia concreta. Perestrello afirma que, quando o PSD souber o que quer, haverá “com certeza” disponibilidade para ouvir e dialogar”, posição que, adverte, “em nada compromete o acordo parlamentar e as relações muito transparentes do Governo com BE, PCP e PEV”. Da ala mais à esquerda do PS, também Pedro Nuno Santos deixa claro que a abertura ao diálogo com o PSD não significa afastamento da geringonça. antónio pedro ferreira O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares é mesmo taxativo: “A esmagadora maioria do PS quer pontes à esquerda, e não à direita. Os resultados apresentados até aqui por esta solução de Governo reforçam esta tese”. A opinião do líder da Distrital de Aveiro é subscrita por Manuel Pizarro, que vê com bons olhos o retorno do PSD à normalidade democrática “após anos de oposição de terra queimada”, apesar de rejeitar alianças que possam vir a causar embaraço aos partidos da governação. “A geringonça tem sido muito positiva para o país e é uma experiência para continuar”, afirma o recandidato à liderança do PS/Porto. Fiel à esquerda, advoga, todavia, que causas de interesse nacional, da descentralização aos investimentos públicos no âmbito do quadro comunitário 20/30, devam merecer consenso por maioria qualificada. Quanto a outros pactos de regime, Pizarro desconfia, por “até agora” não ter visto nada de consistente por parte da nova direção do PSD, quer na área económica como social. Insiste, aliás, que a visão de PS e PSD são inconciliáveis em áreas como a Segurança Social e a Educação. Fim do luto Segundo Miguel Alves, a era Rio “é o fim do período de nojo do passismo”, elogiando o líder do PS de Viana de Castelo e autarca de Caminha a atitude “do novo homem flexível”. Virtude que, curiosamente, Rui Rio apontou como “defeito da idade”, durante a campanha interna do PSD. Além do alívio do luto, também o “regresso à esfera das decisões políticas da nova liderança laranja” é saudado pelo autarca de Caminha, que entende que “a aproximação de Rio ajuda o PS a centrar-se naquele que é o seu lugar, entre a esquerda reivindicativa e radical e a direita mais próxima da social democracia, agora de tom menos liberal”. Ao contrário da maioria dos seus correligionários, Miguel Alves tem dúvidas que a geringonça seja repetível pós-2019, mas acredita ser ainda menos provável, e errada, uma “reedição de bloco central, formal ou informal, que assegure a sobrevivência política de Rui Rio”, apesar de defender entendimentos na segurança interna, descentralização e fundos europeus entre os dois grandes partidas da democracia. Costa pragmático A norte, Joaquim Barreto é outros dos líderes locais que não vai em seduções laranja, indo até mais além da máxima do chefe do Governo: “O PS não só está em boa companhia, como deve repetir a união parlamentar à esquerda futuramente. A geringonça foi inovadora e benéfica para o país e deve até ser reforçada em algumas políticas”. Para o deputado rosa, recandidato à Distrital de Braga, a lua de mel à esquerda não inibe, porém, o PS de tentar pontes com os sociais-democratas, aproveitando os avanços de Rio em matérias que exijam a aprovação por dois terços na Assembleia da República. A começar na descentralização e fundos europeus, dois acordos que Costa e Rio querem concluir até ao verão. Voz do centro do país, António Borges, líder do PS/Viseu, é lapidar quanto a uma possível ameaça do PSD ao arco da governação: “A geringonça não corre perigo. Não há qualquer mudança de direção política”, vaticina. Convicto da imunidade a cantos de sereia à direita, o deputado recorda que historicamente o PS é um partido de diálogo e António Costa “é pragmático e não dogmático” perante questões nacionais. “Sabe sobrepor-se a querelas políticas, até por fazer todo o sentido dialogar com o PSD e o CDS na reforma administrativa, a última um flop do Governo de Passos Coelho”. PS não vai em soud bytes António Borges torce, contudo, o nariz quando Rio fala de pactos de regime na Justiça ou Segurança Social. “São sound bites de quem tem uma visão vincadamente ideológica e alheia às necessidades das pessoas e do país”, comenta, convicto que a direita “mantém a mesma retórica falhada do anterior Governo”. Como o vizinho de Viseu, Pedro Coimbra também não interpreta o encontro Costa/Rio como aproximação política, antes a normalização da convivência democrática entre os dois maiores partidos, relação cortada por “ressabiamento do PSD, incapaz de viver na oposição com a nova realidade política”. O presidente da Federação de