Loures. Bloco apresenta queixa no MP e na Ordem dos Advogados

20-07-2017
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A candidata do Partido Socialista à Câmara de Loures, a vereadora Sónia Paixão, disse ao i que é impossível “ficar indiferente” às afirmações de André Ventura. “São declarações incendiárias, racistas e xenófobas e não é assim que se cria um clima de maior tolerância”, atenta a jovem autarca. “Cria maiores rivalidades entre as realidades envolventes. Loures é multicultural e tem orgulho nisso”.

Sónia Paixão lembra que a autarquia já recebeu prémios devido aos seus programas de acolhimento e integração e não aceita “a discriminação contra cidadãos, muitos deles portugueses”.

“Desafio Pedro Passos Coelho a vir comentar estas declarações, de um candidato que escolheu e apresentou”, disse ainda Paixão, ao i.

Para a candidata do Partido Socialista, “há uma falta de investimento nas políticas de integração social” do executivo camarário atual, do PCP. “Bernardino Soares tem um acordo de gestão com o PSD desde 2013; isso quer dizer alguma coisa”. Sónia Paixão salienta ainda que a gestão da Segurança em Loures, que André Ventura criticou, é um pelouro da responsabilidade de Nuno Botelho, vereador do PSD, partido “por quem o candidato André Ventura se candidata”.

Vários deputados socialistas também trouxeram o líder do PSD, Passos Coelho, para a polémica, incentivando-o a intervir. “Passos Coelho tem de se demarcar disto. Já. Ou será conivente com a ciganofobia”, assegurou Isabel Moreira. O presidente social-democrata esteve na quinta-feira passada em Loures para a apresentação da candidatura de Ventura.

“Passos Coelho ainda vai a tempo de impedir que este possa ser o discurso do PSD numa autarquia, seja ela qual for. Não o fazendo, Passos Coelho será conivente com o candidato e o PSD descerá um enorme degrau na sua degradação moral (não, o racismo não tem desculpa nem justificação)”, escreveu Filipe Neto Brandão, também parlamentar do PS.

Em conferência de imprensa, ontem no Largo do Rato, Ana Catarina Mendes, secretária-geral adjunta dos socialistas e coordenadora autárquica também exigiu uma tomada de posição por parte de Passos Coelho. “O candidato do PSD e do CDS à Câmara de Loures tem produzido um conjunto de declarações de lamentável conteúdo racista e de ódio. É tempo de exigir a Pedro Passos Coelho que quebre o inadmissível silêncio em que mergulhou perante a gravidade destas declarações”, apontou. “Tem obrigação de cortar o mal pela raiz”, disse a número 2 do PS, “ou tornar-se-á cúmplice de semear o discurso da intolerância, do racismo e da xenofobia”.

Do lado do Bloco de Esquerda, Fabian Figueiredo, candidato do BE à Câmara de Loures, apresentou uma queixa contra Ventura no Ministério Público e outra na Ordem dos Advogados, a que Ventura pertence, por incitamento ao ódio. “Como é notório, não estamos a falar de um exercício livre e saudável da liberdade de expressão constitucionalmente garantida, nem estamos no domínio das meras opiniões. Estamos, antes, perante um ataque vil, gratuito e preconceituoso para com as pessoas de etnia cigana que, como tal, é punido pelo Código Penal Português”, diz a queixa.

Ao i, Fabian Figueiredo afirmou que “nem o Estado de Direito nem a Constituição da República partilham os pontos de vista” do candidato André Ventura. “Não identifica problemas, fez generalizações e Loures precisa de construir pontes, não de alguém que as quer dinamitar”, acusa o bloquista. Além de que “durante quatro anos não falaram nisto”, acrescentou.

Questionado sobre a veracidade ou não de que existem pessoas de minorias étnicas que não pagam transportes públicos, como afirma Ventura, Fabian Figueiredo reconhece “que os transportes públicos são caros e têm problemas”. No entanto, o candidato do BE afirma que “também há jovens de famílias ricas em Cascais que organizam gangues e não generalizamos”.

Na queixa apresentada pelo BE, lê-se: “Se fosse um mero excesso, que já seria muito lamentável, o ora denunciado nunca viria uma semana mais tarde reforçar todo o seu pensamento xenófobo”, apontando o facto de Ventura já ter causando polémica antes, quando entrevistado, ao dizer que há uma “excessiva tolerância com algumas minorias étnicas”, recusando depois a “retirar uma vírgula” ao que dissera.

Na apresentação do candidato em Loures, Passos Coelho, referiu que o PSD não se move pela “necessidade de averbar mais uma vitória”, mas estar “ao serviço das pessoas”. Aproveitando para lembrar o historial dos autarcas do partido no desenvolvimento das suas comunidades.

