Mário Centeno: "Desaceleração das economias europeias é temporário e normal"

16-11-2018
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O ministro Mário Centeno considerou que o desacelerar da economia europeia e portuguesa no próximo ano é “temporário” e “normal”. Na audição do ministro que tutela as finanças, no âmbito da apreciação, na especialidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2019 (OE2019), que decorre esta sexta-feira manhã no Parlamento, Centeno sublinhou que a expansão da economia portuguesa continua acima da zona euro.

“A desaceleração que as economias europeias estão a sofrer é temporária e é normal, mas a economia portuguesa continua a crescer acima da média europeia. É por isso que não há cortes”, disse em resposta ao deputado social-democrata Duarte Pacheco, na primeira ronda de perguntas.

Segundo as previsões do FMI, a economia europeia deverá crescer 2,3% este ano e 1,9% em 2019, enquanto na zona euro a expansão deverá ser de 2% e 1,9%, respetivamente. A instituição liderada por Christine Lagarde mantém, no entanto, inalteradas as previsões para Portugal, com uma expansão económica de 2,3% este ano, 1,8% em 2019 e 1,5% em 2020.

O deputado do PSD, que não poupou as críticas ao ministro sobre as famosas cativações – apelidando-o de “Mário, o Cativador” -, manifestou “reservas” do partido sobre o OE2019 e questionou o Governo sobre o cenário macroeconómico previsto.

“Todos dizem, e aí é uma coincidência, que tem a ver com o desacelerar da economia no próximo ano. É o governo que o diz e outros confirmam. No próximo ano aumenta a divida pública, aumenta a receita fiscal, se vamos crescer menos e a despesa vai aumentar, há duvidas sobre o valor do défice”, disse, acrescentando que “até lhe dou o beneficio da divida, os 0,2%. Por uma razão, o ministro vai cortar na despesa para alcançar essa meta”.

Duarte Pacheco pressionou o ministro sobre a possibilidade de cortar no investimento previsto pelo Governo. “Era útil que nos dissesse onde é que vai cortar. Quais as cativações que pensa fazer?”, questionou.

“O que conta é a execução. É quase ridículo vir dizer-nos vamos aumentar o investimento na educação, nas obras publicas. O senhor já o reconhece quando diz que o valor da UTAO não conta porque não vou gastar tudo aquilo que ali está”, acrescentou.

Já o ministro das Finanças sublinhou que a “economia portuguesa tem um percurso longo a percorrer” e classificou o documento como “de continuidade, estabilidade e previsibilidade”, garantindo que o próximo ano “representa um enorme alívio fiscal”.

“A receita fiscal aumenta porque a economia portuguesa hoje cresce. É por isso que a receita fiscal cresce. Sabe porquê? Porque o emprego vai crescer, porque a massa salarial vai crescer”, disse.

Centeno confirma reembolso de dois mil milhões ao FMI

O secretário de Estado Adjunto e das Finanças Ricardo Mourinho Félix já tinha anunciado, em entrevista ao Jornal Económico a 19 de outubro , que o Governo pretendia pagar mais dois mil milhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI), mas o ministro das Finanças reafirmou agora a intenção no Parlamento.

“Queria aproveitar esta oportunidade para reafirmar o pagamento antecipado de mais dois mil milhões de euros ao FMI”, disse.

Com o objetivo de financiar mais este reembolso antecipado ao FMI, esta quarta-feira, o Tesouro emitiu 1.250 milhões de euros, o montante máximo indicativo, em dívida a cinco e 10 anos, com a taxa a cair no maturidade mais longa face a leilões anteriores e ao mercado secundário, mas a subir na maturidade mais curta.

O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública anunciou que vendeu 752 milhões de euros em Obrigações do Tesouro (OT) a 10 anos e 498 milhões de euros a cinco anos, sendo que o montante indicativo era entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros.

O ministro Mário Centeno considerou que o desacelerar da economia europeia e portuguesa no próximo ano é “temporário” e “normal”. Na audição do ministro que tutela as finanças, no âmbito da apreciação, na especialidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2019 (OE2019), que decorre esta sexta-feira manhã no Parlamento, Centeno sublinhou que a expansão da economia portuguesa continua acima da zona euro.

“A desaceleração que as economias europeias estão a sofrer é temporária e é normal, mas a economia portuguesa continua a crescer acima da média europeia. É por isso que não há cortes”, disse em resposta ao deputado social-democrata Duarte Pacheco, na primeira ronda de perguntas.

Segundo as previsões do FMI, a economia europeia deverá crescer 2,3% este ano e 1,9% em 2019, enquanto na zona euro a expansão deverá ser de 2% e 1,9%, respetivamente. A instituição liderada por Christine Lagarde mantém, no entanto, inalteradas as previsões para Portugal, com uma expansão económica de 2,3% este ano, 1,8% em 2019 e 1,5% em 2020.

O deputado do PSD, que não poupou as críticas ao ministro sobre as famosas cativações – apelidando-o de “Mário, o Cativador” -, manifestou “reservas” do partido sobre o OE2019 e questionou o Governo sobre o cenário macroeconómico previsto.

“Todos dizem, e aí é uma coincidência, que tem a ver com o desacelerar da economia no próximo ano. É o governo que o diz e outros confirmam. No próximo ano aumenta a divida pública, aumenta a receita fiscal, se vamos crescer menos e a despesa vai aumentar, há duvidas sobre o valor do défice”, disse, acrescentando que “até lhe dou o beneficio da divida, os 0,2%. Por uma razão, o ministro vai cortar na despesa para alcançar essa meta”.

Duarte Pacheco pressionou o ministro sobre a possibilidade de cortar no investimento previsto pelo Governo. “Era útil que nos dissesse onde é que vai cortar. Quais as cativações que pensa fazer?”, questionou.

“O que conta é a execução. É quase ridículo vir dizer-nos vamos aumentar o investimento na educação, nas obras publicas. O senhor já o reconhece quando diz que o valor da UTAO não conta porque não vou gastar tudo aquilo que ali está”, acrescentou.

Já o ministro das Finanças sublinhou que a “economia portuguesa tem um percurso longo a percorrer” e classificou o documento como “de continuidade, estabilidade e previsibilidade”, garantindo que o próximo ano “representa um enorme alívio fiscal”.

“A receita fiscal aumenta porque a economia portuguesa hoje cresce. É por isso que a receita fiscal cresce. Sabe porquê? Porque o emprego vai crescer, porque a massa salarial vai crescer”, disse.

Centeno confirma reembolso de dois mil milhões ao FMI

O secretário de Estado Adjunto e das Finanças Ricardo Mourinho Félix já tinha anunciado, em entrevista ao Jornal Económico a 19 de outubro , que o Governo pretendia pagar mais dois mil milhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI), mas o ministro das Finanças reafirmou agora a intenção no Parlamento.

“Queria aproveitar esta oportunidade para reafirmar o pagamento antecipado de mais dois mil milhões de euros ao FMI”, disse.

Com o objetivo de financiar mais este reembolso antecipado ao FMI, esta quarta-feira, o Tesouro emitiu 1.250 milhões de euros, o montante máximo indicativo, em dívida a cinco e 10 anos, com a taxa a cair no maturidade mais longa face a leilões anteriores e ao mercado secundário, mas a subir na maturidade mais curta.

O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública anunciou que vendeu 752 milhões de euros em Obrigações do Tesouro (OT) a 10 anos e 498 milhões de euros a cinco anos, sendo que o montante indicativo era entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros.

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