Observadores prometem relatório "duro" sobre referendo na Turquia

20-04-2017
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O parecer europeu ao referendo sobre as alterações na Constituição turca é apresentado esta tarde. Para já, os observadores na Turquia avançam que terá fortes críticas à forma como está elaborado o documento fortemente contestado pela oposição no país que quer a recontagem dos votos.

O deputado do PSD, Duarte Marques, acompanhou este referendo como observador e não acredita que essa recontagem aconteça: "parece-me que não, mas vamos ver. Nós não pomos em causa o processo devotação, até porque, de tudo, é o melhor no processo de referendo na Turquia".

Os observadores contestam, sobretudo, a falta de liberdade de imprensa e as próprias emendas incluídas no documento. "É inevitável que o relatório fale da falta liberdade de imprensa, de uma reforma constitucional no meio de um estado de emergência, também o fato de 18 emendas propostas à discussão serem votados num "sim" ou "não" todas em conjunto. As pessoas não podem decidir se gostam da medida A,B ou C: ou votam "sim" a todas ou "não" a todas. Isso não faz sentido, não transparente nem sério", avança Duarte Marques.

O referendo do passado domingo foi aprovado com 51% dos votos e assegura um reforço dos poderes para o presidente Tayyip Erdogan.

A União Europeia (UE) já apelou à Turquia para reunir "o maior consenso nacional" para aplicar as mudanças constitucionais aprovadas no referendo e disse que vai avaliar o processo tendo em conta as suas "obrigações" com o país.

O parecer europeu ao referendo sobre as alterações na Constituição turca é apresentado esta tarde. Para já, os observadores na Turquia avançam que terá fortes críticas à forma como está elaborado o documento fortemente contestado pela oposição no país que quer a recontagem dos votos.

O deputado do PSD, Duarte Marques, acompanhou este referendo como observador e não acredita que essa recontagem aconteça: "parece-me que não, mas vamos ver. Nós não pomos em causa o processo devotação, até porque, de tudo, é o melhor no processo de referendo na Turquia".

Os observadores contestam, sobretudo, a falta de liberdade de imprensa e as próprias emendas incluídas no documento. "É inevitável que o relatório fale da falta liberdade de imprensa, de uma reforma constitucional no meio de um estado de emergência, também o fato de 18 emendas propostas à discussão serem votados num "sim" ou "não" todas em conjunto. As pessoas não podem decidir se gostam da medida A,B ou C: ou votam "sim" a todas ou "não" a todas. Isso não faz sentido, não transparente nem sério", avança Duarte Marques.

O referendo do passado domingo foi aprovado com 51% dos votos e assegura um reforço dos poderes para o presidente Tayyip Erdogan.

A União Europeia (UE) já apelou à Turquia para reunir "o maior consenso nacional" para aplicar as mudanças constitucionais aprovadas no referendo e disse que vai avaliar o processo tendo em conta as suas "obrigações" com o país.

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