A candidata do Partido Socialista à Câmara de Loures, a vereadora Sónia Paixão, disse ao i que é impossível “ficar indiferente” às afirmações de André Ventura. “São declarações incendiárias, racistas e xenófobas e não é assim que se cria um clima de maior tolerância”, atenta a jovem autarca. “Cria maiores rivalidades entre as realidades envolventes. Loures é multicultural e tem orgulho nisso”.

Sónia Paixão lembra que a autarquia já recebeu prémios devido aos seus programas de acolhimento e integração e não aceita “a discriminação contra cidadãos, muitos deles portugueses”.

“Desafio Pedro Passos Coelho a vir comentar estas declarações, de um candidato que escolheu e apresentou”, disse ainda Paixão, ao i.

Para a candidata do Partido Socialista, “há uma falta de investimento nas políticas de integração social” do executivo camarário atual, do PCP. “Bernardino Soares tem um acordo de gestão com o PSD desde 2013; isso quer dizer alguma coisa”. Sónia Paixão salienta ainda que a gestão da Segurança em Loures, que André Ventura criticou, é um pelouro da responsabilidade de Nuno Botelho, vereador do PSD, partido “por quem o candidato André Ventura se candidata”.

Vários deputados socialistas também trouxeram o líder do PSD, Passos Coelho, para a polémica, incentivando-o a intervir. “Passos Coelho tem de se demarcar disto. Já. Ou será conivente com a ciganofobia”, assegurou Isabel Moreira. O presidente social-democrata esteve na quinta-feira passada em Loures para a apresentação da candidatura de Ventura.

“Passos Coelho ainda vai a tempo de impedir que este possa ser o discurso do PSD numa autarquia, seja ela qual for. Não o fazendo, Passos Coelho será conivente com o candidato e o PSD descerá um enorme degrau na sua degradação moral (não, o racismo não tem desculpa nem justificação)”, escreveu Filipe Neto Brandão, também parlamentar do PS.

Em conferência de imprensa, ontem no Largo do Rato, Ana Catarina Mendes, secretária-geral adjunta dos socialistas e coordenadora autárquica também exigiu uma tomada de posição por parte de Passos Coelho. “O candidato do PSD e do CDS à Câmara de Loures tem produzido um conjunto de declarações de lamentável conteúdo racista e de ódio. É tempo de exigir a Pedro Passos Coelho que quebre o inadmissível silêncio em que mergulhou perante a gravidade destas declarações”, apontou. “Tem obrigação de cortar o mal pela raiz”, disse a número 2 do PS, “ou tornar-se-á cúmplice de semear o discurso da intolerância, do racismo e da xenofobia”.

Do lado do Bloco de Esquerda, Fabian Figueiredo, candidato do BE à Câmara de Loures, apresentou uma queixa contra Ventura no Ministério Público e outra na Ordem dos Advogados, a que Ventura pertence, por incitamento ao ódio. “Como é notório, não estamos a falar de um exercício livre e saudável da liberdade de expressão constitucionalmente garantida, nem estamos no domínio das meras opiniões. Estamos, antes, perante um ataque vil, gratuito e preconceituoso para com as pessoas de etnia cigana que, como tal, é punido pelo Código Penal Português”, diz a queixa.

Ao i, Fabian Figueiredo afirmou que “nem o Estado de Direito nem a Constituição da República partilham os pontos de vista” do candidato André Ventura. “Não identifica problemas, fez generalizações e Loures precisa de construir pontes, não de alguém que as quer dinamitar”, acusa o bloquista. Além de que “durante quatro anos não falaram nisto”, acrescentou.

Questionado sobre a veracidade ou não de que existem pessoas de minorias étnicas que não pagam transportes públicos, como afirma Ventura, Fabian Figueiredo reconhece “que os transportes públicos são caros e têm problemas”. No entanto, o candidato do BE afirma que “também há jovens de famílias ricas em Cascais que organizam gangues e não generalizamos”.

Na queixa apresentada pelo BE, lê-se: “Se fosse um mero excesso, que já seria muito lamentável, o ora denunciado nunca viria uma semana mais tarde reforçar todo o seu pensamento xenófobo”, apontando o facto de Ventura já ter causando polémica antes, quando entrevistado, ao dizer que há uma “excessiva tolerância com algumas minorias étnicas”, recusando depois a “retirar uma vírgula” ao que dissera.

Na apresentação do candidato em Loures, Passos Coelho, referiu que o PSD não se move pela “necessidade de averbar mais uma vitória”, mas estar “ao serviço das pessoas”. Aproveitando para lembrar o historial dos autarcas do partido no desenvolvimento das suas comunidades.

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