Joana Marques Vidal não merecia isto

12-10-2019
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O caso de Tancos continua a fazer correr muita tinta e ninguém pode dizer com certeza quem vai ganhar com o assunto, no que diz respeito às eleições de 6 de outubro. O apoio público de José Sócrates ao ex-ministro da Defesa não é um grande cartão de visita para o PS, pois o antigo líder socialista aproveitou a polémica para vir comparar este caso com o seu. Olhando para o dele ninguém porá as mãos no lume por este. Também o regresso de Augusto Santos Silva com o seu poder de fogo não me parece grande trunfo para o seu partido. O Caso de Tancos diz muito pouco ao povo e o mais natural seria o PS tentar desvalorizá-lo, dizendo que a Justiça fará o seu papel apesar do partido estar convencido da inocência de Azeredo Lopes, da mesma forma que ilibariam António Costa de ter conhecimento da farsa. O PSD e o CDS fazem o seu papel de não deixar morrer o assunto, mas os pequenos partidos mais à direita ganharão espaço para passar outras mensagens. Parece já claro que a Iniciativa Liberal e o Chega conseguirão eleger pelo menos um deputado, e também não há muitas dúvidas que o futuro Parlamento terá muito mais cores do que as atuais. O Livre, parece, finalmente conseguirá ter assento parlamentar e o PAN, tudo o indica, terá muitos mais deputados. Voltando a Tancos, não deixa de ser curioso que existam algumas pontas soltas. Por exemplo, qual a razão para um jornal espanhol ter sido o primeiro a dar a lista do material roubado e agora existir outra diferente? É também óbvio que a guerra entre polícias não era só entre a Polícia Judiciária Militar e a sua congénere civil, já que dentro desta a história também não é pacífica como se constata agora. Depois há a polémica de quem sabia e não disse ou sabia e disse. Desconfio que nunca se irá saber toda a verdade, mas a relação entre Belém e S. Bento dificilmente será igual. Por fim, esta história de o caso ser uma vingança da antiga procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, é de uma sacanice sem limites. Uma mulher que dirigiu o Ministério Público como ela o fez não merecia uma maldade destas. Mas, como sabemos, em política vale tudo.

O caso de Tancos continua a fazer correr muita tinta e ninguém pode dizer com certeza quem vai ganhar com o assunto, no que diz respeito às eleições de 6 de outubro. O apoio público de José Sócrates ao ex-ministro da Defesa não é um grande cartão de visita para o PS, pois o antigo líder socialista aproveitou a polémica para vir comparar este caso com o seu. Olhando para o dele ninguém porá as mãos no lume por este. Também o regresso de Augusto Santos Silva com o seu poder de fogo não me parece grande trunfo para o seu partido. O Caso de Tancos diz muito pouco ao povo e o mais natural seria o PS tentar desvalorizá-lo, dizendo que a Justiça fará o seu papel apesar do partido estar convencido da inocência de Azeredo Lopes, da mesma forma que ilibariam António Costa de ter conhecimento da farsa. O PSD e o CDS fazem o seu papel de não deixar morrer o assunto, mas os pequenos partidos mais à direita ganharão espaço para passar outras mensagens. Parece já claro que a Iniciativa Liberal e o Chega conseguirão eleger pelo menos um deputado, e também não há muitas dúvidas que o futuro Parlamento terá muito mais cores do que as atuais. O Livre, parece, finalmente conseguirá ter assento parlamentar e o PAN, tudo o indica, terá muitos mais deputados. Voltando a Tancos, não deixa de ser curioso que existam algumas pontas soltas. Por exemplo, qual a razão para um jornal espanhol ter sido o primeiro a dar a lista do material roubado e agora existir outra diferente? É também óbvio que a guerra entre polícias não era só entre a Polícia Judiciária Militar e a sua congénere civil, já que dentro desta a história também não é pacífica como se constata agora. Depois há a polémica de quem sabia e não disse ou sabia e disse. Desconfio que nunca se irá saber toda a verdade, mas a relação entre Belém e S. Bento dificilmente será igual. Por fim, esta história de o caso ser uma vingança da antiga procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, é de uma sacanice sem limites. Uma mulher que dirigiu o Ministério Público como ela o fez não merecia uma maldade destas. Mas, como sabemos, em política vale tudo.

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