Coimbra está convencido que, qualquer que seja o desfecho das conversações da era Rio, o Governo seguirá o seu rumo sem derivas. “O PS tem hoje um projeto político de maioria parlamentar estável. É isso que conta”, garante o deputado, sem poupar elogios aos resultados “macroeconómicos e à evolução positiva em termos sociais” da geringonça, “modelo de Governo sério e competente”. PSD atrapalha ou acrescenta? Apesar do “deserto de ideias da nova era laranja”, António Gameiro também encara como natural o reatamento de relações. “O PSD não atrapalha. Acrescenta”, sentencia o líder do PS/Santarém, confiante que está a ser dado um passo em frente para entendimentos em questões estruturantes, da descentralização à justiça, algo que não acontecia com o “velho e surdo PSD de Passos Coelho”. Para o deputado, Rui Rio é de homem de “palavra dada é palavra honrada”, como tal confiável na consolidação de pactos de regime, “a que todos os partidos devem ser chamados”. Gameiro não teme que os avanços de Rio possam afrouxar o abraço à esquerda, rematando que o primeiro-ministro é mestre na arte de “bem gerir as relações com o PCP e o BE”. Mas para prevenir agravos, Luís Testa avisa: “Cuidado: é preciso não confundir diálogo, a nossa matriz, com aproximação.” O deputado frisa que as pazes acenadas pelo PSD não podem abrir brechas nas relações do PS com a esquerda ou no programa do governo “extraordinariamente positivo”. O líder do PS de Portalegre repisa ser salutar a convergência em causas que requerem maiorias qualificadas para “evitar avanços e recuos nefastos para o país e a vida das pessoas”. A via à esquerda “sem desvios” é o rumo também indicado pelo colega de bancada Pedro do Carmo, mesmo que concorde com Costa nas alianças da descentralização e questões europeias. “Há matérias que não podem ser discutidas só à pequena escala com os partidos que apoiam o Governo”, diz o presidente da Distrital de Beja, que felicita Rio por “travar o estado triste e inqualificável a que a oposição chegou”. Ver para crer Em Bragança, distrito onde o PS conquistou a maioria das câmaras após 24 anos de domínio laranja, Carlos Guerra revela que o clima local é avesso a namoros à direita. “Pactos de regime, sim, mas fora da esfera da luta partidária”, alerta, referindo que o ressentimento em relação ao PSD é ainda ferida aberta, depois dos cortes do anterior governo nos serviços sociais e pensões numa região em que cerca de 50% das pessoas são reformados. “Passos Coelho teve connosco uma atitude de terra conquistada”, queixa-se, razão pela qual preconiza diálogo em temas como a descentralização ou a saúde, mas “sem moedas de troca” para alianças. Prudência é ainda a posição de António Sales, pelo menos “enquanto não se perceber o que quer o novo PSD ”. O líder do PS/Leiria não fecha, porém, portas ao diálogo, até por permitir ao PS “recentrar-se”. Papel de charneira que sustenta não beliscar a união com os parceiros da geringonça. “Desde que o PSD consiga adequar-se a esta nova realidade, em vez da política de bota abaixo”, o deputado não tem nada contra pactos de regime, embora avesso a qualquer tipo “de blocos centrais de má memória”. A deputada Hortense Martins também dá nota positiva “à atitude menos ressabiada” do atual PSD, embora salvaguarde que é preciso ver como irá correr a abertura “da teoria à prática na hora da verdade”. A líder do PS de Castelo Branco defende convergência em dossiers em curso como a descentralização, mas sem negligenciar o suporte dos partidos à esquerda, “solução que resultou melhor do que o previsto”, mesmo mantendo cada um a sua matriz. “Este é o cerne da democracia”, conclui. Facebook Twitter Email Whatsapp Mais Google+ Linkedin Pinterest Link:
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Política Socialistas de norte a sul não temem 'diabo' laranja 27.02.2018 às 8h00 Facebook Twitter Email Whatsapp Mais Google+ Linkedin Pinterest Link: Manuel Pizarro vê com bons olhos o retorno do PSD ao diálogo, mas sem vassouradas na geringonça, uma experiência “positiva e para continuar” Lucilia Monteiro Líderes distritais socialistas aplaudem fim do período de nojo nas relações do PSD com o Governo e o PS, embora recusem cantos de sereia da nova liderança laranja. Pactos em questões nacionais suprapartidárias, sim, uniões à direita, não, que os socialistas estão em boa companhia Isabel Paulo Jornalista Numa ronda pelo mapa do país cor de rosa após o encontro entre António Costa e Rui Rio em São Bento, a mensagem dos líderes das federações distritais