Arco de Almedina

08-04-2019
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Um lugar de passagem para a inquietude do verde...

Excelentíssimo Dom João Evangelista Pimentel Lavrador Bispo Residencial da Diocese de Angra domjoaolavrador@diocesedeangra.pt Venho, por este meio, manifestar a minha mais veemente repulsa pela presença de alguns forcados, devidamente identificados, através da sua indumentária, numa procissão realizada no passado dia 8 de Março, em Angra do Heroísmo, tendo alguns deles transportado o andor da imagem de Nosso Senhor dos Passos, como se fossem “irmãos” de alguma confraria religiosa; bem como pela realização de um “festival” taurino, previsto para o próximo dia 23 de Maio, de apoio a obras das igrejas das Lajes e da Agualva, como se a tortura de criaturas, também de Deus, servisse para branquear as acções selváticas perpetradas por algozes. Ao longo dos tempos, têm sido inúmeras as declarações de membros da Igreja Católica a condenar as práticas tauromáquicas entre outras, em que são maltratados animais não-humanos. A título de exemplo, posso referir o que o Secretário do Vaticano, Bispo Pietro Gasparri, em 1923, disse: «Embora a barbárie humana ainda persista nas corridas de touros, a Igreja continua a condenar em voz alta estes sangrentos e vergonhosos “espectáculos”, como o fez Sua Santidade o Papa Pio V». Mais recentemente, na sua Encíclica Laudato Si’, o Papa Francisco escreveu que «sujeitar os animais ao sofrimento e à morte desnecessária não é digno de um ser humano». Face ao exposto, venho manifestar a minha repugnância e repúdio pela presença de forcados, devidamente identificados, numa procissão, fazendo propaganda a uma actividade condenável nas sociedades humanas actuais, e não a manifestar a sua fé em Deus que, pela Sua Natureza divina, condena todos os actos violentos e cruéis contra as Suas criaturas, quer sejam humanas ou não-humanas. Manifesto também, a minha indignação e repúdio pela realização de uma sessão de tortura de touros para, hipocritamente, apoiar obras em igrejas. Venho, igualmente, apelar a Vossa Reverendíssima para que, em nome de Deus, condene estas práticas bárbaras e macabras, e a presença de forcados identificados em procissões, e não autorize que as paróquias aceitem recolher fundos através de touradas ou de outros eventos onde animais não-humanos, indefesos, inocentes e inofensivos são barbaramente torturados, para divertimento de uma peque fatia de um povo que ficou parado no tempo, e afastado dos ensinamentos de Jesus Cristo. Para um melhor aprofundamento deste tema, sugiro a Vossa Reverendíssima a leitura dos textos inseridos nestes links: A Igreja Católica e a tourada Touradas e Igreja Católica

Com os meus cumprimentos, Isabel A. Ferreira

Depois daquela monumental demonstração de atraso civilizacional, protagonizada pela maioria dos deputados da Nação, no Parlamento, quando se negaram a dar um passo em direcção à evolução, ao chumbarem o Projecto de Lei do PAN, para a Abolição das Touradas em Portugal, choveram críticas de todos os lados. É que os Portugueses esperavam que os deputados da Nação fossem evoluídos. Reuni aqui três textos basilares que arrasam a atitude troglodita de partidos como o PS e PCP (que se dizem de esquerda) unindo-se aos partidos da direita (PSD e CDS/PP) naquele que é um acto da maior subserviência a um lobby menor e parasita, o qual vive à custa dos impostos dos Portugueses. Primeiro texto: Representante da Juventude Socialista chama "retrógrados, masoquistas e psicopatas" a deputados do PS Foto: João Biscaia Débora Rodrigues, 26 anos, representante da Juventude Socialista, na Comissão Nacional do Partido Socialista e adjunta do secretário de Estado do Tesouro, Álvaro Novo - de quem já foi chefe de gabinete em regime de substituição - não gostou de ver o PS a chumbar a Abolição das Touradas na Assembleia da República, no passado dia 6 de Julho e decidiu publicar na sua página do Facebook o seguinte: «Uma vergonha para o país e para o partido, os deputados do PS que tomaram a decisão de votar contra ou se abster, ou preocupados com os eleitoralismos regionais ou então aficionados por serem simplesmente retrógrados, masoquistas e psicopatas que gostam de touradas». E disse mais, nos seus comentários: «Quero acreditar que são poucos (os socialistas) ou então o nível de inteligência dos deputados eleitos pelo PS é menor do que aquele que pensava… Que eu saiba o nível de inteligência de um ser humano também se mede pela capacidade de viver e conviver num mundo em que não é o único ser, preocupando-se com o seu futuro e com o futuro dos outros, bem como com o meio em que vive...» Certíssimo. Esta atitude da Débora Rodrigues é de louvar, por dois motivos: Primeiro: tem personalidade própria, não é seguidista, nem retrógrada, nem sádica, nem psicopata. Segundo: a sua atitude demonstra que tem os pés fincados no século XXI D. C., e não cheira a mofo, como os socialistas medievalescos e seguidores de uma prática monarquista de direita. E o que a Débora escreveu não são insultos. Porque a Débora limitou-se a dizer a verdade. E dizer a verdade não é insultar. Para completar, aqui ficam os nomes dos oito deputados socialistas (em 86) que votaram a favor da Abolição das Touradas em Portugal: Pedro Delgado Alves, Rosa Albernaz, Ana Passos, Luís Graça, Diogo Leão, Hugo Carvalho, Tiago Barbosa Ribeiro e Carla Sousa. Os NIM, 12 deputados socialistas, abstiveram-se. Eu também me envergonho deste PS que se diz de esquerda e pratica esta política de direita. Segundo texto: «Avante pela tradição» Um texto de Viriato Teles «O «respeito pela diversidade cultural e pela tradição» foi o principal argumento esgrimido no parlamento para chumbar a proposta de abolição das touradas apresentada pelo PAN. Que se discuta a proibição e as suas envolventes sociais, ainda posso entender. Agora, chamar àquilo «cultura», desculpem, mas há limites para a parvoíce. Não estou seguro de que proibir as touradas seja a melhor opção para acabar com elas, mas por algum lado tem de se começar. Porque, disso tenho a certeza, quando esse entretenimento perverso for abolido (seja pela lei, seja pela grei) Portugal terá dado mais um importante passo civilizacional. Concretizando, afinal, o que já foi tentado, há quase 200 anos, por Passos Manuel – e, antes dele ainda, pelo Papa Pio V que, no século XVI, emitiu uma bula contra «esses espectáculos sangrentos e vergonhosos dignos de demónios e não dos homens». A luta contra as touradas, como se vê, já vem de longe. A proposta de lei do PAN tinha fragilidades, mas era um ponto de partida. Que podia, e devia, ser melhorado e acrescentado, mas é para isso mesmo que existe a Assembleia da República. A aprovação da lei traria problemas e não seria consensual? Com certeza. Mas não foi sempre assim que se deram os grandes avanços da história e da civilização? Resistir à mudança é próprio de todos os sistemas: por mais modernos que julguem ser, são sempre estruturalmente conservadores. E quando essa mudança atinge um potencial eleitorado, os partidos são os primeiros a temê-la e preferem «atirar a areia para debaixo do tapete». Já não em nome de princípios, como aconteceu noutros tempos, mas de meros fins eleitorais de curto prazo e efeito duvidoso. O invocado «respeito pela tradição» não é um argumento sério: a ser assim, ainda a escravatura seria legal e socialmente aceite, as mulheres continuariam a ser propriedade dos maridos, os «crimes-de-honra» ainda seriam tolerados, uma jornada de trabalho duraria de sol-a-sol, e por aí adiante. Quanto à «diversidade cultural», só se for em homenagem à ex-ministra Canavilhas, a quem a indústria tauromáquica tanto deve – afinal, foi ela quem incluiu o divertimento taurino na lista dos produtos culturais. Sim, aconteceu, e foi já no século XXI. Admiro pessoas com sentido de humor, mas este parece-me excessivamente negro. Ora se este enredo de algum modo se compreende quando executado por políticos de direita, já começa a ser mais difícil de entender quando é usado por arguentes de esquerda. Ângela Moreira, a parlamentar escalada pelo PCP para o debate, conseguiu superar-se na justificação, quando explicou, sem se rir, que «o caminho que há a fazer é o do respeito pela diversidade cultural e o da efectiva responsabilização do Estado na promoção de uma relação mais saudável entre os animais e os seres humanos, acompanhada de uma acção pedagógica com o objectivo de sensibilizar os cidadãos, em particular as crianças e os jovens, para a importância do bem-estar animal e a sua efectiva protecção». Só faltaram os violinos. Para a deputada comunista, ao propor o fim das touradas, «o PAN não admite que haja outras culturas, identidades, tradições, sensibilidades que não as suas, só admite os seus próprios padrões culturais e morais e quer impô-los, se possível pela lei e pela força». Acontece que foi precisamente uma «visão cultural uniformizada e uniformizadora do mundo» o que o PCP demonstrou, por exemplo, nos debates recentes sobre a canábis ou a eutanásia, alijando-se numa visão conservadora e temerosa que contradiz a própria história, muito honrada, da luta travada por várias gerações de comunistas portugueses em prol de um mundo novo e livre. Mas acontece também que, seja por convicção ou por oportunismo, nos dias de hoje o Partido Comunista surge com demasiada frequência ao lado dos que, por duvidosos princípios morais ou obscuros interesses materiais, procuram controlar os nossos hábitos, os nossos comportamentos, os nossos vícios e as nossas virtudes – as nossas vidas, em suma. A legalização da canábis pode levar à tolerância legal do consumo recreativo? E então? A descriminalização da eutanásia pode levar à prática de crimes? Provavelmente sim. E vice-versa também. O fim das touradas cria um problema económico e social? Talvez. O fim do império também criou, e bem maior, mas nem por isso deixou de acontecer. Porque era o que tinha de ser feito, é assim a normal evolução da história e da vida. Porque «todo o mundo é composto de mudança / tomando sempre novas qualidades», lembram-se? Acabado o sonho de mudar o mundo como queria Marx, valeria a pena pensar em mudar a vida como propunha Rimbaud. Ou fazer por isso. Tradicionalmente, é esta a função de um partido revolucionário, ou pelo menos de esquerda. Mas, definitivamente, a tradição já não é o que era. Nem o PCP.» Fonte: https://www.rtp.pt/noticias/opiniao/viriato-teles/avante-pela-tradicao_1086634 Muito bem, Viriato Teles. Também a mim me faz “espécie” que o PCP, dizendo-se um partido de esquerda, pratique uma política monarquista de direita, porque todos sabemos que isto das touradas é um costume bárbaro introduzido em Portugal pelo rei Filipe II de Espanha, I de Portugal, e era um entretenimento dos monarquistas abastados, porque os pobres entretinham-se a jogar à patela, no chão lamacento… Terceiro texto: «Torturar Touros e enforcar Cães» Muito bem, Diogo Faro. Celebro a sua lucidez, que anda tão arredada dos fantoches políticos que nos desgovernam, e que mantêm uma pequena fatia do povo português estagnado em águas turvas e fétidas. Opinião de Diogo Faro «Peço desculpa pelo título, às pessoas que ainda têm alguns sentimentos e que até apreciam a evolução da civilização, mas vamos ter de falar nisto. A proposta para a abolição da tourada foi chumbada no Parlamento, como era esperado, convenhamos. E entende-se. Um dos elementos baluarte dos tauromáquicos é que aquela espécie de touros se vai extinguir com o fim da tourada. Os antepassados das pessoas que dizem isto também diziam que a abolição da escravatura ia acabar com todas as pessoas pretas. E veja-se o que aconteceu, hoje em dia só existem brancos, para grande pena do KKK e grupos que tais. O que nos leva a aceitar que há torturas que valem a pena. O líder parlamentar do CDS apontou para algumas dezenas de pessoas que assistiam à sessão na Assembleia. Vestiam todas blazer de bom corte, camisas engomadas pela criada (provavelmente preta, para tentar ainda salvaguardar a espécie), corte de cabelo irrepreensível (muitos com gel e puxadinho atrás) e algumas ainda envergavam um Terço prateado ao peito, Deus as tenha, provavelmente todas com os seus BMs e Mercedes Pato Bravo estacionados lá fora. E então o líder do CDS falou e disse: “se a tauromaquia é uma fonte de rendimento para tanta gente, como é que estas pessoas vão sobreviver com a abolição da tourada?”. Comovi-me. E aceitei que de se espetar ferros que parecem lanças medievais em touros, se faça um espectáculo lucrativo para manter o estilo de vida destas pobres pessoas. Agradeço então a todos os deputados que não deixaram a proposta de lei passar. Mais importante que o progresso civilizacional é preservar as tradições – não importa se são selváticas, são tradições e pronto! – e o financiamento dos baldes de gel e botões de punho dourados para aqueles senhores. Por falar em psicopatia, algo do género que me chegou à retina foi a notícia de ter sido encontrada uma cadela enforcada numa mata em Casal de Cambra. Ah, e foi ainda descoberto que estava grávida. Não me vou alongar para não ficarem com estas imagens na cabeça como eu fiquei. Mas a linha é a mesma. Nós humanos, somos superiores – quem disse? Nós próprios, claro – a qualquer ser e temos o direito divino (?) a fazer com eles o que bem nos apetecer. A questão é, se torturar cães desta maneira for (ou vier a ser) tradição, é para preservar? Provavelmente sim. E com um bocadinho de sorte ainda se usa dinheiro do Estado (aquele que é de todos, sabem?) para se financiar a criação de cães para enforcamento e a televisão estatal ainda começa a transmitir espectáculos disso em horário nobre. Não é boa ideia? Se é para sermos bárbaros, então vamos sê-lo o tempo todo. Sugestões mais ou menos culturais que, no caso de não valerem a pena, vos permitem vir insultar-me e cobrar-me uma jola: - Costa Vicentina: É irem agora enquanto está pouca gente, àquela que é a minha zona preferida de todo o país. - "The Incredible"s 2: Já está em exibição e foi com muito orgulho e felicidade que eu fiz uma das vozes da versão portuguesa. É só uma participação pequenina, mas ESTOU FELIZ, VÃO VER O FILME, VÁ!» Fonte: https://24.sapo.pt/opiniao/artigos/torturar-touros-e-enforcar-caes

