Casa do Douro refundada. "Venderam o Douro a interesses partidários", acusam os exportadores

22-05-2019
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A Casa do Douro volta a ser associação pública e de inscrição obrigatória para os viticultores durienses. A Assembleia da República aprovou esta sexta-feira um projeto de lei conjunto do PS, BE, PCP e PEV que refunda a Casa do Douro, com sede da Régua, com os atributos que teve no passado.

"Venderam o Douro a interesses partidários" reage ao Expresso o presidente da Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP), António Saraiva.

A região "serviu de moeda de troca" entre o governo e os partidos que o apoiam. A decisão do Parlamento "é inadmissível" por comprometer "o ambiente de estabilidade e paz entre comércio e lavoura" e por ser aprovada à revelia dos "pareces dos produtores, representados na Federação renovação Douro, e das empresas exportadoras.

"Só os autarcas da região é que aprovam a refundação, mas se der para o torto não serão eles que vão resolver o problema", acrescenta António Saraiva.

Consenso alargado entre os deputados

A Casa do Douro, criada em 1932, viveu durante anos asfixiada com uma dívida ao Estado que atingiu os 160 milhões de euros. A natureza pública da instituição foi extinta em dezembro de 2014, durante o Governo de Passos Coelho, sendo posteriormente aberto um concurso para a gestão privada da instituição.

O deputado socialista Francisco Rocha, um dos promotores da refundação, acentuou, em comunicado "o consenso alargado em torno da proposta".

Além dos partidos à esquerda do PS, o PSD manifestou-se a favor "através dos seus autarcas representados na Comunidade Intermunicipal (CIM) do Douro". A CIM Douro, que agrega 19 municípios, defendeu a refundação da Casa do Douro.

A deputada do PSD Manuela Tender disse à Lusa que votou a favor por esta ser a solução que "os durienses têm reclamado, através dos seus autarcas".

Segundo a deputada, a região "não aceitou com bons olhos" a alteração de estatuto da Casa do Douro e que o Parlamento deve proceder "de acordo com os interesses dos cidadãos da região".

Quando tomou posse para um novo mandato da AEVP, António Saraiva já manifestara perante o secretário de Estado da Agricultura, Luís Vieira, o receio pelos "efeitos nefastos" da proposta dos partidos da gerigonça, que se traduz na "politização da região" e geradora " de um indesejável clima de desconfiança institucional".

A Casa do Douro volta a ser associação pública e de inscrição obrigatória para os viticultores durienses. A Assembleia da República aprovou esta sexta-feira um projeto de lei conjunto do PS, BE, PCP e PEV que refunda a Casa do Douro, com sede da Régua, com os atributos que teve no passado.

"Venderam o Douro a interesses partidários" reage ao Expresso o presidente da Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP), António Saraiva.

A região "serviu de moeda de troca" entre o governo e os partidos que o apoiam. A decisão do Parlamento "é inadmissível" por comprometer "o ambiente de estabilidade e paz entre comércio e lavoura" e por ser aprovada à revelia dos "pareces dos produtores, representados na Federação renovação Douro, e das empresas exportadoras.

"Só os autarcas da região é que aprovam a refundação, mas se der para o torto não serão eles que vão resolver o problema", acrescenta António Saraiva.

Consenso alargado entre os deputados

A Casa do Douro, criada em 1932, viveu durante anos asfixiada com uma dívida ao Estado que atingiu os 160 milhões de euros. A natureza pública da instituição foi extinta em dezembro de 2014, durante o Governo de Passos Coelho, sendo posteriormente aberto um concurso para a gestão privada da instituição.

O deputado socialista Francisco Rocha, um dos promotores da refundação, acentuou, em comunicado "o consenso alargado em torno da proposta".

Além dos partidos à esquerda do PS, o PSD manifestou-se a favor "através dos seus autarcas representados na Comunidade Intermunicipal (CIM) do Douro". A CIM Douro, que agrega 19 municípios, defendeu a refundação da Casa do Douro.

A deputada do PSD Manuela Tender disse à Lusa que votou a favor por esta ser a solução que "os durienses têm reclamado, através dos seus autarcas".

Segundo a deputada, a região "não aceitou com bons olhos" a alteração de estatuto da Casa do Douro e que o Parlamento deve proceder "de acordo com os interesses dos cidadãos da região".

Quando tomou posse para um novo mandato da AEVP, António Saraiva já manifestara perante o secretário de Estado da Agricultura, Luís Vieira, o receio pelos "efeitos nefastos" da proposta dos partidos da gerigonça, que se traduz na "politização da região" e geradora " de um indesejável clima de desconfiança institucional".

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