Nesta hora: Mercado do Livramento, em Setúbal

26-03-2020
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Painel de azulejos da parede sul no Mercado do Livramento (O Setubalense, de 27.Junho.2005)
Nos primeiros anos do século XX, o poeta setubalense António Maria Eusébio, mais conhecido por "Calafate", dava a conhecer aos contemporâneos as suas décimas sob o título de "Recordações da Minha Vida", conjunto de memórias de quem viu as modificações sadinas ao longo de quase um século (1819-1911). Referindo-se à época em que apareceu o Mercado do Livramento, lembrava o "Cantador de Setúbal", a testemunhar o movimento dos produtos agrícolas naquele espaço: "Vi a nossa praça antiga / Com quarenta hortelonas / Da cidade e palmelonas / Muita velha e rapariga. / Cada qual na sua giga / Tinha o seu lugar marcado".Construído na esplanada do baluarte do Livramento, junto à ribeira do mesmo nome, o Mercado do Livramento foi inaugurado em 31 de Julho de 1876, pelas seis horas da tarde, data em que passavam os cinquenta anos sobre o início da vigência da "Carta Constitucional".Até essa data, o mercado funcionava em dois pontos da cidade: na Ribeira Velha, era vendido o peixe; num recanto da Praça do Sapal (actual Praça de Bocage), procedia-se à venda de produtos hortícolas. A dispersão e a falta de higiene terão sido duas razões que determinaram a construção do Mercado do Livramento.Poucos dias antes da inauguração, a Câmara sadina publicou edital a avisar que, a partir da inauguração do Mercado, seria proibida a venda de "peixe, frutas, hortaliças, etc., nas praças onde até ao presente se expõem à venda aqueles géneros, devendo os vendedores, quer de peixe, quer de frutas e hortaliças, tomar os lugares que pretenderem no referido mercado pela ordem que lhes for indicada pelo fiscal". Por outro lado, a vigilância e controlo sobre as condições higiénicas dos alimentos em venda constituíam outra área de intervenção, tal como se pode verificar pelo noticiado no semanário Gazeta Setubalense, de 6 de Agosto de 1876: "O sr. Santana, fiscal do novo mercado público, fez enterrar duas porções de peixe arruinado que se estava vendendo ao público". Logo a seguir, o jornal lembrava: "Tem havido grandes abusos com a venda de peixe naquele estado e bom é que se não repitam".
o corte da fitaA inauguração do Mercado do Livramento ocorreu também em período da Feira de Santiago, tendo a Gazeta Setubalense informado que, no domingo que antecedeu a inauguração, cerca de mil e quinhentas pessoas tinham vindo a Setúbal de comboio, data em que a Filarmónica do Lavradio actuou no Passeio da Praia.Se, presentemente, o Mercado encerra à segunda-feira, certo foi que a sua inauguração teve lugar nesse dia da semana, em cerimónia que reuniu a vereação actual e a anterior, tendo o Presidente da Câmara, António Rodrigues Manito, discursado sobre "a utilidade do novo mercado, considerado como meio higiénico e pela comodidade pública que dele resultará", como relatava a Gazeta Setubalense. O povo acorreu à festa de tal forma que a imprensa referiu que "quase todos os operários deixaram de trabalhar, associando-se assim na manifestação de júbilo que sempre deve suscitar um melhoramento tão importante". À noite, o Mercado "foi iluminado a gaz e por meio de balões de cores", com actuação da filarmónica da Capricho.O edifício, com planta desenhada pelo apontador de obras públicas Marcelino Alemão de Mendonça Cisneiros de Faria, fora já apresentado pelo mesmo jornal, no dia anterior à inauguração: "o mercado forma um quadrilongo de 80 metros de comprido por 52 de largo; a sua fachada voltada para a Rua da Praia está encimada com as armas do município abertas em mármore; tem 33 casas bem construídas, duas das quais servem para estação fiscal do município e alfândega e as outras para venda de géneros; em 7 rectângulos, simetricamente dispostos e separados por espaçosas ruas para