permite tirar para já três conclusões: a geringonça recomenda-se até ao fim da legislatura ou até para lá de 2019, ninguém quer alianças do tipo bloco central de “má memória” e todos louvam a normalização de relações democráticas entre os dois maiores partidos em matérias como a descentralização ou o financiamento europeu. Marcos Borga Para Marcos Perestrello, líder da Federação de Lisboa, o “diálogo é a matriz do PS”, mas recusa que o encontro entre Rio e António Costa, em São Bento, corresponda a uma aproximação entre os dois partidos. “Houve uma mudança de liderança no PSD e Rui Rio afirmou que gostaria de estabelecer diálogo em áreas fundamentais como a descentralização ou Segurança Social”, refere o secretário de Estado da Defesa Nacional, embora frise que não se conhece ao novo PSD nenhuma ideia concreta. Perestrello afirma que, quando o PSD souber o que quer, haverá “com certeza” disponibilidade para ouvir e dialogar”, posição que, adverte, “em nada compromete o acordo parlamentar e as relações muito transparentes do Governo com BE, PCP e PEV”. Da ala mais à esquerda do PS, também Pedro Nuno Santos deixa claro que a abertura ao diálogo com o PSD não significa afastamento da geringonça. antónio pedro ferreira O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares é mesmo taxativo: “A esmagadora maioria do PS quer pontes à esquerda, e não à direita. Os resultados apresentados até aqui por esta solução de Governo reforçam esta tese”. A opinião do líder da Distrital de Aveiro é subscrita por Manuel Pizarro, que vê com bons olhos o retorno do PSD à normalidade democrática “após anos de oposição de terra queimada”, apesar de rejeitar alianças que possam vir a causar embaraço aos partidos da governação. “A geringonça tem sido muito positiva para o país e é uma experiência para continuar”, afirma o recandidato à liderança do PS/Porto. Fiel à esquerda, advoga, todavia, que causas de interesse nacional, da descentralização aos investimentos públicos no âmbito do quadro comunitário 20/30, devam merecer consenso por maioria qualificada. Quanto a outros pactos de regime, Pizarro desconfia, por “até agora” não ter visto nada de consistente por parte da nova direção do PSD, quer na área económica como social. Insiste, aliás, que a visão de PS e PSD são inconciliáveis em áreas como a Segurança Social e a Educação. Fim do luto Segundo Miguel Alves, a era Rio “é o fim do período de nojo do passismo”, elogiando o líder do PS de Viana de Castelo e autarca de Caminha a atitude “do novo homem flexível”. Virtude que, curiosamente, Rui Rio apontou como “defeito da idade”, durante a campanha interna do PSD. Além do alívio do luto, também o “regresso à esfera das decisões políticas da nova liderança laranja” é saudado pelo autarca de Caminha, que entende que “a aproximação de Rio ajuda o PS a centrar-se naquele que é o seu lugar, entre a esquerda reivindicativa e radical e a direita mais próxima da social democracia, agora de tom menos liberal”. Ao contrário da maioria dos seus correligionários, Miguel Alves tem dúvidas que a geringonça seja repetível pós-2019, mas acredita ser ainda menos provável, e errada, uma “reedição de bloco central, formal ou informal, que assegure a sobrevivência política de Rui Rio”, apesar de defender entendimentos na segurança interna, descentralização e fundos europeus entre os dois grandes partidas da democracia. Costa pragmático A norte, Joaquim Barreto é outros dos líderes locais que não vai em seduções laranja, indo até mais além da máxima do chefe do Governo: “O PS não só está em boa companhia, como deve repetir a união parlamentar à esquerda futuramente. A geringonça foi inovadora e benéfica para o país e deve até ser reforçada em algumas políticas”. Para o deputado rosa, recandidato à Distrital de Braga, a lua de mel à esquerda não inibe, porém, o PS de tentar pontes com os sociais-democratas, aproveitando os avanços de Rio em matérias que exijam a aprovação por dois terços na Assembleia da República. A começar na descentralização e fundos europeus, dois acordos que Costa e Rio querem concluir até ao verão. Voz do centro do país, António Borges, líder do PS/Viseu, é lapidar quanto a uma possível ameaça do PSD ao arco da governação: “A geringonça não corre perigo. Não há qualquer mudança de direção política”, vaticina. Convicto da imunidade a cantos de sereia à direita, o deputado recorda que historicamente o PS é um partido de diálogo e António Costa “é pragmático e não dogmático” perante questões nacionais. “Sabe