SAD do Benfica deu autorização a Ramalho para violar sigilo bancário

29-10-2020
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Para além da revelação da reestruturação da dívida do presidente do Benfica, trazida à Comissão de Orçamento e Finanças pela Mariana Mortágua, a dívida do Benfica também veio à baila, desta feita pela deputada do CDS, Cecília Meirelles.

Sobre o financiamento de 28 milhões do Novo Banco ao clube dos encarnados, feito no início deste ano António Ramalho diz que pediu a Domingos Soares de Oliveira, presidente da SAD do Benfica, para o libertar pontualmente do sigilo bancário – porque este é um tema que o “escandaliza”. Isto é, O CEO do Novo Banco acha “inaceitável” que se trate deste tema por intermédio das notícias que têm saído, “quando se trata de um cliente que tinha 202 milhões de euros em dívida” no tempo do BES e tem baixado de forma rápida essa exposição, graças a um pagamento diligente e cumpridor por parte do devedor.

O presidente do Novo Banco falou sobre as relações comerciais que tem com o Benfica, para mostrar que, apesar da utilização da linha de crédito de 28 milhões de euros no início deste ano, revelado numa notícia do Expresso, o clube tem reduzido a sua dívida perante o banco.

António Ramalho considerou que é “inaceitável” juntar esse financiamento ao Benfica, a partir de uma conta caucionada aberta em 2017, com as dívidas de empresas do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, grupo económico que causou perdas de 225 milhões ao banco. “É injusto” fazer essa confusão, com um clube que tem cumprido as suas obrigações.

A linha de financiamento (conta caucionada), no valor de 30 milhões, estava aberta desde 2017 e o Benfica utilizou 28 milhões este ano, já quando a SAD era afetada pela pandemia de covid-19. O endividamento do clube desceu, explicou Ramalho.

Já sobre o Grupo Promovalor de Luis Filipe Vieira o banco tinha uma exposição em junho de 2016 que era 179 milhões superior à registada em agosto de 2014. Em dezembro de 2018 a exposição era 60 milhões superior à de 2016. Em suma a exposição total do banco à Promovalor era de 760 milhões com uma perda registada de 255 milhões. Mas em 2018 a divida desapareceu do balanço porque o banco deu dinheiro a um fundo para comprar as dívidas de Luís Filipe Vieira, disse Mortágua.

Ramalho respondeu “a operação [de reestruturação] que fizemos no crédito do grupo económico 2 durante este período, reduziu a exposição ao banco e nós aumentamos as garantias entre 40 e 80 milhões. A situação ficou controlada. Sendo verdade que o fundo pode gerir esses ativos, o NB tem uma opção sobre esse fundo e essa opção tem as mesmas garantias, incluindo garantias pessoais. O que significa que se tudo correr mal o banco fica na situação em que estava antes da reestruturação do crédito. Mas entretanto consegui mais cash porque entraram novos investidores e mais garantias e novas garantias”.

António Ramalho respondeu ainda a outra pergunta da deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, relativa à venda da Tranquilidade num valor muito abaixo das avaliações e revendida a um preço muito superior pelo Fundo Apollo. “Queria sublinhar que não faz sentido comparar a compra da Tranquilidade (depois revendida, mais tarde, mais cara) com a situação atual – porque, em mercados financeiros, resultados passados não são garantia de desempenhos futuros – e não será, “certamente”, referência. “Eu sei que a Dra Mariana Mortágua não é muito amante de mercados financeiros”, ironizou o banqueiro.

E critica, ainda, a deputada do BE por estar, na GNB Vida, a tentar “repetir uma mentira muitas vezes até se tornar uma verdade”: os próprios supervisores sustentaram que a GNB Vida não foi vendida a Greg Lindberg nem a qualquer testa-de-ferro do empresário investigado nos EUA por corrupção, realçou.

Greg Lindberg foi substituído na estrutura acionista do comprador da GNB Vida pelo fundo Apax Partners.