É inconcebível que a igreja católica portuguesa seja cúmplice de tanta barbárie para celebrar os seus Santos! Não é desse modo que angariam “crentes” para sustentarem as paróquias. Cada vez mais, os que nasceram católicos afastam-se da Igreja, por não se reverem nestes rituais bárbaros, medievalescos, grotescos, cruéis, violentos, nada condizentes com os ensinamentos de Jesus Cristo. Repudio a hipocrisia dessa igreja que não segue os preceitos cristãos. Os da Barosa chamam-lhe FESTA RELIGIOSA… em honra de São Mateus, e sacrificam garraios. Em Seia, mata-se um galo à paulada, nas festas consagradas a Deus… Na Ilha Terceira (Açores) praticam-se barbaridades em honra de São João Em São João da Pesqueira sacrificam-se Touros em nome de Nossa Senhora do Monte Em Ponte de Lima o Corpo de Deus é celebrado com a abominável “vaca das cordas”… Bem… isto é apenas uma amostra da monstruosidade que a igreja católica portuguesa consente em nome de Santos católicos, como se os Santos católicos alguma vez aplaudissem a tortura de uma ser vivo, que também é de Deus. O decreto de proibição das touradas mais antigo de que se tem conhecimento é a bula do Papa Pio V, “De Salute Gregis Dominici”, datada de 1 de Novembro de 1567, mas ainda em vigor, e que dizia o seguinte: «(…) Nós, considerando que estes espectáculos que incluem touros e feras no circo ou na praça pública não têm nada a ver com a piedade e a caridade cristã, e querendo abolir estes vergonhosos e sangrentos espectáculos, não de homens, mas do demónio, e tendo em conta a salvação das almas, na medida das nossas possibilidades, com a ajuda de Deus, proibimos terminantemente por esta nossa constituição (…) a celebração destes espectáculos (…)». Tanto quanto sabemos, esta bula só foi acatada em Itália. Isto foi o que disse o Papa Pio V, mas não é o que a Igreja segue. E a Igreja não seguindo, cala-se, num consentimento que, de tão silencioso, nos agride, como se gritasse: DOU-VOS A LIBERDADE DE SEREM IMPIEDOSOS PARA COM OS ANIMAIS! A tortura de Touros e Cavalos tem-se realizado sob a égide de uma igreja que não respeita minimamente os preceitos de Deus. A ideia de que o Touro era um ser diabólico, e como tal devia ser torturado, pertence a mitos antigos, quando imperava uma ignorância da mais profunda, e queimavam-se bruxas… Hoje sabemos que o Touro é apenas um bovino, e as bruxas não existem. Em pleno século XXI da era cristã, já não se justifica queimar bruxas e torturar Touros para exorcizar demónios, que, a existirem, estão personificados nos carrascos das criaturas de Deus. Está mais do que na hora de enterrar esta mentalidade medievalesca e dar o salto para o século XXI da era cristã. Isabel A. Ferreira Sugiro a leitura deste texto onde se aborda este tema mais esmiuçadamente. A IGREJA CATÓLICA E A TOURADA http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/201627.html

Ontem, dia 13 de Maio de 2017, foi um dia que ficará para a História de Portugal. Um dia que, no futuro, será recordado com verbos conjugados no pretérito perfeito, e celebrará apenas aquele que, nesse dia, elevou a Humanidade (o Papa Francisco), e aqueles que levaram aos píncaros o nome de Portugal (Salvador e Luísa Sobral), em Português. Nesse futuro, os que, nesse dia, na ala das autoridades, fingiram representar Portugal, já terão sido esquecidos há muito. Origem da imagem: https://twitter.com/fatimapilgrims O 13 de Maio Da fé do povo, não falarei. A fé é algo sagrado para quem a tem. Faz parte do foro íntimo de cada um. E as coisas sagradas devem ser respeitadas. E as do foro íntimo não dizem respeito a ninguém, senão aos próprios. Destacarei apenas a mensagem que o Papa Francisco deixou aos milhares de peregrinos e aos “poderosos”, em apenas duas frases. Aos peregrinos e à Igreja: O Papa questionou-os sobre por qual Maria peregrinavam: a Mãe (…) ou a santinha a quem se recorre para obter favores a baixo preço? Cada um saberá ao que foi e ao que promove em Fátima, e fará o seu acto de contrição. Aos “poderosos”: O Papa disse algo no seu discurso, que passou despercebido, talvez por não interessar a ninguém. Poderia ter sido mais explícito, mas, por vezes, por uma questão de circunstância, nas entrelinhas diz-se as coisas mais importantes, para quem as souber interpretar. E o Papa disse mais ou menos isto: não se deve humilhar os pequenos, para mostrar que são grandes. Que pequenos são estes? Serão todos aqueles que sendo frágeis, excluídos e abandonados, deserdados e infelizes ficam à mercê da mão que agride, não podendo defender-se. E ninguém é verdadeiramente grande quando agride (seja de que modo for) o pequeno (seja de que espécie for). E a isto chama-se cobardia, não grandeza. Espero que os governantes portugueses, que tiveram oportunidade de ouvir os recados de Francisco (que foi buscar o nome a Francisco de Assis) tivessem assimilado a mensagem que o Papa lhes deixou nas entrelinhas. Enfim, esperemos que a semente, que Francisco lançou em Portugal, germine e se transforme numa frondosa e frutífera árvore. De outro modo, a vinda do Papa Francisco ao Santuário de Fátima terá sido completamente em vão. O Festival da Eurovisão da Canção Salvador Sobral: vencedor do Festival da Eurovisão da Canção de 2017 Origem da foto: Internet https://www.youtube.com/watch?v=z5VUti3kVIo O 13 de Maio de 2017 ficará também marcado para sempre com a “vitória da música”. A vitória da verdadeira arte, da simplicidade. Da autenticidade. E tudo isto em Português. O mundo está farto do artificialismo. Do ruído musical. Da música de plástico. Do espectáculo sem conteúdo. A dupla Luísa e Salvador Sobral conseguiu o que mais ninguém em 48 participações conseguiu. Desta vez, Portugal venceu e convenceu o mundo. A fórmula foi simples: simplicidade. Não foi preciso “inglesar” a língua, nem banalizar a música, nem espalhafatar a interpretação para que se tornasse mais festivaleira a participação de Portugal. Os irmãos Sobral deram uma lição ao mundo, e principalmente a Portugal. Eles são os verdadeiros representantes da Cultura em Português. A propósito, Marcelo Rebelo de Sousa declarou: «Quando somos muito bons, somos os melhores dos melhores. Muitos parabéns ao Salvador Sobral». Sim, somos. Mas para isso temos de ser genuínos. Quando somos muito bons Portugueses, somos os melhores dos melhores, não precisamos de imitar ninguém, não precisamos de nos subjugar a ninguém. Cantámos e encantámos exclusivamente em Português. Salvador Sobral representou Portugal, algo que Marcelo não representa, por não defender a língua em que Salvador se expressou. António Costa, por seu turno, declarou: «Fez-se história em português hoje na Eurovisão. Parabéns Salvador! Parabéns Portugal!» Sim, ontem, na Eurovisão, fez-se História em Português, algo que António Costa nunca fará, por ter vendido a Língua Portuguesa ao estrangeiro. Portugal está de parabéns. Mas não António Costa. Os Portugueses, em Portugal e no mundo, têm orgulho dos irmãos Sobral, por estes não se terem deixado ir na onda do modismo linguístico. A nossa Língua é cantável, sendo bem pronunciada e cantada. Salvador provou que não é preciso cantar em Inglês para se ganhar um Festival da Canção. Parabéns, Salvador e Luísa, por não terem renegado a vossa Língua. Mais do que os governantes portugueses, vós sois os verdadeiros representantes da Identidade Portuguesa no mundo: com uma bela melodia, a mais bela melodia que já se compôs para os Festivais da Canção (em Portugal), cantada sobre um belíssimo poema escrito numa das mais belas e ricas línguas indo-europeias. O Festival da Eurovisão pretendeu celebrar a diversidade. Falhou na celebração da diversidade linguística, uma vez que a esmagadora maioria dos países cantou em Inglês. Lamentável. A diversidade é bem-vinda. É saudável. É recomendável. É natural. Espero que esta vitória dos irmãos Sobral sirva para a tomada de consciência dos nossos governantes para algo primordial: Portugal é um país europeu. Portugal tem uma Língua – a Portuguesa. Não queiram destruir o que temos de mais precioso e belo para nos representar e identificar como um país soberano. Os que fingiram representar Portugal Marcelo Rebelo de Sousa (PR) católico, e António Costa (PM) ateu, unidos em Fátima… Foto: Tiago Miranda Porque os cargos assim os obrigaram, o presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, que se diz católico, e António Costa, que é ateu, com a mesma cara que foram ao Santuário de Fátima, vão também a uma arena assistir à tortura e à sangria de Touros, seres vivos sencientes e animais como nós. Desconheço se o Papa Francisco, que já se pronunciou sobre a condição animal, e adoptando o nome de Francisco de Assis, adoptou igualmente a postura do Santo perante a Criação de Deus, tem conhecimento deste detalhe. Saberá com toda a certeza que Portugal é um país onde ainda se vive um atraso civilizacional, no que respeita à adopção de práticas medievalescas e anti-essência cristã. Na sua mensagem, o Papa Francisco fez uma exortação à necessidade de os católicos serem misericordiosos. Sabemos que ser misericordioso passa por ser-se compassivo para com a Vida humana, mas também para com todas as outras vidas que fazem parte da Criação de Deus. A Vida é um elo cósmico, ligado por muitos elos, todos necessários à Harmonia Cósmica que rege o Universo. Ora, estes senhores, incluindo o clero católico que, em Fátima, escondeu a face da iniquidade, pois como sabemos, festejam os santos e santas da igreja católica com práticas cruéis, sanguinárias e violentas, desrespeitando a Bula, ainda vigente, do Papa Pio V, prostraram-se diante do Papa Francisco com um manto dos “santinhos” que não são. Em Fátima, no que respeita aos “representantes” de Portugal a todos os níveis (PR, AR e Governo) primou-se por uma hipocrisia descomunal. Todos fingiram uma “santidade” que na verdade não têm. E todos fingiram que estavam ali a representar Portugal. Mas no dia 13 de Maio de 2017 quem na verdade representou Portugal no mundo foi Salvador e Luísa Sobral, em Português. Tudo o resto foi um vergonhoso faz-de-conta. Isabel A. Ferreira