sobrepor-se a querelas políticas, até por fazer todo o sentido dialogar com o PSD e o CDS na reforma administrativa, a última um flop do Governo de Passos Coelho”. PS não vai em soud bytes António Borges torce, contudo, o nariz quando Rio fala de pactos de regime na Justiça ou Segurança Social. “São sound bites de quem tem uma visão vincadamente ideológica e alheia às necessidades das pessoas e do país”, comenta, convicto que a direita “mantém a mesma retórica falhada do anterior Governo”. Como o vizinho de Viseu, Pedro Coimbra também não interpreta o encontro Costa/Rio como aproximação política, antes a normalização da convivência democrática entre os dois maiores partidos, relação cortada por “ressabiamento do PSD, incapaz de viver na oposição com a nova realidade política”. O presidente da Federação de Coimbra está convencido que, qualquer que seja o desfecho das conversações da era Rio, o Governo seguirá o seu rumo sem derivas. “O PS tem hoje um projeto político de maioria parlamentar estável. É isso que conta”, garante o deputado, sem poupar elogios aos resultados “macroeconómicos e à evolução positiva em termos sociais” da geringonça, “modelo de Governo sério e competente”. PSD atrapalha ou acrescenta? Apesar do “deserto de ideias da nova era laranja”, António Gameiro também encara como natural o reatamento de relações. “O PSD não atrapalha. Acrescenta”, sentencia o líder do PS/Santarém, confiante que está a ser dado um passo em frente para entendimentos em questões estruturantes, da descentralização à justiça, algo que não acontecia com o “velho e surdo PSD de Passos Coelho”. Para o deputado, Rui Rio é de homem de “palavra dada é palavra honrada”, como tal confiável na consolidação de pactos de regime, “a que todos os partidos devem ser chamados”. Gameiro não teme que os avanços de Rio possam afrouxar o abraço à esquerda, rematando que o primeiro-ministro é mestre na arte de “bem gerir as relações com o PCP e o BE”. Mas para prevenir agravos, Luís Testa avisa: “Cuidado: é preciso não confundir diálogo, a nossa matriz, com aproximação.” O deputado frisa que as pazes acenadas pelo PSD não podem abrir brechas nas relações do PS com a esquerda ou no programa do governo “extraordinariamente positivo”. O líder do PS de Portalegre repisa ser salutar a convergência em causas que requerem maiorias qualificadas para “evitar avanços e recuos nefastos para o país e a vida das pessoas”. A via à esquerda “sem desvios” é o rumo também indicado pelo colega de bancada Pedro do Carmo, mesmo que concorde com Costa nas alianças da descentralização e questões europeias. “Há matérias que não podem ser discutidas só à pequena escala com os partidos que apoiam o Governo”, diz o presidente da Distrital de Beja, que felicita Rio por “travar o estado triste e inqualificável a que a oposição chegou”. Ver para crer Em Bragança, distrito onde o PS conquistou a maioria das câmaras após 24 anos de domínio laranja, Carlos Guerra revela que o clima local é avesso a namoros à direita. “Pactos de regime, sim, mas fora da esfera da luta partidária”, alerta, referindo que o ressentimento em relação ao PSD é ainda ferida aberta, depois dos cortes do anterior governo nos serviços sociais e pensões numa região em que cerca de 50% das pessoas são reformados. “Passos Coelho teve connosco uma atitude de terra conquistada”, queixa-se, razão pela qual preconiza diálogo em temas como a descentralização ou a saúde, mas “sem moedas de troca” para alianças. Prudência é ainda a posição de António Sales, pelo menos “enquanto não se perceber o que quer o novo PSD ”. O líder do PS/Leiria não fecha, porém, portas ao diálogo, até por permitir ao PS “recentrar-se”. Papel de charneira que sustenta não beliscar a união com os parceiros da geringonça. “Desde que o PSD consiga adequar-se a esta nova realidade, em vez da política de bota abaixo”, o deputado não tem nada contra pactos de regime, embora avesso a qualquer tipo “de blocos centrais de má memória”. A deputada Hortense Martins também dá nota positiva “à atitude menos ressabiada” do atual PSD, embora salvaguarde que é preciso ver como irá correr a abertura “da teoria à prática na hora da verdade”. A líder do PS de Castelo Branco defende convergência em dossiers em curso como a descentralização, mas sem negligenciar o suporte dos partidos à esquerda, “solução que resultou melhor do que o previsto”, mesmo mantendo cada um a sua matriz. “Este é o cerne da democracia”, conclui. Facebook Twitter Email Whatsapp Mais Google+ Linkedin Pinterest Link: