Expulsão de diplomatas russos. PSD defende que Portugal deveria ter alinhado com a UE

02-04-2018
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Cronologia interativa: O que sabemos sobre o caso Skripal

O líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, defende que Portugal deveria ter alinhado com a posição da maioria dos Estados da União Europeia e optado pela expulsão de diplomatas russos.

Numa declaração feita esta quarta-feira no parlamento, Negrão sublinhou o facto de Portugal ter ficado isolado no seio da União, classificando a posição do Governo de "tímida", por se ter limitado a condenar o envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal no Reino Unido - cuja responsabilidade Londres atribui a Moscovo - e também “condicionada” pelos acordos políticos do PS com partidos à sua esquerda.

“A única explicação que encontro, num PS que foi sempre atlantista, é de se sentir condicionado pela aliança com PCP e BE”, afirmou.

Questionado se o PSD defende a expulsão imediata dos diplomatas russos, Fernando Negrão respondeu afirmativamente: “A posição do PSD é que devemos alinhar com a maioria daqueles com quem temos estado sempre e devemos recomendar ao Governo que expulse os diplomatas russos da sua embaixada.”

O líder parlamentar do PSD lembrou que, depois do envenenamento de um antigo agente russo e da sua filha através de um gás químico proibido pelo direito internacional, as autoridades inglesas expulsaram 23 diplomatas russos.

“De imediato, a maioria dos países da União Europeia prestaram solidariedade aos ingleses, expulsando igualmente diplomatas russos das respetivas embaixadas”, frisou, acrescentando que, na terça-feira, a própria NATO tomou idêntica posição.

Por isso, para Fernando Negrão, o Governo português só não foi mais longe “em consequência da aliança que tem com dois partidos que estão do lado errado, que estão contra a União Europeia”, referindo-se ao PCP e a o BE.

“Queremos crer que o PS, que foi sempre um partido atlantista, regressará à sua posição de partido defensor da União Europeia e da posição euro-atlântica”, apelou Negrão.

Na terça-feira à noite, em entrevista à RTP, o ministro dos Negócios Estrangeiros anunciou que “Portugal chamou para consultas o seu embaixador em Moscovo”.

Questionado se discorda posição do Presidente da República, que na terça-feira considerou que a chamada do embaixador de Portugal em Moscovo para consultas a Lisboa constitui "um aviso" e "uma decisão forte por parte do Estado português", Fernando Negrão fez uma interpretação das palavras do chefe de Estado.

“A leitura que faço é que é um elogio à evolução da posição do Governo, quero crer que evoluirá ainda mais”, afirmou o líder parlamentar do PSD.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, rejeitou a ideia de que Portugal esteja fora do movimento de expulsão de diplomatas russos, lembrando que o país apoiou as decisões tomadas neste âmbito pela União Europeia e pela NATO.

"Usamos de prudência e entendemos que, neste momento, é a medida mais adequada para defender os interesses nacionais e manifestar também no plano internacional a importância que concedemos à responsabilidade da Federação Russa, que tudo leva a crer que seja absoluta, no ataque perpetrado em Salisbury", justificou o governante.

Cronologia interativa: O que sabemos sobre o caso Skripal

O líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, defende que Portugal deveria ter alinhado com a posição da maioria dos Estados da União Europeia e optado pela expulsão de diplomatas russos.

Numa declaração feita esta quarta-feira no parlamento, Negrão sublinhou o facto de Portugal ter ficado isolado no seio da União, classificando a posição do Governo de "tímida", por se ter limitado a condenar o envenenamento do ex-espião russo Serguei Skripal no Reino Unido - cuja responsabilidade Londres atribui a Moscovo - e também “condicionada” pelos acordos políticos do PS com partidos à sua esquerda.

“A única explicação que encontro, num PS que foi sempre atlantista, é de se sentir condicionado pela aliança com PCP e BE”, afirmou.

Questionado se o PSD defende a expulsão imediata dos diplomatas russos, Fernando Negrão respondeu afirmativamente: “A posição do PSD é que devemos alinhar com a maioria daqueles com quem temos estado sempre e devemos recomendar ao Governo que expulse os diplomatas russos da sua embaixada.”

O líder parlamentar do PSD lembrou que, depois do envenenamento de um antigo agente russo e da sua filha através de um gás químico proibido pelo direito internacional, as autoridades inglesas expulsaram 23 diplomatas russos.

“De imediato, a maioria dos países da União Europeia prestaram solidariedade aos ingleses, expulsando igualmente diplomatas russos das respetivas embaixadas”, frisou, acrescentando que, na terça-feira, a própria NATO tomou idêntica posição.

Por isso, para Fernando Negrão, o Governo português só não foi mais longe “em consequência da aliança que tem com dois partidos que estão do lado errado, que estão contra a União Europeia”, referindo-se ao PCP e a o BE.

“Queremos crer que o PS, que foi sempre um partido atlantista, regressará à sua posição de partido defensor da União Europeia e da posição euro-atlântica”, apelou Negrão.

Na terça-feira à noite, em entrevista à RTP, o ministro dos Negócios Estrangeiros anunciou que “Portugal chamou para consultas o seu embaixador em Moscovo”.

Questionado se discorda posição do Presidente da República, que na terça-feira considerou que a chamada do embaixador de Portugal em Moscovo para consultas a Lisboa constitui "um aviso" e "uma decisão forte por parte do Estado português", Fernando Negrão fez uma interpretação das palavras do chefe de Estado.

“A leitura que faço é que é um elogio à evolução da posição do Governo, quero crer que evoluirá ainda mais”, afirmou o líder parlamentar do PSD.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, rejeitou a ideia de que Portugal esteja fora do movimento de expulsão de diplomatas russos, lembrando que o país apoiou as decisões tomadas neste âmbito pela União Europeia e pela NATO.

"Usamos de prudência e entendemos que, neste momento, é a medida mais adequada para defender os interesses nacionais e manifestar também no plano internacional a importância que concedemos à responsabilidade da Federação Russa, que tudo leva a crer que seja absoluta, no ataque perpetrado em Salisbury", justificou o governante.

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