«São Lucas Evangelista e o Touro» Eis um magnífico e conciso texto que nos conta como a tauromaquia surgiu em Espanha, e mais tarde veio a ser introduzida em Portugal, através dos Reis Filipinos, e uma vez aqui implantada, os portugueses começaram a considerá-la erradamente "tradição portuguesa”. A origem da tauromaquia assenta num ritual obscuro que acabou por ser adoptado pela Igreja Católica da Península Ibérica (Espanha e Portugal) no século XIV. Neste trabalho, da investigadora espanhola Maria Luisa Ibañez, fica demonstrado o motivo por que a Igreja Católica cala e consente esta selvajaria, numa flagrante desobediência ao Papa Pio V, cuja Bula anti-tourada ainda está em vigor. «São Lucas Evangelista e o Touro» Texto de Maria Luisa Ibañez «Deixo aqui esta informação sobre a atitude que ao longo dos tempos a Igreja Católica adoptou a respeito dos touros, no caso de alguém se importar. Podem ter certeza de que isto se passa deste modo, porque há muito que investigo sobre esta matéria, e está tudo comprovado. A saber: a atitude da Igreja Católica para com o Touro tem sido ambígua ao longo da sua História. De facto, inicialmente, a Igreja teve em relação ao Touro uma atitude muito positiva e benevolente: O Touro era o animal que se identificava tanto com São Lucas como com o Arcanjo Gabriel e São Miguel. No entanto, foi a partir do século XIV, que a igreja espanhola começou a planear incluir nas orações, aos seus santos padroeiros, oferendas de Novilhos ou Touros, no que veio a ser chamado de "Votos de Villa". Estas "oferendas" tinham como finalidade pedir ao santo ou à Virgem da devoção de cada um, que intercedessem junto de Deus para pôr fim a algumas das muitas calamidades que, naquela época, atormentavam as pessoas (doenças, secas, pragas ...). Com base nestes "votos", alguns municípios, em conluio com os seus párocos e confrarias, utilizaram estes animais, para que os povos das vilas pudessem capeá-los, torturá-los e matá-los impune e devotamente, umas vezes, durante o percurso das romarias que o povo fazia aos santuários das respectivas Virgens; outras, enquanto celebravam outro tipo de festejo (linchamento) taurino. Em muitas ocasiões, e uma vez morto animal, acabavam repartindo a sua carne entre os vizinhos e os pobres. Não há qualquer dúvida que foi então que começou a ligação dos “festejos” taurinos populares às celebrações religiosas a Virgens e Santos. Mas também sabemos que, desde o início, este tipo de "votos" foi denunciado por uma parte dos eclesiásticos, chegando finalmente a ser proibidos, juntamente com outros “espectáculos” taurinos, através de uma bula do Papa Pio V. A Bula anti-tourada de Pio V pode ser consultada aqui: https://moimunanblog.com/2011/12/02/bula-salutis-gregis-dominici-de-san-pio-v/ O que é escandaloso é que ainda hoje, em pleno século XXI D.C., a Igreja Católica continue calada e consentindo estes “festejos” taurinos para celebrar Santos e Virgens. Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1377104819030134&set=a.130247250382570.26212.100001918882195&type=3&theater (Tradução: Isabel A. Ferreira)

Mas este ano, pela primeira vez, o presidente da Câmara Municipal desta ilha, que é adepto de selvajaria tauromáquica, pretende impô-las, com o apoio da igreja que se diz católica, e logo na festa do Senhor Santo Cristo, remando contra a maré da evolução, como se o Santo Cristo aprovasse a tortura de criaturas de Deus. Por isso é importante que assinem e divulguem esta petição: https://www.change.org/p/senhor-bispo-d-jo%C3%A3o-lavrador-senhor-santo-cristo-das-lages-das-flores-sem-vacada No próximo dia 30 de Julho está programada a realização de uma “vacada”, integrada no programa da festa do Senhor Santo Cristo, na freguesia da Fazenda, concelho das Lajes das Flores. - Considerando que as touradas ou “vacadas” em nada contribuem para educar os cidadãos para o respeito aos animais, além de causarem sofrimento aos mesmos; - Considerando que põem em risco, de forma absurda, a integridade física e até em algumas ocasiões a vida das pessoas; - Considerando que não há tradição ou divertimento que justifiquem o sofrimento e maus tratos a um animal, não havendo nem sequer qualquer tipo de tradição para este tipo de “espectáculos” no Município das Lajes das Flores; - Considerando que o Município das Lajes deveria corresponder aos critérios do galardão de reserva da biosfera, como um exemplo de respeito pela natureza, pelo ambiente e pelos animais, não ficando associada a sua imagem à prática deste tipo de eventos retrógrados; - Considerando também que a Igreja Católica deveria ter uma posição clara relativamente às touradas, que foram condenadas e proibidas pelo Papa Pio V, que as considerava como espectáculos alheios de caridade cristã; Vimos apelar a V. Ex.ª para que seja retirada a licença municipal à realização deste evento e que a “vacada” seja retirada do programa da festa do Senhor Santo Cristo. Isabl A. Ferreira

Está prevista a realização de uma tourada à corda na freguesia da Feteira, Ilha do Faial, integrada nas festividades de Nossa Senhora de Lourdes. Uma vez mais vamos escrever ao Bispo dos Açores para dizer-lhe que a Nossa Senhora de Lourdes celebra-se com orações, música sacra, flores, enfim, coisas mais dignas de Nossa Senhora, que não abençoa a crueldade cometida contra as criaturas de Deus… Exmo. e Revmo. Senhor: Dom António de Sousa Braga Integrada nas festividades de Nossa Senhora de Lourdes, está prevista a realização de uma tourada à corda, actividade que anualmente é responsável por mais de 300 feridos e a média anual de uma morte. Considerando a crise socioeconómica em que os Açores estão mergulhados, à qual não ficam imunes as paróquias que se debatem com falta de recursos; Considerando que não há tradição ou divertimento que justifiquem o sofrimento e maus- tratos a um animal, seja uma tourada, circo, ou uma apanha ao marrão que também está inserida no programa; Considerando que a Igreja Católica deveria ter uma posição clara relativamente às touradas, que, foram condenadas e proibidas pelo Papa Pio V, que as considerava como espectáculos alheios de caridade cristã; Considerando que as touradas em nada contribuem para educar os cidadãos para o respeito aos animais, além de causarem sofrimento aos mesmos e porem em risco a vida das pessoas; Considerando que a tourada à corda prevista vem conspurcar as respeitadas festas de Nossa Senhora de Lourdes; Vimos apelar a V. Reverendíssima para que intervenha junto de quem de direito para que retire do programa a referida tourada a qual origina sofrimento, sem qualquer justificação, aos animais e que use com parcimónia o dinheiro esbanjado para o efeito. Ressalvo que embora seja argumentado que a tourada é de iniciativa privada, em nada justifica que uma freguesia, uma cidade e uma ilha, tenham a sua imagem manchada com a prática violenta, na qual se recorre ao uso de animais para diversão das pessoas. O movimento de consciencialização, relativamente à manutenção destas práticas, é cada vez maior, chegando à própria ONU, que já se manifestou em relação aos danos psicológicos e orais que causa às crianças. Não permitam que o Faial fique marcado como mais uma localidade que tende a regredir naquilo que são as boas práticas. Não permitam que a boa imagem, de Natureza viva, de vida náutica, de misticismo, seja marcado pela realização de práticas violentas que nada acrescentam de positivo. Com os meus cumprimentos, Isabel A. Ferreira *** Contactos, para enviarem esta ou outra carta mais personalizada: Para: geral@diocesedeangra.pt, seminariodeangra@mail.telepac.pt, geral@feteira.com, geral@cmhorta.pt, jornalincentivo@gmail.com, tribunadasilhas@gmail.com

O Papa Bento XVI, a Igreja e os Direitos dos Animais O Papa Bento XVI falou emocionadamente sobre a exploração de todos os seres vivos, em especial os animais que vivem nas quintas. Ao ser questionado, em 2002, sobre os direitos dos animais numa entrevista, o então Cardeal Joseph Ratzinger afirmou: “Este é um assunto muito sério. De todos os pontos de vista, podemos ver que eles foram postos sob os nossos cuidados, e simplesmente não podemos fazer o que queremos com eles. Os animais também são criaturas de Deus... Certamente, determinados tipos de usos industriais das criaturas, como quando os gansos são alimentados de tal maneira a produzir um fígado tão grande quanto possível, ou quando as galinhas vivem tão apertadas que se transformam em caricaturas de aves, esta degradação de seres viventes que as converte em coisas me parece que contradiz a relação de reciprocidade que vemos na Bíblia. Os animais são também criaturas de Deus, e embora não tenham uma relação directa com Deus, como tem o homem, eles são criaturas da Sua vontade, criaturas que devemos respeitar como companheiros de criação». (Papa Bento XVI) (Um aparte: há aqui a considerar, no meu enteder, o seguinte: talvez os animais não-humanos, por também serem criaturas de Deus e INOCENTES, tenham uma relação com Deus muito mais intensa do que os homens-predadores, que são uns grandes HIPÓCRITAS. Se não têm como afirmar esta apreciação, também não têm como negá-la). Isto é o que diz o Papa, mas não é o que a Igreja segue. E a Igreja não seguindo, o Papa cala-se, num consentimento, que de tão silencioso nos agride, como se gritasse: dou-vos a liberdade de serem impiedosos para com os animais! *** A Bula do Papa Pio V, datada de 1567 A 1 de Novembro de 1567, o Papa Pio V publicou a bula “De salute gregis dominici”, ainda em vigor: «(…) Nós, considerando que estes espectáculos que incluem touros e feras no circo ou na praça pública não têm nada a ver com a piedade e a caridade cristã, e querendo abolir estes vergonhosos e sangrentos espectáculos, não de homens, mas do demónio, e tendo em conta a salvação das almas, na medida das nossas possibilidades, com a ajuda de Deus, proibimos terminantemente por esta nossa constituição (…) a celebração destes espectáculos (…)». Fonte: “Bullarum Diplomatum et Privilegiorum Sanctorum Romanorum Pontificum Taurinensis editio”, tomo VII, Augustae Taurinorum, 1862, pág. 630-631. Esta “proibição” foi decretada em 1567, e ainda está em vigor. O que faz a Igreja Católica, em 2012? Pura e simplesmente IGNORA-A. E o Papado nada faz. *** Proibição de Touradas em honra de Deus e dos Santos (Conc. Trid., Sessão 25, Cap. o 1, «De venerat. Sanctorum») CAP. o 8 «O espectáculo das touradas é indigno de ser visto pelos cristãos e não difere muito daquele desumano costume dos pagãos de combater contra as feras, com erro do povo ignorante. Sucede julgar-se este género de espectáculos como exibição em honra de Deus, da bem-aventurada Virgem Maria Mãe de Deus e dos santos - de tal maneira que se chega ao ponto de alguns fazerem promessas de realizarem touradas! O Santo Concílio aconselha os Ordinários que ensinem ao Povo a si confiado, que com espectáculos desta natureza, mais se ofende a Deus do que se Lhe presta culto. Essas horas que se destinam a distrair os olhos com um vão e inútil prazer, são subtraídas ao culto devido a Deus, levando muitos fiéis a afastarem-se do sacrifício da missa que aqui e ali deixam de assistir ao ofício vespertino. Por isso ordena-se aos juízes das confrarias que não comprem toiros com as rendas e esmolas das mesmas. Se assim fizerem, além da restituição no dobro, sejam multados de acordo com a decisão dos Ordinários. Se algumas promessas com o pretexto de oferecer touradas, foram feitas, estabelece o Santo Concílio que as declare nulas, proibindo também que outras promessas do género se façam. Proíbe-se aos clérigos, quaisquer que sejam as ordens sacras que tenham recebido, ou aos prebendados, quaisquer que sejam os benefícios que tenham obtido -sob pena de cinco cruzados de ouro, aplicáveis em benefício do meirinho, e, em parte, em obras pias, proíbe-se, repete-se, que assistam a tais espectáculos. Aos alcaides das cidades e das vilas, exorta-os o Santo Concílio, que se abstenha de semelhantes espectáculos, a fim de que não desviem das coisas da Igreja e dos ofícios divinos as almas dos povos a cujo governo presidem.» Fonte: "O IV Concílio Provincial Bracarense e D. Frei Bartolomeu dos Mártires" do Prof. Dr. José Cardoso. Edição APPACDM - 1994 Nesta “proibição” não foi mencionado o principal argumento: o enorme SOFRIMENTO que tais práticas cruéis provocam nessas CRIATURAS que também SÃO DE DEUS. Um pormenor que nos chocou bastante. O importante para este Santo Concílio não foram os animais. Mas o “desvio” das pessoas das coisas “divinas”. É por estas e por outras que os “falsos” representantes de Deus na Terra serão um dia excomungados pelo próprio Deus, tão certo como à noite se seguir o dia. Disto, não tenho qualquer dúvida. Porém, é caricato que em pleno século XXI, depois de Cristo, se continue com a realização de touradas a pretexto de festas “religiosas” ou em honra de Santos, com a cumplicidade de clérigos, alguns certamente equivocados e que em nada dignificam a imagem da Igreja Católica. *** D. Manuel Martins: um Bispo contra as Touradas, mas muito silencioso…