trânsito público, há 44 mesas, 24 de pedra para venda de peixe e 20 de madeira para venda de hortaliça". A questão da limpeza do espaço e das bancas não fora esquecida: "dentro do mercado, há um poço, cuja água se extrai por meio de bomba e é conduzida por canalização às casas de salga e preparo das pescarias, onde existem os competentes canos parciais para despejo que comunicam com o cano geral".As inovações eram de tal forma que, logo no ano seguinte, Alberto Pimentel registava na sua obra Memória sobre a História e Administração do Município de Setúbal que "Lisboa não possuía ainda um mercado relativamente tão bom como este" e enaltecia as condições do Mercado e a sua localização, "pois que fica a igual distância dos dois bairros extremos da cidade, o de Tróino, a oeste, o de Palhais, a leste". Poucos anos depois, Pinho Leal anotava, no nono volume de Portugal Antigo e Moderno, que o edifício era "incontestavelmente" um dos mais sumptuosos "deste género, que actualmente existem em Portugal".Relativamente aos custos, Pinho Leal registou que a construção do Mercado custara 28 contos, verba obtida pela Câmara através de empréstimos. As previsões apontavam para um rendimento anual de três contos a favor da Câmara, importância que, rapidamente, reporia as verbas gastas. No início de 1877, com seis meses de funcionamento de Mercado, o fiscal Santana divulgava as contas, apontando receita líquida no valor de um conto e 679 mil réis. As quantias cobradas eram, no entanto, elevadas e motivavam queixas, como o deixou cantado o poeta Calafate: "Temos novo mercado / Para recreio da cidade. / Quem o paga somos nós, / Isto é a pura da verdade".
marco da cidadeEm função do desenvolvimento sentido em Setúbal, por decisão camarária da equipa presidida por Carlos Botelho Moniz, o Mercado viria a ser demolido para, no seu lugar, ser construído outro, com obra iniciada em 1927 e concluída três anos depois. Durante este período, a venda dos produtos passou a ser feita em barracões construídos na Praça Almirante Reis (actual Largo dos Combatentes).Mais uma vez, o mês de Julho foi o escolhido para a inauguração das obras. Em 10 de Julho de 1930, era retomada a actividade de venda no Mercado do Livramento. O jornal O Setubalense desse mesmo dia registava: "no amplíssimo Mercado pairaram a alegria e a satisfação de todos os setubalenses; foi dia de festa para os que de há muito almejavam este benefício; dia de regozijo para os que edificaram, duma vez para sempre, uma obra digna, que bem serve a nossa cidade".O novo Mercado, com exterior ao gosto "Art Déco" da época e colunas em ferro fundido, inseriu, na parede interior sul, vários painéis de azulejo, legendados, de teor folclórico, assinados por Pedro Jorge Pinto (1900-1983) e executados por Lena, datados de 1929 ("Descarga das Redes", "Transporte do Sal", "Reparação das Redes", "Recolha do Sal", "Descarga da Sardinha", "Salga do Peixe", "Setúbal - Vista Geral" e "Colheita da Azeitona") e de 1930 ("A Vindima", "O Antigo Mercado" e "Rega do Pomar"). Um outro painel inserido no mesmo conjunto e datado da mesma época, "Lavra e Sementeira", foi restaurado em 1991 por Andreas Stocklein.Posteriormente, as duas entradas do lado norte, a partir da Avenida Luísa Todi, foram também decoradas com painéis de azulejo, contendo quadros da cidade, do Sado e do campo, não legendados, datados de 1944, pintados por Rosa Rodrigues e feitos na Fábrica Battistini.Constituindo uma atracção, estes painéis, fazendo recuar a história até ao antigo mercado na Ribeira e enaltecendo marcas da identidade que fez Setúbal, associados ao valor arquitectónico do edifício, colocaram o Mercado do Livramento na rota cultural da cidade.No entanto, os painéis azulejares da parede sul tiveram, a partir de Maio de 2010, de ser sujeitos a protecção, porquanto caíram várias das peças decorativas, tendo sido aventada a hipótese de reconstituição