Montenegro acusa Rio de “sovietizar o PSD” e garante que não é maçon

19-09-2019
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Luís Montenegro deu esta terça-feira mais uma entrevista televisiva, desta vez à CMTV, durante a qual garantiu que não é maçon, respondendo ao que Rui Rio deu a entender, mas deixou também uma insinuação sobre a atual direção do PSD: gente do lado de Rio estará a comprar votos, garantindo apoios em troca da promessa de lugares nas listas. Um comportamento que, garante, não existe do seu lado. Quanto à polémica sobre a forma como será votada a moção de confiança no Conselho Nacional, insistiu no voto secreto, considerando que tomar uma decisão destas de braço no ar seria “sovietizar o PSD”.

“Não sou maçon nem tenho nenhuma ligação à maçonaria”, jurou Montenegro, quando questionado sobre a insinuação que ficou no discurso de Rui Rio, no sábado passado. Na intervenção em que recusou marcar diretas já, a dado passo Rio associou o seu adversário a “permanentes manobras táticas ao serviço de interesses individuais ou de grupos”, acrescentando depois: “sejam estes mais às claras ou mais escondidos sob o manto de um qualquer secretismo.” Referência a notícias, sempre desmentidas, que no passado associaram Montenegro a uma loja maçónica.

O ex-líder parlamentar foi perentório no desmentido e acrescentou que não irá responder aos “ataques pessoais” de que tem sido alvo, nem “às provocações que me lançaram”. Mesmo a acusação de que só avançou agora por uma “violenta sede de poder” (feita por Ângelo Correia), é uma “carapuça” que, diz Montenegro, não lhe “serviu” - se assim fosse, seria mais seguro avançar depois de Rio perder as eleições deste ano, do que avançar quando essas eleições ainda estão por disputar e o PSD tem tão baixas intenções de voto.

Mas também Montenegro deixou no ar uma insinuação sobre a forma como Rio está a tentar manter-se no poder. Segundo disse, a equipa de Rio estará a oferecer lugares nas listas em troca de apoio no Conselho Nacional. “Consta-me que isso tem acontecido”, disse, garantindo que não seguirá esse caminho. “Não ando a fazer convites a ninguém nem vou fazer”.

“Sovietização” de braço no ar

Sobre o Conselho Nacional que decidirá o futuro imediato do PSD, Montenegro voltou a recusar a leitura de que uma vitória de Rio será uma derrota sua. “Eu não estou em causa no CN, quem está em causa é o dr Rui Rio”, pois foi Rio quem apresentou a moção de confiança. O confronto que Montenegro queria era o das diretas, não o do Conselho Nacional.

Por isso, “se Rui Rio vir a sua moção aprovada, tem um pequeno reforço da sua condição política, porque ele escolheu um universo pequeno”, em vez das diretas em que participariam todos os militantes. “Não é aquilo que eu propus, não é aquilo que dá a força que Rui Rio precisa”, enfatizou o ex-líder parlamentar.

E entrou na polémica do momento, sobre se o voto será secreto ou de braço no ar. “Seria absolutamente enfraquecedor que Rui Rio ganhasse essa votação à custa de uma votação de braço no ar que pudesse servir como meio de coação, de não expressão totalmente livre da vontade dos conselheiros”, acusou. “Se num partido como PSD, quando estão em causa escolhas de pessoas ou destituição de pessoas, que é do que estamos a falar, não há a coragem mínima e espírito de liberdade democrática de fazer a votação por escrutínio secreto, estamos muito mal, estamos quase a sovietizar o PSD. Isso é típico dos partidos comunistas, não é típico dos partidos social-democratas.”

Luís Montenegro deu esta terça-feira mais uma entrevista televisiva, desta vez à CMTV, durante a qual garantiu que não é maçon, respondendo ao que Rui Rio deu a entender, mas deixou também uma insinuação sobre a atual direção do PSD: gente do lado de Rio estará a comprar votos, garantindo apoios em troca da promessa de lugares nas listas. Um comportamento que, garante, não existe do seu lado. Quanto à polémica sobre a forma como será votada a moção de confiança no Conselho Nacional, insistiu no voto secreto, considerando que tomar uma decisão destas de braço no ar seria “sovietizar o PSD”.

“Não sou maçon nem tenho nenhuma ligação à maçonaria”, jurou Montenegro, quando questionado sobre a insinuação que ficou no discurso de Rui Rio, no sábado passado. Na intervenção em que recusou marcar diretas já, a dado passo Rio associou o seu adversário a “permanentes manobras táticas ao serviço de interesses individuais ou de grupos”, acrescentando depois: “sejam estes mais às claras ou mais escondidos sob o manto de um qualquer secretismo.” Referência a notícias, sempre desmentidas, que no passado associaram Montenegro a uma loja maçónica.

O ex-líder parlamentar foi perentório no desmentido e acrescentou que não irá responder aos “ataques pessoais” de que tem sido alvo, nem “às provocações que me lançaram”. Mesmo a acusação de que só avançou agora por uma “violenta sede de poder” (feita por Ângelo Correia), é uma “carapuça” que, diz Montenegro, não lhe “serviu” - se assim fosse, seria mais seguro avançar depois de Rio perder as eleições deste ano, do que avançar quando essas eleições ainda estão por disputar e o PSD tem tão baixas intenções de voto.

Mas também Montenegro deixou no ar uma insinuação sobre a forma como Rio está a tentar manter-se no poder. Segundo disse, a equipa de Rio estará a oferecer lugares nas listas em troca de apoio no Conselho Nacional. “Consta-me que isso tem acontecido”, disse, garantindo que não seguirá esse caminho. “Não ando a fazer convites a ninguém nem vou fazer”.

“Sovietização” de braço no ar

Sobre o Conselho Nacional que decidirá o futuro imediato do PSD, Montenegro voltou a recusar a leitura de que uma vitória de Rio será uma derrota sua. “Eu não estou em causa no CN, quem está em causa é o dr Rui Rio”, pois foi Rio quem apresentou a moção de confiança. O confronto que Montenegro queria era o das diretas, não o do Conselho Nacional.

Por isso, “se Rui Rio vir a sua moção aprovada, tem um pequeno reforço da sua condição política, porque ele escolheu um universo pequeno”, em vez das diretas em que participariam todos os militantes. “Não é aquilo que eu propus, não é aquilo que dá a força que Rui Rio precisa”, enfatizou o ex-líder parlamentar.

E entrou na polémica do momento, sobre se o voto será secreto ou de braço no ar. “Seria absolutamente enfraquecedor que Rui Rio ganhasse essa votação à custa de uma votação de braço no ar que pudesse servir como meio de coação, de não expressão totalmente livre da vontade dos conselheiros”, acusou. “Se num partido como PSD, quando estão em causa escolhas de pessoas ou destituição de pessoas, que é do que estamos a falar, não há a coragem mínima e espírito de liberdade democrática de fazer a votação por escrutínio secreto, estamos muito mal, estamos quase a sovietizar o PSD. Isso é típico dos partidos comunistas, não é típico dos partidos social-democratas.”

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