Cabe aqui referir a importante posição de D. Manuel Martins (Bispo Emérito de Setúbal), quando gentilmente recebeu uma delegação do MATP - Movimento Anti-Touradas de Portugal e lhe questionaram se gostava de touradas: «Não gosto, nunca gostei. Brincar barbaramente com um animal, como na tourada, acho que é uma agressão à Ecologia, ao equilíbrio da natureza." Fonte: MATP - Movimento Anti-Touradas de Portugal http://matportugal.blogspot.com/2010/05/papa-bento-xvi-igreja-e-os-direitos-dos.html Sendo D. Manuel Martins, dentro da Igreja Católica portuguesa uma personagem de grande influência e prestígio, não o vimos nunca tomar uma posição pública CONTRA a TORTURA DE CRIATURAS, que também SÃO DE DEUS. *** A tortura de Touros conta com a cumplicidade da Igreja Católica, também no Perú

Este falso padre católico, Alfredo Castañeda Pro, vai direitinho para o inferno no qual ele acredita. Ele e os que com ele estão. Porque Deus não se deixa enganar, e está atento a estes impostores, que se fazem passar pelos Seus representantes na Terra... Esta é outra preciosidade da Igreja Católica. Mas quando é que esta moveu um dedo contra as corridas de Touros, contra o “Toro Embolado”, contra o “Toro Dardeado” ou contra o “Embalse de Toros”, nos tempos que correm? Lima, Perú, Domingo 4 de Novembro de 2012, assim se iniciou a feira taurina do “Senhor dos Milagres”, COM A ABSOLVIÇÃO CATÓLICA. Na foto, o capelão de Acho, Alfredo Castañeda Pro, padre jesuíta, (SÓ PODIA SER!), com o matador francês Juan Leal e o matador mexicano, já não tão menino, Michelito Lagravere, na capela da praça, antes das corridas. Segue-se um artigo taurino do diário limiano “Expresso”: «A Capela de Acho é a mais bela do mundo taurino… É a capela mais bonita de todas as praças de touros no mundo, refere o padre jesuíta Alfredo Castañeda Pro, “ Alfredito” para os seus ex-alunos e amigos, capelão durante 40 anos, na arena de Acho. Com os seus azulejos sevilhanos e as suas imagens do Senhor dos Milagres, a “Virgen de la Macarena” e a Nossa Senhora de Guadalupe, a capela é pequena mas um assombro de elegância e arquitectura», diz o padre Castañeda.» *** E dizemos nós: isto não é um padre. É mais um carrasco de Touros, a juntar aos tauricidas. Em Portugal, como no Perú, como em todos os outros países tauricidas (num total de oito), a Igreja Católica envergonha a DOUTRINA CRISTÃ. Fonte: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.468715926490352.129760.100000558462501&type=1#!/photo.php?fbid=422780891109181&set=a.314598921927379.87366.159923240728282&type=1&theater *** São estes pormenores que nos fazer crer que a Igreja Católica portuguesa está-se nas tintas para essa tortura, para o que diz o Papa Bento XVI, ou para a Bula do Papa Pio V, e porquê? Porque a Igreja Católica portuguesa é uma das grandes beneficiárias da tauromaquia, uma vez que a grande maioria das praças de touros lhe pertence. UM SACRILÉGIO! Além disso, considera que os animais não tendo alma, devem ser tratados como uns desalmados. E o que desejamos a toda esta gente, que assim pensa, é que seja julgada e condenada como merece, quando chegar a vez de ela prestar contas ao verdadeiro SENHOR DO UNIVERSO, que fez o Céu e a Terra e todas as suas criaturas. Isabel A. Ferreira

Joao Santiago, deixou um comentário ao post QUERIDÍSSIMOS AFICIONADOS, DEPUTADOS DA NAÇÃO E MEMBROS DA IGREJA CATÓLICA PORTUGUESA, PEÇO-VOS PERDÃO PELA MINHA GRANDE IGNORÂNCIA E ARROGÂNCIA... às 00:30, 2012-09-04. E se o João Santiago não o tivesse deixado escrito, se me tivessem dito isto, como quem diz que disse, eu não acreditaria. Por vezes penso que escrevo em chinês. E certas pessoas, como não sabem chinês, não percebem nada. Foi o que aconteceu, ao João Santiago, com certeza, e ao qual vou ter a pachorra de responder (a bolt) porque tenho por hábito seguir as obras de misericórdia espirituais: Dar bons conselhos; Ensinar os ignorantes; Corrigir os que erram; Consolar os aflitos; Perdoar as injúrias; Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo... Mas vamos ao comentário:

«Cara Sra., reflecti várias vezes sobre o facto de valer a pena perder o meu tempo a comentar tanta hipocrisia... Não consegui resistir. As pessoas têm de ter uma visão abrangente da realidade e do mundo e não estarem focados em pequenas querelas que só servem para alguém lhes dê atenção (neste caso, conseguiu-o). Pois fez muito bem, João Santiago. Prometo que vai valer a pena ter perdido o seu tempo a comentar... A hipocrisia já fica por sua conta, porquanto deve estar a falar da sua própria hipocrisia, pois chamar “pequenas querelas”, a algo que implica a TORTURA E SOFRIMENTO de seres vivos, não acho que seja algo “pequeno”... Em primeiro lugar, não sou realmente apreciador de touradas. Como não sou da luta de galos, da luta de cães, da caça desportiva, da pesca desportiva, das corridas de cavalos, etc., etc. Em todos estes casos é possível (cada pessoa tem direito à sua sensibilidade) ter um espectador (ou mais) e um animal (ou mais) a sofrer. Quanto a isto estamos completamente de acordo: eu também ABOMINO todas essas práticas primitivas e sanguinárias, lesivas do bem-estar dos meus irmãos não humanos, e tenho-me batido pela abolição de todas elas. Se nunca prestou atenção... o problema é seu. Só os touros? Então e os outros animais (daqui a uns anos também já as plantas estarão metidas ao barulho)? Portanto, só por este facto, o seu artigo peca desde logo pela discriminação. Ora ESTE meu artigo é sobre TOURADAS. Tenho OUTROS artigos escritos CONTRA os circos que usam animais, os jardins zoológicos, a caça e a pesca desportivas, o tiro aos pombos, a luta de cães, de ursos, de galos... tudo isso... Contra a tortura de seres humanos, a escravatura, a violência doméstica, as guerras, a fome, e a estupidez humana que ainda mantém tudo isto numa época em já se colocou o pé humano na Lua. Mas ESTE meu artigo, particularmente ESTE, foi sobre TOURADAS. Cada assunto é um assunto. Portanto não foi nada feliz na sua observação. Depois, a Igreja Católica. O que é que a Igreja Católica tem a ver com a tourada? Dá-lhe jeito só para chatear? Para ter um artigo mais "moderno" e "pungente"? Sim porque hoje em dia ser contra a Igreja Católica é rende... O que é que a Igreja Católica tem a ver com as touradas? Pois eu digo-lhe, porque já vi que ou não sabe ou faz que não sabe, para não ter ser cúmplice. A Igreja Católica tem TUDO a ver com as touradas. PROMOVE TOURADAS. PERMITE TOURADAS. APOIA TOURADAS. É CÚMPLICE DAS TOURADAS. FESTEJA QUASE TODOS OS SANTOS E SANTAS COM TOURADAS E VACADAS, e coisas do género. Leia outros artigos. Que vem lá tudo. As ditas “Santas” Casas da Misericórdia são proprietárias da maioria das Praças de Touros que existem em Portugal. E vem dizer-me que critico a Igreja Católica porque “dá-me jeito”? Dá-me jeito para quê? Artigos “modernos”, “pungentes”? E eu lá preciso disso para alguma coisa? Veja este link, João: http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/158119.html Só quero é que DEIXEM OS TOUROS E OS CAVALOS EM PAZ, e NÃO QUERO SER CÚMPLICE desta BARBÁRIE. As outras religiões é como se não existissem (o que só dá de facto mais força à Igreja Católica - pelos vistos é a única). As pessoas não podem ter fé? Se sim, só podem ser católicos porque, como já atrás expliquei por absurdo, as outras não existem? Ah! Joãozinho, Joãozinho! Ou é muito ingénuo ou faz-se! AS OUTRAS RELIGIÕES não promovem TOURADAS. Podem promover outras barbaridades, mas eu ESTOU A FALAR DE TOURADAS NO MEU PAÍS, e no meu país, a única que PROMOVE E APOIA TOURADAS é a RELIGIÃO CATÓLICA. Não sabia? Pois fica a saber. Bastante redutor não será? Então e os jornalistas que cobrem as touradas, os escritores que as citam, os poetas que as cantam, médicos e veterinários que tratam as maleitas de toureiros e animais, respectivamente, políticos, advogados, etc, etc, não fazem parte do espectáculo? Não lhes fazem publicidade ou a mantêm cada um à sua maneira? Sociedade “civilizada” é um conceito seu? Bastante REDUTORES são todos aqueles que PROMOVEM E APLAUDEM A TORTURA DE SERES VIVOS PARA DIVERTIR SÁDICOS, BÊBADOS E NECRÓFILOS (e eu sei do que falo).

E OBVIAMENTE uma sociedade CIVILIZADA não TORTURA os seus animais para DIVERSÃO, nem sequer para os comer. Uma sociedade CIVILIZADA não PROMOVE a VIOLÊNCIA, a TORTURA, RITUAIS SANGUINÁRIOS E BOÇAIS como é o ritual da Tourada e todos os espectáculos que utilizam os Touros. Sabe, o João tem uma mentalidade que cheira a naftalina. Vale a pena haver diferenças? Se calhar “é pecado”... Vivemos na era do Aqui e Agora. Tem é de ser já! Não há passado (dá comichão...) e o futuro faz-se a partir do agora. Ideias inatas? Isso já é passado (quando eu nasci)... O que estou a pensar agora é que vale. Paróquias, Misericórdias e associações do género para tratar dos desfavorecidos e de quem tem fome não interessam. São, provavelmente, associações criminosas que vêm do tempo do fascismo... Esta sua conversinha não tem nem pés nem cabeça. Caridadezinha feita à custa do sofrimento de animais SENCIENTES não é caridade é PERVERSÃO. E é o que mais vemos por aí, com o aval da Igreja Católica. Agora uma tourada sim! Vale a pena perder tempo com o pobre do touro (contra o qual eu não tenho nada, diga-se), Se a Sra. quer criticar a tourada, critique-a. Seja consequente e critique a tourada, as lutas de galos, lutas de pitbulls, etc, etc. Compare o sofrimentos dos animais nas várias lutas, o que cada interveniente ganha com o espectáculo, etc. Estenda o seu trabalho além fronteiras e vá ao fundo da questão (estou convicto que sabe qual é para a criticar). Bem, sobre este seu parágrafo já disse o que tinha a dizer. O João lê UM SÓ artigo que escrevo, e pensa que fica a saber tudo sobre as minhas actividades e o que escrevo noutros textos. E eu é que sou redutora.

Antes de vir para aqui criticar a minha INTERVENÇÃO, devia procurar saber o que sou e o que faço. Mas não. Leu o que leu e só veio dizer disparates.

Se quer criticar a Igreja Católica, faça-o. Critique todas as religiões e credos se é agnóstica. Se não o fôr não critique nenhuma sob pena de realmente não saber o que é o divino ou ter fé. Se que fazer uma sopa de pedra de acusações faça-a mas fique a saber que até esta (sopa), segundo reza a história, foi criada por um frade... Se quiser apenas atear fogos, faça-o. Normalmente quem brinca com o lume queima-se...» Olhe João, acho que ficou bem clara a minha posição: critico a IGREJA CATÓLICA PORTUGUESA, porque é a única que PROMOVE TOURADAS. As outras Religiões que existem em Portugal (nem sequer as seitas, nem sequer a IURD) promovem TORTURA de SERES VIVOS PARA DIVERSÃO de SÁDICOS, apenas a RELIGIÃO CATÓLICA o faz, contra a Bula do Papa Pio V, AINDA EM VIGOR, e que a Igreja NÃO CUMPRE. Por isso, para não ser CÚMPLICE desta HERESIA, eu CRITICO a IGREJA CATÓLICA PORTUGUESA, e estou no meu direito. Os meus netos nunca dirão que a avó não lutou para lhes deixar um País limpo do SANGUE de INOCENTES ANIMAIS NÃO HUMANOS (seja em que circunstâncias for). Um País mais Luminoso. Mais Culto. Mais Civilizado. E o João Santiago o que tem feito em prol de um Portugal mais MODERNO?