num regime de parceria. Entretanto, as condições do Mercado tiveram de ser sujeitas a melhoramentos e, no início de Outubro de 2010, o edifício foi encerrado e submetido a obras de reconversão e reorganização de espaços, tendo os serviços de fornecimento e venda continuado a funcionar em terrenos adjacentes de uma antiga conserveira e em instalações improvisadas nas ruas Ocidental e Oriental do Mercado. As obras duraram cerca de um ano, acontecendo a reabertura em 11 de Outubro de 2011, com uma remodelação que, de uma forma geral, agradou, ainda que sem o funcionamento dos espaços comerciais da galeria do primeiro andar, cujas obras se mantiveram em curso.Os painéis azulejares da parede sul permaneceram protegidos e foram introduzidas novas obras de arte da autoria de Augusto Cid – as esculturas de figuras típicas do Mercado, representado o descarregador de peixe, a vendedeira de galinhas e de ovos, o homem do talho e a vendedeira de flores, peças oferecidas pela Fundação Buehler-Brockhaus.Na tarde de 7 de Fevereiro, o país foi surpreendido com a derrocada total da parede sul do Mercado do Livramento, que provocou cinco mortes a trabalhadores que executavam obras de ampliação do espaço destinado ao Mercado. O saldo foi trágico nesse acidente ocorrido pelas 17 horas ao não terem sido poupadas vidas humanas. Com o desabamento, desapareciam também os octogenários painéis de azulejos. O Mercado esteve encerrado até averiguação das condições de segurança e reabriu quatro dias depois, em 11 de Fevereiro. Entretanto, a Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão (LASA), ao mesmo tempo que tornou público o lamento pelas vidas perdidas, defendeu a reconstituição dos painéis de azulejo.


Painel de azulejos da parede sul no Mercado do Livramento (O Setubalense, de 27.Junho.2005)
Nos primeiros anos do século XX, o poeta setubalense António Maria Eusébio, mais conhecido por "Calafate", dava a conhecer aos contemporâneos as suas décimas sob o título de "Recordações da Minha Vida", conjunto de memórias de quem viu as modificações sadinas ao longo de quase um século (1819-1911). Referindo-se à época em que apareceu o Mercado do Livramento, lembrava o "Cantador de Setúbal", a testemunhar o movimento dos produtos agrícolas naquele espaço: "Vi a nossa praça antiga / Com quarenta hortelonas / Da cidade e palmelonas / Muita velha e rapariga. / Cada qual na sua giga / Tinha o seu lugar marcado".Construído na esplanada do baluarte do Livramento, junto à ribeira do mesmo nome, o Mercado do Livramento foi inaugurado em 31 de Julho de 1876, pelas seis horas da tarde, data em que passavam os cinquenta anos sobre o início da vigência da "Carta Constitucional".Até essa data, o mercado funcionava em dois pontos da cidade: na Ribeira Velha, era vendido o peixe; num recanto da Praça do Sapal (actual Praça de Bocage), procedia-se à venda de produtos hortícolas. A dispersão e a falta de higiene terão sido duas razões que determinaram a construção do Mercado do Livramento.Poucos dias antes da inauguração, a Câmara sadina publicou edital a avisar que, a partir da inauguração do Mercado, seria proibida a venda de "peixe, frutas, hortaliças, etc., nas praças onde até ao presente se expõem à venda aqueles géneros, devendo os vendedores, quer de peixe, quer de frutas e hortaliças, tomar os lugares que pretenderem no referido mercado pela ordem que lhes for indicada pelo fiscal". Por outro lado, a vigilância e controlo sobre as condições higiénicas dos alimentos em venda constituíam outra área de intervenção, tal como se pode verificar pelo noticiado no semanário Gazeta Setubalense, de 6 de Agosto de 1876: "O sr. Santana, fiscal do novo mercado público, fez enterrar duas porções de peixe arruinado que se estava vendendo ao público". Logo a seguir, o jornal lembrava: "Tem havido grandes abusos com a venda de peixe naquele estado e bom é que se não repitam".
