Os deputados foram ver Mapplethorpe, Edite Estrela gostou mas não comenta polémicas “que podem surgir do nada ou de tudo”

24-10-2018
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Os deputados da comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto visitaram esta quinta-feira a polémica mostra fotográfica "Robert Mapplethorpe: Pictures" mas recusaram prestar qualquer declaração sobre a polémica demissão do diretor artístico do Museu de Serralves. Os membros da comissão, que no próximo dia 16 vão ouvir em audiência parlamentar João Ribas e o conselho de administração presidido por Ana Pinho, optaram por ver in loco o contexto expositivo, uma visita conduzida por uma das guias do Museu de Arte Contemporânea e acompanhada de Ana Pinho e restantes membros da administração, entre os quais Pacheco Pereira, Isabel Pires de Lima, António Pires de Lima e Cavaleiro Brandão.

Apesar de a exposição ser aberta ao público, o percurso dos deputados foi feito longe do olhar dos jornalistas. “Não vamos comentar a polémica”, avisou Edite Estrela à entrada do Museu, alegando que objetivo da deslocação ao Porto era “fazer uma visita tranquila, sem interferências nem condicionantes”.

No final, a deputada do PS revelou ter gostado “muito” da exposição mas sublinha que não lhe competia comentar polémicas “que podem surgir do nada ou de tudo”. Para Edite Estrela, o importante foi ter visto presencialmente o contexto da mostra, as opções do curador João Ribas e a sinalética (das salas onde se encontram as obras mais sensíveis): “Foi uma recolha de informação útil”, sublinhou.

Questionada se perante as versões distintas das partes em conflito não teria feito mais sentido a visita ter sido efetuada sem a presença da administração da Fundação de Serralves, a deputada retorquiu que a comissão foi recebida “pelos donos da casa”, embora garantindo que ninguém do conselho de administração aludiu às razões da polémica.

Ana Pinho garantiu, na passada semana, que todas as obras expostas e excluídas da exposição foram escolhidas pelo curador, enquanto João Ribas avançou em comunicado ter-se demitido devido a ingerências, pressões e imposições limitadoras da sua autonomia técnica e artística.

Apesar de confirmar que a comissão parlamentar foi convidada a ver a exposição pelo conselho de administração de Serralves, Edite Estrela afiançou que a ida a Serralves resultou de uma proposta do PS, aprovada por maioria e apenas com a oposição do BE, que defendeu que a visita deveria ocorrer após as audições de ambas as partes.

Além do BE, também o CDS-PP apresentou um requerimento para a realização de audições do diretor demissionário e da administração. Após a visita, Teresa Caeiro concluiu que era uma questão de “bom senso ver primeiro a exposição e depois proceder-se às audições”, afiançando também que os membros da administração presentes “cingiram-se a falar da exposição sem aludir às questões polémicas”.

O socialista José Magalhães, outros dos 16 deputados que se deslocaram a Serralves, também chamou a atenção para o consenso gerado na comissão parlamentar, ao optar por “ver antes de atirar pedras”. A comissão parlamentar da Cultura apenas não contou com representantes do BE.

Os deputados da comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto visitaram esta quinta-feira a polémica mostra fotográfica "Robert Mapplethorpe: Pictures" mas recusaram prestar qualquer declaração sobre a polémica demissão do diretor artístico do Museu de Serralves. Os membros da comissão, que no próximo dia 16 vão ouvir em audiência parlamentar João Ribas e o conselho de administração presidido por Ana Pinho, optaram por ver in loco o contexto expositivo, uma visita conduzida por uma das guias do Museu de Arte Contemporânea e acompanhada de Ana Pinho e restantes membros da administração, entre os quais Pacheco Pereira, Isabel Pires de Lima, António Pires de Lima e Cavaleiro Brandão.

Apesar de a exposição ser aberta ao público, o percurso dos deputados foi feito longe do olhar dos jornalistas. “Não vamos comentar a polémica”, avisou Edite Estrela à entrada do Museu, alegando que objetivo da deslocação ao Porto era “fazer uma visita tranquila, sem interferências nem condicionantes”.

No final, a deputada do PS revelou ter gostado “muito” da exposição mas sublinha que não lhe competia comentar polémicas “que podem surgir do nada ou de tudo”. Para Edite Estrela, o importante foi ter visto presencialmente o contexto da mostra, as opções do curador João Ribas e a sinalética (das salas onde se encontram as obras mais sensíveis): “Foi uma recolha de informação útil”, sublinhou.

Questionada se perante as versões distintas das partes em conflito não teria feito mais sentido a visita ter sido efetuada sem a presença da administração da Fundação de Serralves, a deputada retorquiu que a comissão foi recebida “pelos donos da casa”, embora garantindo que ninguém do conselho de administração aludiu às razões da polémica.

Ana Pinho garantiu, na passada semana, que todas as obras expostas e excluídas da exposição foram escolhidas pelo curador, enquanto João Ribas avançou em comunicado ter-se demitido devido a ingerências, pressões e imposições limitadoras da sua autonomia técnica e artística.

Apesar de confirmar que a comissão parlamentar foi convidada a ver a exposição pelo conselho de administração de Serralves, Edite Estrela afiançou que a ida a Serralves resultou de uma proposta do PS, aprovada por maioria e apenas com a oposição do BE, que defendeu que a visita deveria ocorrer após as audições de ambas as partes.

Além do BE, também o CDS-PP apresentou um requerimento para a realização de audições do diretor demissionário e da administração. Após a visita, Teresa Caeiro concluiu que era uma questão de “bom senso ver primeiro a exposição e depois proceder-se às audições”, afiançando também que os membros da administração presentes “cingiram-se a falar da exposição sem aludir às questões polémicas”.

O socialista José Magalhães, outros dos 16 deputados que se deslocaram a Serralves, também chamou a atenção para o consenso gerado na comissão parlamentar, ao optar por “ver antes de atirar pedras”. A comissão parlamentar da Cultura apenas não contou com representantes do BE.

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