Um lugar de passagem para a inquietude do verde...

Excelentíssimo Dom João Evangelista Pimentel Lavrador Bispo Residencial da Diocese de Angra domjoaolavrador@diocesedeangra.pt Venho, por este meio, manifestar a minha mais veemente repulsa pela presença de alguns forcados, devidamente identificados, através da sua indumentária, numa procissão realizada no passado dia 8 de Março, em Angra do Heroísmo, tendo alguns deles transportado o andor da imagem de Nosso Senhor dos Passos, como se fossem “irmãos” de alguma confraria religiosa; bem como pela realização de um “festival” taurino, previsto para o próximo dia 23 de Maio, de apoio a obras das igrejas das Lajes e da Agualva, como se a tortura de criaturas, também de Deus, servisse para branquear as acções selváticas perpetradas por algozes. Ao longo dos tempos, têm sido inúmeras as declarações de membros da Igreja Católica a condenar as práticas tauromáquicas entre outras, em que são maltratados animais não-humanos. A título de exemplo, posso referir o que o Secretário do Vaticano, Bispo Pietro Gasparri, em 1923, disse: «Embora a barbárie humana ainda persista nas corridas de touros, a Igreja continua a condenar em voz alta estes sangrentos e vergonhosos “espectáculos”, como o fez Sua Santidade o Papa Pio V». Mais recentemente, na sua Encíclica Laudato Si’, o Papa Francisco escreveu que «sujeitar os animais ao sofrimento e à morte desnecessária não é digno de um ser humano». Face ao exposto, venho manifestar a minha repugnância e repúdio pela presença de forcados, devidamente identificados, numa procissão, fazendo propaganda a uma actividade condenável nas sociedades humanas actuais, e não a manifestar a sua fé em Deus que, pela Sua Natureza divina, condena todos os actos violentos e cruéis contra as Suas criaturas, quer sejam humanas ou não-humanas. Manifesto também, a minha indignação e repúdio pela realização de uma sessão de tortura de touros para, hipocritamente, apoiar obras em igrejas. Venho, igualmente, apelar a Vossa Reverendíssima para que, em nome de Deus, condene estas práticas bárbaras e macabras, e a presença de forcados identificados em procissões, e não autorize que as paróquias aceitem recolher fundos através de touradas ou de outros eventos onde animais não-humanos, indefesos, inocentes e inofensivos são barbaramente torturados, para divertimento de uma peque fatia de um povo que ficou parado no tempo, e afastado dos ensinamentos de Jesus Cristo. Para um melhor aprofundamento deste tema, sugiro a Vossa Reverendíssima a leitura dos textos inseridos nestes links: A Igreja Católica e a tourada Touradas e Igreja Católica

Com os meus cumprimentos, Isabel A. Ferreira

Depois daquela monumental demonstração de atraso civilizacional, protagonizada pela maioria dos deputados da Nação, no Parlamento, quando se negaram a dar um passo em direcção à evolução, ao chumbarem o Projecto de Lei do PAN, para a Abolição das Touradas em Portugal, choveram críticas de todos os lados. É que os Portugueses esperavam que os deputados da Nação fossem evoluídos. Reuni aqui três textos basilares que arrasam a atitude troglodita de partidos como o PS e PCP (que se dizem de esquerda) unindo-se aos partidos da direita (PSD e CDS/PP) naquele que é um acto da maior subserviência a um lobby menor e parasita, o qual vive à custa dos impostos dos Portugueses. Primeiro texto: Representante da Juventude Socialista chama "retrógrados, masoquistas e psicopatas" a deputados do PS Foto: João Biscaia Débora Rodrigues, 26 anos, representante da Juventude Socialista, na Comissão Nacional do Partido Socialista e adjunta do secretário de Estado do Tesouro, Álvaro Novo - de quem já foi chefe de gabinete em regime de substituição - não gostou de ver o PS a chumbar a Abolição das Touradas na Assembleia da República, no passado dia 6 de Julho e decidiu publicar na sua página do Facebook o seguinte: «Uma vergonha para o país e para o partido, os deputados do PS que tomaram a decisão de votar contra ou se abster, ou preocupados com os eleitoralismos regionais ou então aficionados por serem simplesmente retrógrados, masoquistas e psicopatas que gostam de touradas». E disse mais, nos seus comentários: «Quero acreditar que são poucos (os socialistas) ou então o nível de inteligência dos deputados eleitos pelo PS é menor do que aquele que pensava… Que eu saiba o nível de inteligência de um ser humano também se mede pela capacidade de viver e conviver num mundo em que não é o único ser, preocupando-se com o seu futuro e com o futuro dos outros, bem como com o meio em que vive...» Certíssimo. Esta atitude da Débora Rodrigues é de louvar, por dois motivos: Primeiro: tem personalidade própria, não é seguidista, nem retrógrada, nem sádica, nem psicopata. Segundo: a sua atitude demonstra que tem os pés fincados no século XXI D. C., e não cheira a mofo, como os socialistas medievalescos e seguidores de uma prática monarquista de direita. E o que a Débora escreveu não são insultos. Porque a Débora limitou-se a dizer a verdade. E dizer a verdade não é insultar. Para completar, aqui ficam os nomes dos oito deputados socialistas (em 86) que votaram a favor da Abolição das Touradas em Portugal: Pedro Delgado Alves, Rosa Albernaz, Ana Passos, Luís Graça, Diogo Leão, Hugo Carvalho, Tiago Barbosa Ribeiro e Carla Sousa. Os NIM, 12 deputados socialistas, abstiveram-se. Eu também me envergonho deste PS que se diz de esquerda e pratica esta política de direita. Segundo texto: «Avante pela tradição» Um texto de Viriato Teles «O «respeito pela diversidade cultural e pela tradição» foi o principal argumento esgrimido no parlamento para chumbar a proposta de abolição das touradas apresentada pelo PAN. Que se discuta a proibição e as suas envolventes sociais, ainda posso entender. Agora, chamar àquilo «cultura», desculpem, mas há limites para a parvoíce. Não estou seguro de que proibir as touradas seja a melhor opção para acabar com elas, mas por algum lado tem de se começar. Porque, disso tenho a certeza, quando esse entretenimento perverso for abolido (seja pela lei, seja pela grei) Portugal terá dado mais um importante passo civilizacional. Concretizando, afinal, o que já foi tentado, há quase 200 anos, por Passos Manuel – e, antes dele ainda, pelo Papa Pio V que, no século XVI, emitiu uma bula contra «esses espectáculos sangrentos e vergonhosos dignos de demónios e não dos homens». A luta contra as touradas, como se vê, já vem de longe. A proposta de lei do PAN tinha fragilidades, mas era um ponto de partida. Que podia, e devia, ser melhorado e acrescentado, mas é para isso mesmo que existe a Assembleia da República. A aprovação da lei traria problemas e não seria consensual? Com certeza. Mas não foi sempre assim que se deram os grandes avanços da história e da civilização? Resistir à mudança é próprio de todos os sistemas: por mais modernos que julguem ser, são sempre estruturalmente conservadores. E quando essa mudança atinge um potencial eleitorado, os partidos são os primeiros a temê-la e preferem «atirar a areia para debaixo do tapete». Já não em nome de princípios, como aconteceu noutros tempos, mas de meros fins eleitorais de curto prazo e efeito duvidoso. O invocado «respeito pela tradição» não é um argumento sério: a ser assim, ainda a escravatura seria legal e socialmente aceite, as mulheres continuariam a ser propriedade dos maridos, os «crimes-de-honra» ainda seriam tolerados, uma jornada de trabalho duraria de sol-a-sol, e por aí adiante. Quanto à «diversidade cultural», só se for em homenagem à ex-ministra Canavilhas, a quem a indústria tauromáquica tanto deve – afinal, foi ela quem incluiu o divertimento taurino na lista dos produtos culturais. Sim, aconteceu, e foi já no século XXI. Admiro pessoas com sentido de humor, mas este parece-me excessivamente negro. Ora se este enredo de algum modo se compreende quando executado por políticos de direita, já começa a ser mais difícil de entender quando é usado por arguentes de esquerda. Ângela Moreira, a parlamentar escalada pelo PCP para o debate, conseguiu superar-se na justificação, quando explicou, sem se rir, que «o caminho que há a fazer é o do respeito pela diversidade cultural e o da efectiva responsabilização do Estado na promoção de uma relação mais saudável entre os animais e os seres humanos, acompanhada de uma acção pedagógica com o objectivo de sensibilizar os cidadãos, em particular as crianças e os jovens, para a importância do bem-estar animal e a sua efectiva protecção». Só faltaram os violinos. Para a deputada comunista, ao propor o fim das touradas, «o PAN não admite que haja outras culturas, identidades, tradições, sensibilidades que não as suas, só admite os seus próprios padrões culturais e morais e quer impô-los, se possível pela lei e pela força». Acontece que foi precisamente uma «visão cultural uniformizada e uniformizadora do mundo» o que o PCP demonstrou, por exemplo, nos debates recentes sobre a canábis ou a eutanásia, alijando-se numa visão conservadora e temerosa que contradiz a própria história, muito honrada, da luta travada por várias gerações de comunistas portugueses em prol de um mundo novo e livre. Mas acontece também que, seja por convicção ou por oportunismo, nos dias de hoje o Partido Comunista surge com demasiada frequência ao lado dos que, por duvidosos princípios morais ou obscuros interesses materiais, procuram controlar os nossos hábitos, os nossos comportamentos, os nossos vícios e as nossas virtudes – as nossas vidas, em suma. A legalização da canábis pode levar à tolerância legal do consumo recreativo? E então? A descriminalização da eutanásia pode levar à prática de crimes? Provavelmente sim. E vice-versa também. O fim das touradas cria um problema económico e social? Talvez. O fim do império também criou, e bem maior, mas nem por isso deixou de acontecer. Porque era o que tinha de ser feito, é assim a normal evolução da história e da vida. Porque «todo o mundo é composto de mudança / tomando sempre novas qualidades», lembram-se? Acabado o sonho de mudar o mundo como queria Marx, valeria a pena pensar em mudar a vida como propunha Rimbaud. Ou fazer por isso. Tradicionalmente, é esta a função de um partido revolucionário, ou pelo menos de esquerda. Mas, definitivamente, a tradição já não é o que era. Nem o PCP.» Fonte: https://www.rtp.pt/noticias/opiniao/viriato-teles/avante-pela-tradicao_1086634 Muito bem, Viriato Teles. Também a mim me faz “espécie” que o PCP, dizendo-se um partido de esquerda, pratique uma política monarquista de direita, porque todos sabemos que isto das touradas é um costume bárbaro introduzido em Portugal pelo rei Filipe II de Espanha, I de Portugal, e era um entretenimento dos monarquistas abastados, porque os pobres entretinham-se a jogar à patela, no chão lamacento… Terceiro texto: «Torturar Touros e enforcar Cães» Muito bem, Diogo Faro. Celebro a sua lucidez, que anda tão arredada dos fantoches políticos que nos desgovernam, e que mantêm uma pequena fatia do povo português estagnado em águas turvas e fétidas. Opinião de Diogo Faro «Peço desculpa pelo título, às pessoas que ainda têm alguns sentimentos e que até apreciam a evolução da civilização, mas vamos ter de falar nisto. A proposta para a abolição da tourada foi chumbada no Parlamento, como era esperado, convenhamos. E entende-se. Um dos elementos baluarte dos tauromáquicos é que aquela espécie de touros se vai extinguir com o fim da tourada. Os antepassados das pessoas que dizem isto também diziam que a abolição da escravatura ia acabar com todas as pessoas pretas. E veja-se o que aconteceu, hoje em dia só existem brancos, para grande pena do KKK e grupos que tais. O que nos leva a aceitar que há torturas que valem a pena. O líder parlamentar do CDS apontou para algumas dezenas de pessoas que assistiam à sessão na Assembleia. Vestiam todas blazer de bom corte, camisas engomadas pela criada (provavelmente preta, para tentar ainda salvaguardar a espécie), corte de cabelo irrepreensível (muitos com gel e puxadinho atrás) e algumas ainda envergavam um Terço prateado ao peito, Deus as tenha, provavelmente todas com os seus BMs e Mercedes Pato Bravo estacionados lá fora. E então o líder do CDS falou e disse: “se a tauromaquia é uma fonte de rendimento para tanta gente, como é que estas pessoas vão sobreviver com a abolição da tourada?”. Comovi-me. E aceitei que de se espetar ferros que parecem lanças medievais em touros, se faça um espectáculo lucrativo para manter o estilo de vida destas pobres pessoas. Agradeço então a todos os deputados que não deixaram a proposta de lei passar. Mais importante que o progresso civilizacional é preservar as tradições – não importa se são selváticas, são tradições e pronto! – e o financiamento dos baldes de gel e botões de punho dourados para aqueles senhores. Por falar em psicopatia, algo do género que me chegou à retina foi a notícia de ter sido encontrada uma cadela enforcada numa mata em Casal de Cambra. Ah, e foi ainda descoberto que estava grávida. Não me vou alongar para não ficarem com estas imagens na cabeça como eu fiquei. Mas a linha é a mesma. Nós humanos, somos superiores – quem disse? Nós próprios, claro – a qualquer ser e temos o direito divino (?) a fazer com eles o que bem nos apetecer. A questão é, se torturar cães desta maneira for (ou vier a ser) tradição, é para preservar? Provavelmente sim. E com um bocadinho de sorte ainda se usa dinheiro do Estado (aquele que é de todos, sabem?) para se financiar a criação de cães para enforcamento e a televisão estatal ainda começa a transmitir espectáculos disso em horário nobre. Não é boa ideia? Se é para sermos bárbaros, então vamos sê-lo o tempo todo. Sugestões mais ou menos culturais que, no caso de não valerem a pena, vos permitem vir insultar-me e cobrar-me uma jola: - Costa Vicentina: É irem agora enquanto está pouca gente, àquela que é a minha zona preferida de todo o país. - "The Incredible"s 2: Já está em exibição e foi com muito orgulho e felicidade que eu fiz uma das vozes da versão portuguesa. É só uma participação pequenina, mas ESTOU FELIZ, VÃO VER O FILME, VÁ!» Fonte: https://24.sapo.pt/opiniao/artigos/torturar-touros-e-enforcar-caes