o corte da fitaA inauguração do Mercado do Livramento ocorreu também em período da Feira de Santiago, tendo a Gazeta Setubalense informado que, no domingo que antecedeu a inauguração, cerca de mil e quinhentas pessoas tinham vindo a Setúbal de comboio, data em que a Filarmónica do Lavradio actuou no Passeio da Praia.Se, presentemente, o Mercado encerra à segunda-feira, certo foi que a sua inauguração teve lugar nesse dia da semana, em cerimónia que reuniu a vereação actual e a anterior, tendo o Presidente da Câmara, António Rodrigues Manito, discursado sobre "a utilidade do novo mercado, considerado como meio higiénico e pela comodidade pública que dele resultará", como relatava a Gazeta Setubalense. O povo acorreu à festa de tal forma que a imprensa referiu que "quase todos os operários deixaram de trabalhar, associando-se assim na manifestação de júbilo que sempre deve suscitar um melhoramento tão importante". À noite, o Mercado "foi iluminado a gaz e por meio de balões de cores", com actuação da filarmónica da Capricho.O edifício, com planta desenhada pelo apontador de obras públicas Marcelino Alemão de Mendonça Cisneiros de Faria, fora já apresentado pelo mesmo jornal, no dia anterior à inauguração: "o mercado forma um quadrilongo de 80 metros de comprido por 52 de largo; a sua fachada voltada para a Rua da Praia está encimada com as armas do município abertas em mármore; tem 33 casas bem construídas, duas das quais servem para estação fiscal do município e alfândega e as outras para venda de géneros; em 7 rectângulos, simetricamente dispostos e separados por espaçosas ruas para trânsito público, há 44 mesas, 24 de pedra para venda de peixe e 20 de madeira para venda de hortaliça". A questão da limpeza do espaço e das bancas não fora esquecida: "dentro do mercado, há um poço, cuja água se extrai por meio de bomba e é conduzida por canalização às casas de salga e preparo das pescarias, onde existem os competentes canos parciais para despejo que comunicam com o cano geral".As inovações eram de tal forma que, logo no ano seguinte, Alberto Pimentel registava na sua obra Memória sobre a História e Administração do Município de Setúbal que "Lisboa não possuía ainda um mercado relativamente tão bom como este" e enaltecia as condições do Mercado e a sua localização, "pois que fica a igual distância dos dois bairros extremos da cidade, o de Tróino, a oeste, o de Palhais, a leste". Poucos anos depois, Pinho Leal anotava, no nono volume de Portugal Antigo e Moderno, que o edifício era "incontestavelmente" um dos mais sumptuosos "deste género, que actualmente existem em Portugal".Relativamente aos custos, Pinho Leal registou que a construção do Mercado custara 28 contos, verba obtida pela Câmara através de empréstimos. As previsões apontavam para um rendimento anual de três contos a favor da Câmara, importância que, rapidamente, reporia as verbas gastas. No início de 1877, com seis meses de funcionamento de Mercado, o fiscal Santana divulgava as contas, apontando receita líquida no valor de um conto e 679 mil réis. As quantias cobradas eram, no entanto, elevadas e motivavam queixas, como o deixou cantado o poeta Calafate: "Temos novo mercado / Para recreio da cidade. / Quem o paga somos nós, / Isto é a pura da verdade".