Para além da revelação da reestruturação da dívida do presidente do Benfica, trazida à Comissão de Orçamento e Finanças pela Mariana Mortágua, a dívida do Benfica também veio à baila, desta feita pela deputada do CDS, Cecília Meirelles.

Sobre o financiamento de 28 milhões do Novo Banco ao clube dos encarnados, feito no início deste ano António Ramalho diz que pediu a Domingos Soares de Oliveira, presidente da SAD do Benfica, para o libertar pontualmente do sigilo bancário – porque este é um tema que o “escandaliza”. Isto é, O CEO do Novo Banco acha “inaceitável” que se trate deste tema por intermédio das notícias que têm saído, “quando se trata de um cliente que tinha 202 milhões de euros em dívida” no tempo do BES e tem baixado de forma rápida essa exposição, graças a um pagamento diligente e cumpridor por parte do devedor.

O presidente do Novo Banco falou sobre as relações comerciais que tem com o Benfica, para mostrar que, apesar da utilização da linha de crédito de 28 milhões de euros no início deste ano, revelado numa notícia do Expresso, o clube tem reduzido a sua dívida perante o banco.

António Ramalho considerou que é “inaceitável” juntar esse financiamento ao Benfica, a partir de uma conta caucionada aberta em 2017, com as dívidas de empresas do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, grupo económico que causou perdas de 225 milhões ao banco. “É injusto” fazer essa confusão, com um clube que tem cumprido as suas obrigações.

A linha de financiamento (conta caucionada), no valor de 30 milhões, estava aberta desde 2017 e o Benfica utilizou 28 milhões este ano, já quando a SAD era afetada pela pandemia de covid-19. O endividamento do clube desceu, explicou Ramalho.

Já sobre o Grupo Promovalor de Luis Filipe Vieira o banco tinha uma exposição em junho de 2016 que era 179 milhões superior à registada em agosto de 2014. Em dezembro de 2018 a exposição era 60 milhões superior à de 2016. Em suma a exposição total do banco à Promovalor era de 760 milhões com uma perda registada de 255 milhões. Mas em 2018 a divida desapareceu do balanço porque o banco deu dinheiro a um fundo para comprar as dívidas de Luís Filipe Vieira, disse Mortágua.

Ramalho respondeu “a operação [de reestruturação] que fizemos no crédito do grupo económico 2 durante este período, reduziu a exposição ao banco e nós aumentamos as garantias entre 40 e 80 milhões. A situação ficou controlada. Sendo verdade que o fundo pode gerir esses ativos, o NB tem uma opção sobre esse fundo e essa opção tem as mesmas garantias, incluindo garantias pessoais. O que significa que se tudo correr mal o banco fica na situação em que estava antes da reestruturação do crédito. Mas entretanto consegui mais cash porque entraram novos investidores e mais garantias e novas garantias”.

António Ramalho respondeu ainda a outra pergunta da deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, relativa à venda da Tranquilidade num valor muito abaixo das avaliações e revendida a um preço muito superior pelo Fundo Apollo. “Queria sublinhar que não faz sentido comparar a compra da Tranquilidade (depois revendida, mais tarde, mais cara) com a situação atual – porque, em mercados financeiros, resultados passados não são garantia de desempenhos futuros – e não será, “certamente”, referência. “Eu sei que a Dra Mariana Mortágua não é muito amante de mercados financeiros”, ironizou o banqueiro.

E critica, ainda, a deputada do BE por estar, na GNB Vida, a tentar “repetir uma mentira muitas vezes até se tornar uma verdade”: os próprios supervisores sustentaram que a GNB Vida não foi vendida a Greg Lindberg nem a qualquer testa-de-ferro do empresário investigado nos EUA por corrupção, realçou.

Greg Lindberg foi substituído na estrutura acionista do comprador da GNB Vida pelo fundo Apax Partners.

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