É inconcebível que a igreja católica portuguesa seja cúmplice de tanta barbárie para celebrar os seus Santos! Não é desse modo que angariam “crentes” para sustentarem as paróquias. Cada vez mais, os que nasceram católicos afastam-se da Igreja, por não se reverem nestes rituais bárbaros, medievalescos, grotescos, cruéis, violentos, nada condizentes com os ensinamentos de Jesus Cristo. Repudio a hipocrisia dessa igreja que não segue os preceitos cristãos. Os da Barosa chamam-lhe FESTA RELIGIOSA… em honra de São Mateus, e sacrificam garraios. Em Seia, mata-se um galo à paulada, nas festas consagradas a Deus… Na Ilha Terceira (Açores) praticam-se barbaridades em honra de São João Em São João da Pesqueira sacrificam-se Touros em nome de Nossa Senhora do Monte Em Ponte de Lima o Corpo de Deus é celebrado com a abominável “vaca das cordas”… Bem… isto é apenas uma amostra da monstruosidade que a igreja católica portuguesa consente em nome de Santos católicos, como se os Santos católicos alguma vez aplaudissem a tortura de uma ser vivo, que também é de Deus. O decreto de proibição das touradas mais antigo de que se tem conhecimento é a bula do Papa Pio V, “De Salute Gregis Dominici”, datada de 1 de Novembro de 1567, mas ainda em vigor, e que dizia o seguinte: «(…) Nós, considerando que estes espectáculos que incluem touros e feras no circo ou na praça pública não têm nada a ver com a piedade e a caridade cristã, e querendo abolir estes vergonhosos e sangrentos espectáculos, não de homens, mas do demónio, e tendo em conta a salvação das almas, na medida das nossas possibilidades, com a ajuda de Deus, proibimos terminantemente por esta nossa constituição (…) a celebração destes espectáculos (…)». Tanto quanto sabemos, esta bula só foi acatada em Itália. Isto foi o que disse o Papa Pio V, mas não é o que a Igreja segue. E a Igreja não seguindo, cala-se, num consentimento que, de tão silencioso, nos agride, como se gritasse: DOU-VOS A LIBERDADE DE SEREM IMPIEDOSOS PARA COM OS ANIMAIS! A tortura de Touros e Cavalos tem-se realizado sob a égide de uma igreja que não respeita minimamente os preceitos de Deus. A ideia de que o Touro era um ser diabólico, e como tal devia ser torturado, pertence a mitos antigos, quando imperava uma ignorância da mais profunda, e queimavam-se bruxas… Hoje sabemos que o Touro é apenas um bovino, e as bruxas não existem. Em pleno século XXI da era cristã, já não se justifica queimar bruxas e torturar Touros para exorcizar demónios, que, a existirem, estão personificados nos carrascos das criaturas de Deus. Está mais do que na hora de enterrar esta mentalidade medievalesca e dar o salto para o século XXI da era cristã. Isabel A. Ferreira Sugiro a leitura deste texto onde se aborda este tema mais esmiuçadamente. A IGREJA CATÓLICA E A TOURADA http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/201627.html

Ontem, dia 13 de Maio de 2017, foi um dia que ficará para a História de Portugal. Um dia que, no futuro, será recordado com verbos conjugados no pretérito perfeito, e celebrará apenas aquele que, nesse dia, elevou a Humanidade (o Papa Francisco), e aqueles que levaram aos píncaros o nome de Portugal (Salvador e Luísa Sobral), em Português. Nesse futuro, os que, nesse dia, na ala das autoridades, fingiram representar Portugal, já terão sido esquecidos há muito. Origem da imagem: https://twitter.com/fatimapilgrims O 13 de Maio Da fé do povo, não falarei. A fé é algo sagrado para quem a tem. Faz parte do foro íntimo de cada um. E as coisas sagradas devem ser respeitadas. E as do foro íntimo não dizem respeito a ninguém, senão aos próprios. Destacarei apenas a mensagem que o Papa Francisco deixou aos milhares de peregrinos e aos “poderosos”, em apenas duas frases. Aos peregrinos e à Igreja: O Papa questionou-os sobre por qual Maria peregrinavam: a Mãe (…) ou a santinha a quem se recorre para obter favores a baixo preço? Cada um saberá ao que foi e ao que promove em Fátima, e fará o seu acto de contrição. Aos “poderosos”: O Papa disse algo no seu discurso, que passou despercebido, talvez por não interessar a ninguém. Poderia ter sido mais explícito, mas, por vezes, por uma questão de circunstância, nas entrelinhas diz-se as coisas mais importantes, para quem as souber interpretar. E o Papa disse mais ou menos isto: não se deve humilhar os pequenos, para mostrar que são grandes. Que pequenos são estes? Serão todos aqueles que sendo frágeis, excluídos e abandonados, deserdados e infelizes ficam à mercê da mão que agride, não podendo defender-se. E ninguém é verdadeiramente grande quando agride (seja de que modo for) o pequeno (seja de que espécie for). E a isto chama-se cobardia, não grandeza. Espero que os governantes portugueses, que tiveram oportunidade de ouvir os recados de Francisco (que foi buscar o nome a Francisco de Assis) tivessem assimilado a mensagem que o Papa lhes deixou nas entrelinhas. Enfim, esperemos que a semente, que Francisco lançou em Portugal, germine e se transforme numa frondosa e frutífera árvore. De outro modo, a vinda do Papa Francisco ao Santuário de Fátima terá sido completamente em vão. O Festival da Eurovisão da Canção Salvador Sobral: vencedor do Festival da Eurovisão da Canção de 2017 Origem da foto: Internet https://www.youtube.com/watch?v=z5VUti3kVIo O 13 de Maio de 2017 ficará também marcado para sempre com a “vitória da música”. A vitória da verdadeira arte, da simplicidade. Da autenticidade. E tudo isto em Português. O mundo está farto do artificialismo. Do ruído musical. Da música de plástico. Do espectáculo sem conteúdo. A dupla Luísa e Salvador Sobral conseguiu o que mais ninguém em 48 participações conseguiu. Desta vez, Portugal venceu e convenceu o mundo. A fórmula foi simples: simplicidade. Não foi preciso “inglesar” a língua, nem banalizar a música, nem espalhafatar a interpretação para que se tornasse mais festivaleira a participação de Portugal. Os irmãos Sobral deram uma lição ao mundo, e principalmente a Portugal. Eles são os verdadeiros representantes da Cultura em Português. A propósito, Marcelo Rebelo de Sousa declarou: «Quando somos muito bons, somos os melhores dos melhores. Muitos parabéns ao Salvador Sobral». Sim, somos. Mas para isso temos de ser genuínos. Quando somos muito bons Portugueses, somos os melhores dos melhores, não precisamos de imitar ninguém, não precisamos de nos subjugar a ninguém. Cantámos e encantámos exclusivamente em Português. Salvador Sobral representou Portugal, algo que Marcelo não representa, por não defender a língua em que Salvador se expressou. António Costa, por seu turno, declarou: «Fez-se história em português hoje na Eurovisão. Parabéns Salvador! Parabéns Portugal!» Sim, ontem, na Eurovisão, fez-se História em Português, algo que António Costa nunca fará, por ter vendido a Língua Portuguesa ao estrangeiro. Portugal está de parabéns. Mas não António Costa. Os Portugueses, em Portugal e no mundo, têm orgulho dos irmãos Sobral, por estes não se terem deixado ir na onda do modismo linguístico. A nossa Língua é cantável, sendo bem pronunciada e cantada. Salvador provou que não é preciso cantar em Inglês para se ganhar um Festival da Canção. Parabéns, Salvador e Luísa, por não terem renegado a vossa Língua. Mais do que os governantes portugueses, vós sois os verdadeiros representantes da Identidade Portuguesa no mundo: com uma bela melodia, a mais bela melodia que já se compôs para os Festivais da Canção (em Portugal), cantada sobre um belíssimo poema escrito numa das mais belas e ricas línguas indo-europeias. O Festival da Eurovisão pretendeu celebrar a diversidade. Falhou na celebração da diversidade linguística, uma vez que a esmagadora maioria dos países cantou em Inglês. Lamentável. A diversidade é bem-vinda. É saudável. É recomendável. É natural. Espero que esta vitória dos irmãos Sobral sirva para a tomada de consciência dos nossos governantes para algo primordial: Portugal é um país europeu. Portugal tem uma Língua – a Portuguesa. Não queiram destruir o que temos de mais precioso e belo para nos representar e identificar como um país soberano. Os que fingiram representar Portugal Marcelo Rebelo de Sousa (PR) católico, e António Costa (PM) ateu, unidos em Fátima… Foto: Tiago Miranda Porque os cargos assim os obrigaram, o presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, que se diz católico, e António Costa, que é ateu, com a mesma cara que foram ao Santuário de Fátima, vão também a uma arena assistir à tortura e à sangria de Touros, seres vivos sencientes e animais como nós. Desconheço se o Papa Francisco, que já se pronunciou sobre a condição animal, e adoptando o nome de Francisco de Assis, adoptou igualmente a postura do Santo perante a Criação de Deus, tem conhecimento deste detalhe. Saberá com toda a certeza que Portugal é um país onde ainda se vive um atraso civilizacional, no que respeita à adopção de práticas medievalescas e anti-essência cristã. Na sua mensagem, o Papa Francisco fez uma exortação à necessidade de os católicos serem misericordiosos. Sabemos que ser misericordioso passa por ser-se compassivo para com a Vida humana, mas também para com todas as outras vidas que fazem parte da Criação de Deus. A Vida é um elo cósmico, ligado por muitos elos, todos necessários à Harmonia Cósmica que rege o Universo. Ora, estes senhores, incluindo o clero católico que, em Fátima, escondeu a face da iniquidade, pois como sabemos, festejam os santos e santas da igreja católica com práticas cruéis, sanguinárias e violentas, desrespeitando a Bula, ainda vigente, do Papa Pio V, prostraram-se diante do Papa Francisco com um manto dos “santinhos” que não são. Em Fátima, no que respeita aos “representantes” de Portugal a todos os níveis (PR, AR e Governo) primou-se por uma hipocrisia descomunal. Todos fingiram uma “santidade” que na verdade não têm. E todos fingiram que estavam ali a representar Portugal. Mas no dia 13 de Maio de 2017 quem na verdade representou Portugal no mundo foi Salvador e Luísa Sobral, em Português. Tudo o resto foi um vergonhoso faz-de-conta. Isabel A. Ferreira