marco da cidadeEm função do desenvolvimento sentido em Setúbal, por decisão camarária da equipa presidida por Carlos Botelho Moniz, o Mercado viria a ser demolido para, no seu lugar, ser construído outro, com obra iniciada em 1927 e concluída três anos depois. Durante este período, a venda dos produtos passou a ser feita em barracões construídos na Praça Almirante Reis (actual Largo dos Combatentes).Mais uma vez, o mês de Julho foi o escolhido para a inauguração das obras. Em 10 de Julho de 1930, era retomada a actividade de venda no Mercado do Livramento. O jornal O Setubalense desse mesmo dia registava: "no amplíssimo Mercado pairaram a alegria e a satisfação de todos os setubalenses; foi dia de festa para os que de há muito almejavam este benefício; dia de regozijo para os que edificaram, duma vez para sempre, uma obra digna, que bem serve a nossa cidade".O novo Mercado, com exterior ao gosto "Art Déco" da época e colunas em ferro fundido, inseriu, na parede interior sul, vários painéis de azulejo, legendados, de teor folclórico, assinados por Pedro Jorge Pinto (1900-1983) e executados por Lena, datados de 1929 ("Descarga das Redes", "Transporte do Sal", "Reparação das Redes", "Recolha do Sal", "Descarga da Sardinha", "Salga do Peixe", "Setúbal - Vista Geral" e "Colheita da Azeitona") e de 1930 ("A Vindima", "O Antigo Mercado" e "Rega do Pomar"). Um outro painel inserido no mesmo conjunto e datado da mesma época, "Lavra e Sementeira", foi restaurado em 1991 por Andreas Stocklein.Posteriormente, as duas entradas do lado norte, a partir da Avenida Luísa Todi, foram também decoradas com painéis de azulejo, contendo quadros da cidade, do Sado e do campo, não legendados, datados de 1944, pintados por Rosa Rodrigues e feitos na Fábrica Battistini.Constituindo uma atracção, estes painéis, fazendo recuar a história até ao antigo mercado na Ribeira e enaltecendo marcas da identidade que fez Setúbal, associados ao valor arquitectónico do edifício, colocaram o Mercado do Livramento na rota cultural da cidade.No entanto, os painéis azulejares da parede sul tiveram, a partir de Maio de 2010, de ser sujeitos a protecção, porquanto caíram várias das peças decorativas, tendo sido aventada a hipótese de reconstituição num regime de parceria. Entretanto, as condições do Mercado tiveram de ser sujeitas a melhoramentos e, no início de Outubro de 2010, o edifício foi encerrado e submetido a obras de reconversão e reorganização de espaços, tendo os serviços de fornecimento e venda continuado a funcionar em terrenos adjacentes de uma antiga conserveira e em instalações improvisadas nas ruas Ocidental e Oriental do Mercado. As obras duraram cerca de um ano, acontecendo a reabertura em 11 de Outubro de 2011, com uma remodelação que, de uma forma geral, agradou, ainda que sem o funcionamento dos espaços comerciais da galeria do primeiro andar, cujas obras se mantiveram em curso.Os painéis azulejares da parede sul permaneceram protegidos e foram introduzidas novas obras de arte da autoria de Augusto Cid – as esculturas de figuras típicas do Mercado, representado o descarregador de peixe, a vendedeira de galinhas e de ovos, o homem do talho e a vendedeira de flores, peças oferecidas pela Fundação Buehler-Brockhaus.Na tarde de 7 de Fevereiro, o país foi surpreendido com a derrocada total da parede sul do Mercado do Livramento, que provocou cinco mortes a trabalhadores que executavam obras de ampliação do espaço destinado ao Mercado. O saldo foi trágico nesse acidente ocorrido pelas 17 horas ao não terem sido poupadas vidas humanas. Com o desabamento, desapareciam também os octogenários painéis de azulejos. O Mercado esteve encerrado até averiguação das condições de segurança e reabriu quatro dias depois, em 11 de Fevereiro. Entretanto, a Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão (LASA), ao mesmo tempo que tornou público o lamento pelas vidas perdidas, defendeu a reconstituição dos painéis de azulejo.

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