«São Lucas Evangelista e o Touro» Eis um magnífico e conciso texto que nos conta como a tauromaquia surgiu em Espanha, e mais tarde veio a ser introduzida em Portugal, através dos Reis Filipinos, e uma vez aqui implantada, os portugueses começaram a considerá-la erradamente "tradição portuguesa”. A origem da tauromaquia assenta num ritual obscuro que acabou por ser adoptado pela Igreja Católica da Península Ibérica (Espanha e Portugal) no século XIV. Neste trabalho, da investigadora espanhola Maria Luisa Ibañez, fica demonstrado o motivo por que a Igreja Católica cala e consente esta selvajaria, numa flagrante desobediência ao Papa Pio V, cuja Bula anti-tourada ainda está em vigor. «São Lucas Evangelista e o Touro» Texto de Maria Luisa Ibañez «Deixo aqui esta informação sobre a atitude que ao longo dos tempos a Igreja Católica adoptou a respeito dos touros, no caso de alguém se importar. Podem ter certeza de que isto se passa deste modo, porque há muito que investigo sobre esta matéria, e está tudo comprovado. A saber: a atitude da Igreja Católica para com o Touro tem sido ambígua ao longo da sua História. De facto, inicialmente, a Igreja teve em relação ao Touro uma atitude muito positiva e benevolente: O Touro era o animal que se identificava tanto com São Lucas como com o Arcanjo Gabriel e São Miguel. No entanto, foi a partir do século XIV, que a igreja espanhola começou a planear incluir nas orações, aos seus santos padroeiros, oferendas de Novilhos ou Touros, no que veio a ser chamado de "Votos de Villa". Estas "oferendas" tinham como finalidade pedir ao santo ou à Virgem da devoção de cada um, que intercedessem junto de Deus para pôr fim a algumas das muitas calamidades que, naquela época, atormentavam as pessoas (doenças, secas, pragas ...). Com base nestes "votos", alguns municípios, em conluio com os seus párocos e confrarias, utilizaram estes animais, para que os povos das vilas pudessem capeá-los, torturá-los e matá-los impune e devotamente, umas vezes, durante o percurso das romarias que o povo fazia aos santuários das respectivas Virgens; outras, enquanto celebravam outro tipo de festejo (linchamento) taurino. Em muitas ocasiões, e uma vez morto animal, acabavam repartindo a sua carne entre os vizinhos e os pobres. Não há qualquer dúvida que foi então que começou a ligação dos “festejos” taurinos populares às celebrações religiosas a Virgens e Santos. Mas também sabemos que, desde o início, este tipo de "votos" foi denunciado por uma parte dos eclesiásticos, chegando finalmente a ser proibidos, juntamente com outros “espectáculos” taurinos, através de uma bula do Papa Pio V. A Bula anti-tourada de Pio V pode ser consultada aqui: https://moimunanblog.com/2011/12/02/bula-salutis-gregis-dominici-de-san-pio-v/ O que é escandaloso é que ainda hoje, em pleno século XXI D.C., a Igreja Católica continue calada e consentindo estes “festejos” taurinos para celebrar Santos e Virgens. Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1377104819030134&set=a.130247250382570.26212.100001918882195&type=3&theater (Tradução: Isabel A. Ferreira)

Mas este ano, pela primeira vez, o presidente da Câmara Municipal desta ilha, que é adepto de selvajaria tauromáquica, pretende impô-las, com o apoio da igreja que se diz católica, e logo na festa do Senhor Santo Cristo, remando contra a maré da evolução, como se o Santo Cristo aprovasse a tortura de criaturas de Deus. Por isso é importante que assinem e divulguem esta petição: https://www.change.org/p/senhor-bispo-d-jo%C3%A3o-lavrador-senhor-santo-cristo-das-lages-das-flores-sem-vacada No próximo dia 30 de Julho está programada a realização de uma “vacada”, integrada no programa da festa do Senhor Santo Cristo, na freguesia da Fazenda, concelho das Lajes das Flores. - Considerando que as touradas ou “vacadas” em nada contribuem para educar os cidadãos para o respeito aos animais, além de causarem sofrimento aos mesmos; - Considerando que põem em risco, de forma absurda, a integridade física e até em algumas ocasiões a vida das pessoas; - Considerando que não há tradição ou divertimento que justifiquem o sofrimento e maus tratos a um animal, não havendo nem sequer qualquer tipo de tradição para este tipo de “espectáculos” no Município das Lajes das Flores; - Considerando que o Município das Lajes deveria corresponder aos critérios do galardão de reserva da biosfera, como um exemplo de respeito pela natureza, pelo ambiente e pelos animais, não ficando associada a sua imagem à prática deste tipo de eventos retrógrados; - Considerando também que a Igreja Católica deveria ter uma posição clara relativamente às touradas, que foram condenadas e proibidas pelo Papa Pio V, que as considerava como espectáculos alheios de caridade cristã; Vimos apelar a V. Ex.ª para que seja retirada a licença municipal à realização deste evento e que a “vacada” seja retirada do programa da festa do Senhor Santo Cristo. Isabl A. Ferreira

Está prevista a realização de uma tourada à corda na freguesia da Feteira, Ilha do Faial, integrada nas festividades de Nossa Senhora de Lourdes. Uma vez mais vamos escrever ao Bispo dos Açores para dizer-lhe que a Nossa Senhora de Lourdes celebra-se com orações, música sacra, flores, enfim, coisas mais dignas de Nossa Senhora, que não abençoa a crueldade cometida contra as criaturas de Deus… Exmo. e Revmo. Senhor: Dom António de Sousa Braga Integrada nas festividades de Nossa Senhora de Lourdes, está prevista a realização de uma tourada à corda, actividade que anualmente é responsável por mais de 300 feridos e a média anual de uma morte. Considerando a crise socioeconómica em que os Açores estão mergulhados, à qual não ficam imunes as paróquias que se debatem com falta de recursos; Considerando que não há tradição ou divertimento que justifiquem o sofrimento e maus- tratos a um animal, seja uma tourada, circo, ou uma apanha ao marrão que também está inserida no programa; Considerando que a Igreja Católica deveria ter uma posição clara relativamente às touradas, que, foram condenadas e proibidas pelo Papa Pio V, que as considerava como espectáculos alheios de caridade cristã; Considerando que as touradas em nada contribuem para educar os cidadãos para o respeito aos animais, além de causarem sofrimento aos mesmos e porem em risco a vida das pessoas; Considerando que a tourada à corda prevista vem conspurcar as respeitadas festas de Nossa Senhora de Lourdes; Vimos apelar a V. Reverendíssima para que intervenha junto de quem de direito para que retire do programa a referida tourada a qual origina sofrimento, sem qualquer justificação, aos animais e que use com parcimónia o dinheiro esbanjado para o efeito. Ressalvo que embora seja argumentado que a tourada é de iniciativa privada, em nada justifica que uma freguesia, uma cidade e uma ilha, tenham a sua imagem manchada com a prática violenta, na qual se recorre ao uso de animais para diversão das pessoas. O movimento de consciencialização, relativamente à manutenção destas práticas, é cada vez maior, chegando à própria ONU, que já se manifestou em relação aos danos psicológicos e orais que causa às crianças. Não permitam que o Faial fique marcado como mais uma localidade que tende a regredir naquilo que são as boas práticas. Não permitam que a boa imagem, de Natureza viva, de vida náutica, de misticismo, seja marcado pela realização de práticas violentas que nada acrescentam de positivo. Com os meus cumprimentos, Isabel A. Ferreira *** Contactos, para enviarem esta ou outra carta mais personalizada: Para: geral@diocesedeangra.pt, seminariodeangra@mail.telepac.pt, geral@feteira.com, geral@cmhorta.pt, jornalincentivo@gmail.com, tribunadasilhas@gmail.com

O Papa Bento XVI, a Igreja e os Direitos dos Animais O Papa Bento XVI falou emocionadamente sobre a exploração de todos os seres vivos, em especial os animais que vivem nas quintas. Ao ser questionado, em 2002, sobre os direitos dos animais numa entrevista, o então Cardeal Joseph Ratzinger afirmou: “Este é um assunto muito sério. De todos os pontos de vista, podemos ver que eles foram postos sob os nossos cuidados, e simplesmente não podemos fazer o que queremos com eles. Os animais também são criaturas de Deus... Certamente, determinados tipos de usos industriais das criaturas, como quando os gansos são alimentados de tal maneira a produzir um fígado tão grande quanto possível, ou quando as galinhas vivem tão apertadas que se transformam em caricaturas de aves, esta degradação de seres viventes que as converte em coisas me parece que contradiz a relação de reciprocidade que vemos na Bíblia. Os animais são também criaturas de Deus, e embora não tenham uma relação directa com Deus, como tem o homem, eles são criaturas da Sua vontade, criaturas que devemos respeitar como companheiros de criação». (Papa Bento XVI) (Um aparte: há aqui a considerar, no meu enteder, o seguinte: talvez os animais não-humanos, por também serem criaturas de Deus e INOCENTES, tenham uma relação com Deus muito mais intensa do que os homens-predadores, que são uns grandes HIPÓCRITAS. Se não têm como afirmar esta apreciação, também não têm como negá-la). Isto é o que diz o Papa, mas não é o que a Igreja segue. E a Igreja não seguindo, o Papa cala-se, num consentimento, que de tão silencioso nos agride, como se gritasse: dou-vos a liberdade de serem impiedosos para com os animais! *** A Bula do Papa Pio V, datada de 1567 A 1 de Novembro de 1567, o Papa Pio V publicou a bula “De salute gregis dominici”, ainda em vigor: «(…) Nós, considerando que estes espectáculos que incluem touros e feras no circo ou na praça pública não têm nada a ver com a piedade e a caridade cristã, e querendo abolir estes vergonhosos e sangrentos espectáculos, não de homens, mas do demónio, e tendo em conta a salvação das almas, na medida das nossas possibilidades, com a ajuda de Deus, proibimos terminantemente por esta nossa constituição (…) a celebração destes espectáculos (…)». Fonte: “Bullarum Diplomatum et Privilegiorum Sanctorum Romanorum Pontificum Taurinensis editio”, tomo VII, Augustae Taurinorum, 1862, pág. 630-631. Esta “proibição” foi decretada em 1567, e ainda está em vigor. O que faz a Igreja Católica, em 2012? Pura e simplesmente IGNORA-A. E o Papado nada faz. *** Proibição de Touradas em honra de Deus e dos Santos (Conc. Trid., Sessão 25, Cap. o 1, «De venerat. Sanctorum») CAP. o 8 «O espectáculo das touradas é indigno de ser visto pelos cristãos e não difere muito daquele desumano costume dos pagãos de combater contra as feras, com erro do povo ignorante. Sucede julgar-se este género de espectáculos como exibição em honra de Deus, da bem-aventurada Virgem Maria Mãe de Deus e dos santos - de tal maneira que se chega ao ponto de alguns fazerem promessas de realizarem touradas! O Santo Concílio aconselha os Ordinários que ensinem ao Povo a si confiado, que com espectáculos desta natureza, mais se ofende a Deus do que se Lhe presta culto. Essas horas que se destinam a distrair os olhos com um vão e inútil prazer, são subtraídas ao culto devido a Deus, levando muitos fiéis a afastarem-se do sacrifício da missa que aqui e ali deixam de assistir ao ofício vespertino. Por isso ordena-se aos juízes das confrarias que não comprem toiros com as rendas e esmolas das mesmas. Se assim fizerem, além da restituição no dobro, sejam multados de acordo com a decisão dos Ordinários. Se algumas promessas com o pretexto de oferecer touradas, foram feitas, estabelece o Santo Concílio que as declare nulas, proibindo também que outras promessas do género se façam. Proíbe-se aos clérigos, quaisquer que sejam as ordens sacras que tenham recebido, ou aos prebendados, quaisquer que sejam os benefícios que tenham obtido -sob pena de cinco cruzados de ouro, aplicáveis em benefício do meirinho, e, em parte, em obras pias, proíbe-se, repete-se, que assistam a tais espectáculos. Aos alcaides das cidades e das vilas, exorta-os o Santo Concílio, que se abstenha de semelhantes espectáculos, a fim de que não desviem das coisas da Igreja e dos ofícios divinos as almas dos povos a cujo governo presidem.» Fonte: "O IV Concílio Provincial Bracarense e D. Frei Bartolomeu dos Mártires" do Prof. Dr. José Cardoso. Edição APPACDM - 1994 Nesta “proibição” não foi mencionado o principal argumento: o enorme SOFRIMENTO que tais práticas cruéis provocam nessas CRIATURAS que também SÃO DE DEUS. Um pormenor que nos chocou bastante. O importante para este Santo Concílio não foram os animais. Mas o “desvio” das pessoas das coisas “divinas”. É por estas e por outras que os “falsos” representantes de Deus na Terra serão um dia excomungados pelo próprio Deus, tão certo como à noite se seguir o dia. Disto, não tenho qualquer dúvida. Porém, é caricato que em pleno século XXI, depois de Cristo, se continue com a realização de touradas a pretexto de festas “religiosas” ou em honra de Santos, com a cumplicidade de clérigos, alguns certamente equivocados e que em nada dignificam a imagem da Igreja Católica. *** D. Manuel Martins: um Bispo contra as Touradas, mas muito silencioso…

Cabe aqui referir a importante posição de D. Manuel Martins (Bispo Emérito de Setúbal), quando gentilmente recebeu uma delegação do MATP - Movimento Anti-Touradas de Portugal e lhe questionaram se gostava de touradas: «Não gosto, nunca gostei. Brincar barbaramente com um animal, como na tourada, acho que é uma agressão à Ecologia, ao equilíbrio da natureza." Fonte: MATP - Movimento Anti-Touradas de Portugal http://matportugal.blogspot.com/2010/05/papa-bento-xvi-igreja-e-os-direitos-dos.html Sendo D. Manuel Martins, dentro da Igreja Católica portuguesa uma personagem de grande influência e prestígio, não o vimos nunca tomar uma posição pública CONTRA a TORTURA DE CRIATURAS, que também SÃO DE DEUS. *** A tortura de Touros conta com a cumplicidade da Igreja Católica, também no Perú

Este falso padre católico, Alfredo Castañeda Pro, vai direitinho para o inferno no qual ele acredita. Ele e os que com ele estão. Porque Deus não se deixa enganar, e está atento a estes impostores, que se fazem passar pelos Seus representantes na Terra... Esta é outra preciosidade da Igreja Católica. Mas quando é que esta moveu um dedo contra as corridas de Touros, contra o “Toro Embolado”, contra o “Toro Dardeado” ou contra o “Embalse de Toros”, nos tempos que correm? Lima, Perú, Domingo 4 de Novembro de 2012, assim se iniciou a feira taurina do “Senhor dos Milagres”, COM A ABSOLVIÇÃO CATÓLICA. Na foto, o capelão de Acho, Alfredo Castañeda Pro, padre jesuíta, (SÓ PODIA SER!), com o matador francês Juan Leal e o matador mexicano, já não tão menino, Michelito Lagravere, na capela da praça, antes das corridas. Segue-se um artigo taurino do diário limiano “Expresso”: «A Capela de Acho é a mais bela do mundo taurino… É a capela mais bonita de todas as praças de touros no mundo, refere o padre jesuíta Alfredo Castañeda Pro, “ Alfredito” para os seus ex-alunos e amigos, capelão durante 40 anos, na arena de Acho. Com os seus azulejos sevilhanos e as suas imagens do Senhor dos Milagres, a “Virgen de la Macarena” e a Nossa Senhora de Guadalupe, a capela é pequena mas um assombro de elegância e arquitectura», diz o padre Castañeda.» *** E dizemos nós: isto não é um padre. É mais um carrasco de Touros, a juntar aos tauricidas. Em Portugal, como no Perú, como em todos os outros países tauricidas (num total de oito), a Igreja Católica envergonha a DOUTRINA CRISTÃ. Fonte: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.468715926490352.129760.100000558462501&type=1#!/photo.php?fbid=422780891109181&set=a.314598921927379.87366.159923240728282&type=1&theater *** São estes pormenores que nos fazer crer que a Igreja Católica portuguesa está-se nas tintas para essa tortura, para o que diz o Papa Bento XVI, ou para a Bula do Papa Pio V, e porquê? Porque a Igreja Católica portuguesa é uma das grandes beneficiárias da tauromaquia, uma vez que a grande maioria das praças de touros lhe pertence. UM SACRILÉGIO! Além disso, considera que os animais não tendo alma, devem ser tratados como uns desalmados. E o que desejamos a toda esta gente, que assim pensa, é que seja julgada e condenada como merece, quando chegar a vez de ela prestar contas ao verdadeiro SENHOR DO UNIVERSO, que fez o Céu e a Terra e todas as suas criaturas. Isabel A. Ferreira

Joao Santiago, deixou um comentário ao post QUERIDÍSSIMOS AFICIONADOS, DEPUTADOS DA NAÇÃO E MEMBROS DA IGREJA CATÓLICA PORTUGUESA, PEÇO-VOS PERDÃO PELA MINHA GRANDE IGNORÂNCIA E ARROGÂNCIA... às 00:30, 2012-09-04. E se o João Santiago não o tivesse deixado escrito, se me tivessem dito isto, como quem diz que disse, eu não acreditaria. Por vezes penso que escrevo em chinês. E certas pessoas, como não sabem chinês, não percebem nada. Foi o que aconteceu, ao João Santiago, com certeza, e ao qual vou ter a pachorra de responder (a bolt) porque tenho por hábito seguir as obras de misericórdia espirituais: Dar bons conselhos; Ensinar os ignorantes; Corrigir os que erram; Consolar os aflitos; Perdoar as injúrias; Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo... Mas vamos ao comentário:

«Cara Sra., reflecti várias vezes sobre o facto de valer a pena perder o meu tempo a comentar tanta hipocrisia... Não consegui resistir. As pessoas têm de ter uma visão abrangente da realidade e do mundo e não estarem focados em pequenas querelas que só servem para alguém lhes dê atenção (neste caso, conseguiu-o). Pois fez muito bem, João Santiago. Prometo que vai valer a pena ter perdido o seu tempo a comentar... A hipocrisia já fica por sua conta, porquanto deve estar a falar da sua própria hipocrisia, pois chamar “pequenas querelas”, a algo que implica a TORTURA E SOFRIMENTO de seres vivos, não acho que seja algo “pequeno”... Em primeiro lugar, não sou realmente apreciador de touradas. Como não sou da luta de galos, da luta de cães, da caça desportiva, da pesca desportiva, das corridas de cavalos, etc., etc. Em todos estes casos é possível (cada pessoa tem direito à sua sensibilidade) ter um espectador (ou mais) e um animal (ou mais) a sofrer. Quanto a isto estamos completamente de acordo: eu também ABOMINO todas essas práticas primitivas e sanguinárias, lesivas do bem-estar dos meus irmãos não humanos, e tenho-me batido pela abolição de todas elas. Se nunca prestou atenção... o problema é seu. Só os touros? Então e os outros animais (daqui a uns anos também já as plantas estarão metidas ao barulho)? Portanto, só por este facto, o seu artigo peca desde logo pela discriminação. Ora ESTE meu artigo é sobre TOURADAS. Tenho OUTROS artigos escritos CONTRA os circos que usam animais, os jardins zoológicos, a caça e a pesca desportivas, o tiro aos pombos, a luta de cães, de ursos, de galos... tudo isso... Contra a tortura de seres humanos, a escravatura, a violência doméstica, as guerras, a fome, e a estupidez humana que ainda mantém tudo isto numa época em já se colocou o pé humano na Lua. Mas ESTE meu artigo, particularmente ESTE, foi sobre TOURADAS. Cada assunto é um assunto. Portanto não foi nada feliz na sua observação. Depois, a Igreja Católica. O que é que a Igreja Católica tem a ver com a tourada? Dá-lhe jeito só para chatear? Para ter um artigo mais "moderno" e "pungente"? Sim porque hoje em dia ser contra a Igreja Católica é rende... O que é que a Igreja Católica tem a ver com as touradas? Pois eu digo-lhe, porque já vi que ou não sabe ou faz que não sabe, para não ter ser cúmplice. A Igreja Católica tem TUDO a ver com as touradas. PROMOVE TOURADAS. PERMITE TOURADAS. APOIA TOURADAS. É CÚMPLICE DAS TOURADAS. FESTEJA QUASE TODOS OS SANTOS E SANTAS COM TOURADAS E VACADAS, e coisas do género. Leia outros artigos. Que vem lá tudo. As ditas “Santas” Casas da Misericórdia são proprietárias da maioria das Praças de Touros que existem em Portugal. E vem dizer-me que critico a Igreja Católica porque “dá-me jeito”? Dá-me jeito para quê? Artigos “modernos”, “pungentes”? E eu lá preciso disso para alguma coisa? Veja este link, João: http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/158119.html Só quero é que DEIXEM OS TOUROS E OS CAVALOS EM PAZ, e NÃO QUERO SER CÚMPLICE desta BARBÁRIE. As outras religiões é como se não existissem (o que só dá de facto mais força à Igreja Católica - pelos vistos é a única). As pessoas não podem ter fé? Se sim, só podem ser católicos porque, como já atrás expliquei por absurdo, as outras não existem? Ah! Joãozinho, Joãozinho! Ou é muito ingénuo ou faz-se! AS OUTRAS RELIGIÕES não promovem TOURADAS. Podem promover outras barbaridades, mas eu ESTOU A FALAR DE TOURADAS NO MEU PAÍS, e no meu país, a única que PROMOVE E APOIA TOURADAS é a RELIGIÃO CATÓLICA. Não sabia? Pois fica a saber. Bastante redutor não será? Então e os jornalistas que cobrem as touradas, os escritores que as citam, os poetas que as cantam, médicos e veterinários que tratam as maleitas de toureiros e animais, respectivamente, políticos, advogados, etc, etc, não fazem parte do espectáculo? Não lhes fazem publicidade ou a mantêm cada um à sua maneira? Sociedade “civilizada” é um conceito seu? Bastante REDUTORES são todos aqueles que PROMOVEM E APLAUDEM A TORTURA DE SERES VIVOS PARA DIVERTIR SÁDICOS, BÊBADOS E NECRÓFILOS (e eu sei do que falo).

E OBVIAMENTE uma sociedade CIVILIZADA não TORTURA os seus animais para DIVERSÃO, nem sequer para os comer. Uma sociedade CIVILIZADA não PROMOVE a VIOLÊNCIA, a TORTURA, RITUAIS SANGUINÁRIOS E BOÇAIS como é o ritual da Tourada e todos os espectáculos que utilizam os Touros. Sabe, o João tem uma mentalidade que cheira a naftalina. Vale a pena haver diferenças? Se calhar “é pecado”... Vivemos na era do Aqui e Agora. Tem é de ser já! Não há passado (dá comichão...) e o futuro faz-se a partir do agora. Ideias inatas? Isso já é passado (quando eu nasci)... O que estou a pensar agora é que vale. Paróquias, Misericórdias e associações do género para tratar dos desfavorecidos e de quem tem fome não interessam. São, provavelmente, associações criminosas que vêm do tempo do fascismo... Esta sua conversinha não tem nem pés nem cabeça. Caridadezinha feita à custa do sofrimento de animais SENCIENTES não é caridade é PERVERSÃO. E é o que mais vemos por aí, com o aval da Igreja Católica. Agora uma tourada sim! Vale a pena perder tempo com o pobre do touro (contra o qual eu não tenho nada, diga-se), Se a Sra. quer criticar a tourada, critique-a. Seja consequente e critique a tourada, as lutas de galos, lutas de pitbulls, etc, etc. Compare o sofrimentos dos animais nas várias lutas, o que cada interveniente ganha com o espectáculo, etc. Estenda o seu trabalho além fronteiras e vá ao fundo da questão (estou convicto que sabe qual é para a criticar). Bem, sobre este seu parágrafo já disse o que tinha a dizer. O João lê UM SÓ artigo que escrevo, e pensa que fica a saber tudo sobre as minhas actividades e o que escrevo noutros textos. E eu é que sou redutora.

Antes de vir para aqui criticar a minha INTERVENÇÃO, devia procurar saber o que sou e o que faço. Mas não. Leu o que leu e só veio dizer disparates.

Se quer criticar a Igreja Católica, faça-o. Critique todas as religiões e credos se é agnóstica. Se não o fôr não critique nenhuma sob pena de realmente não saber o que é o divino ou ter fé. Se que fazer uma sopa de pedra de acusações faça-a mas fique a saber que até esta (sopa), segundo reza a história, foi criada por um frade... Se quiser apenas atear fogos, faça-o. Normalmente quem brinca com o lume queima-se...» Olhe João, acho que ficou bem clara a minha posição: critico a IGREJA CATÓLICA PORTUGUESA, porque é a única que PROMOVE TOURADAS. As outras Religiões que existem em Portugal (nem sequer as seitas, nem sequer a IURD) promovem TORTURA de SERES VIVOS PARA DIVERSÃO de SÁDICOS, apenas a RELIGIÃO CATÓLICA o faz, contra a Bula do Papa Pio V, AINDA EM VIGOR, e que a Igreja NÃO CUMPRE. Por isso, para não ser CÚMPLICE desta HERESIA, eu CRITICO a IGREJA CATÓLICA PORTUGUESA, e estou no meu direito. Os meus netos nunca dirão que a avó não lutou para lhes deixar um País limpo do SANGUE de INOCENTES ANIMAIS NÃO HUMANOS (seja em que circunstâncias for). Um País mais Luminoso. Mais Culto. Mais Civilizado. E o João Santiago o que tem feito em prol de um Portugal mais MODERNO?

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