Grupo de avaliação do Impacto do Acordo Ortográfico ouve professores de português

15-03-2017
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Esta é a primeira audição de um conjunto de iniciativas do grupo de trabalho, que se propõe “fazer o ponto de situação da aplicação que tem vindo a ser feita do Acordo Ortográfico [de 1990], avaliar o grau de concretização dos objetivos que se propunha atingir, [e] proceder às recomendações que, em conformidade, entender justificarem-se”

O Grupo de Trabalho para avaliação do Impacto da Aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, criado no âmbito da comissão parlamentar da Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, ouve esta quarta-feira a Associação Nacional de Professores de Português (ANPROPORT).

Esta é a primeira audição de um conjunto de iniciativas do grupo de trabalho, que se propõe “fazer o ponto de situação da aplicação que tem vindo a ser feita do Acordo Ortográfico [de 1990], avaliar o grau de concretização dos objetivos que se propunha atingir, [e] proceder às recomendações que, em conformidade, entender justificarem-se”, segundo comunicado divulgado na semana passada.

Quanto ao plano de audições, o grupo determinou que irá privilegiar as que “permitam identificar as principais questões que se colocam relativamente ao Acordo Ortográfico, numa perspetiva cronológica (de 1988, data do ‘Anteprojeto de Bases da Ortografia Unificada da Língua Portuguesa’, até 2017)”.

A presidente da ANPROPORT, Rosário Andorinha, em novembro último, realçou à Lusa que o Acordo Ortográfico de 1990 (AO90) não resultou de “uma alteração e evolução naturais da língua” e disse que uma revisão do documento era “bem-vinda”.

“A ANPROPORT tem uma posição de aceitação de tudo o que vier para minorar os efeitos da catástrofe, porque já são muitos, e neste momento estão a cometer-se erros, é bem-vindo, mas é muito, muito pouco, porque estas coisas já tinham sido constatadas, até por grandes nomes, de referência”, disse.

“Tudo que se puder fazer contra os erros que estavam a ser cometidos em termos de Língua Portuguesa, que é o nosso património, para nós é bem-vindo, não sei se será suficiente, e não sei se vamos a tempo de corrigir todo este sistema vocal cada vez mais fechado, sem as consoantes mudas, outras vezes aberto”, defendeu na ocasião a responsável.

Atualmente, disse a presidente da ANPROPORT, repara-se que “nem oralmente, nem por escrito as pessoas conseguem cumprir” o AO90.

“Os alunos estão a colocar acentuação onde não existia”, disse a responsável que argumentou que “uma língua não se muda por decreto, nem por lei” e defendeu que “do ponto de vista cívico, da cidadania, uma língua pertence a todos, todos esses que não foram, chamados a dar uma palavra”.

O grupo de trabalho propõe-se, no futuro, a “promover uma ou mais reuniões técnicas de enquadramento com vista à definição, mais pormenorizada, das estratégias de desenvolvimento dos trabalhos”, e também “poderá promover a realização dum colóquio”.

O colóquio, a realizar entre finais de abril e começos de maio, deve partir “das questões colocadas pela aplicação do Acordo Ortográfico” e deverá enquadrar “os aspetos mais gerais de defesa e valorização da Língua Portuguesa, entendida como elemento essencial do património cultural e fundamento de identidade e soberania”.

O relatório do trabalho do grupo deverá ser apresentado até 30 de junho.

O grupo é coordenado pelo social-democrata José Carlos Barros e constituído também pelos deputados Margarida Mano (PSD), Diogo Leão (PS), Jorge Campos (BE), Teresa Caeiro (CDS-PP) e Ana Mesquita (PCP).

Esta é a primeira audição de um conjunto de iniciativas do grupo de trabalho, que se propõe “fazer o ponto de situação da aplicação que tem vindo a ser feita do Acordo Ortográfico [de 1990], avaliar o grau de concretização dos objetivos que se propunha atingir, [e] proceder às recomendações que, em conformidade, entender justificarem-se”

O Grupo de Trabalho para avaliação do Impacto da Aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, criado no âmbito da comissão parlamentar da Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, ouve esta quarta-feira a Associação Nacional de Professores de Português (ANPROPORT).

Esta é a primeira audição de um conjunto de iniciativas do grupo de trabalho, que se propõe “fazer o ponto de situação da aplicação que tem vindo a ser feita do Acordo Ortográfico [de 1990], avaliar o grau de concretização dos objetivos que se propunha atingir, [e] proceder às recomendações que, em conformidade, entender justificarem-se”, segundo comunicado divulgado na semana passada.

Quanto ao plano de audições, o grupo determinou que irá privilegiar as que “permitam identificar as principais questões que se colocam relativamente ao Acordo Ortográfico, numa perspetiva cronológica (de 1988, data do ‘Anteprojeto de Bases da Ortografia Unificada da Língua Portuguesa’, até 2017)”.

A presidente da ANPROPORT, Rosário Andorinha, em novembro último, realçou à Lusa que o Acordo Ortográfico de 1990 (AO90) não resultou de “uma alteração e evolução naturais da língua” e disse que uma revisão do documento era “bem-vinda”.

“A ANPROPORT tem uma posição de aceitação de tudo o que vier para minorar os efeitos da catástrofe, porque já são muitos, e neste momento estão a cometer-se erros, é bem-vindo, mas é muito, muito pouco, porque estas coisas já tinham sido constatadas, até por grandes nomes, de referência”, disse.

“Tudo que se puder fazer contra os erros que estavam a ser cometidos em termos de Língua Portuguesa, que é o nosso património, para nós é bem-vindo, não sei se será suficiente, e não sei se vamos a tempo de corrigir todo este sistema vocal cada vez mais fechado, sem as consoantes mudas, outras vezes aberto”, defendeu na ocasião a responsável.

Atualmente, disse a presidente da ANPROPORT, repara-se que “nem oralmente, nem por escrito as pessoas conseguem cumprir” o AO90.

“Os alunos estão a colocar acentuação onde não existia”, disse a responsável que argumentou que “uma língua não se muda por decreto, nem por lei” e defendeu que “do ponto de vista cívico, da cidadania, uma língua pertence a todos, todos esses que não foram, chamados a dar uma palavra”.

O grupo de trabalho propõe-se, no futuro, a “promover uma ou mais reuniões técnicas de enquadramento com vista à definição, mais pormenorizada, das estratégias de desenvolvimento dos trabalhos”, e também “poderá promover a realização dum colóquio”.

O colóquio, a realizar entre finais de abril e começos de maio, deve partir “das questões colocadas pela aplicação do Acordo Ortográfico” e deverá enquadrar “os aspetos mais gerais de defesa e valorização da Língua Portuguesa, entendida como elemento essencial do património cultural e fundamento de identidade e soberania”.

O relatório do trabalho do grupo deverá ser apresentado até 30 de junho.

O grupo é coordenado pelo social-democrata José Carlos Barros e constituído também pelos deputados Margarida Mano (PSD), Diogo Leão (PS), Jorge Campos (BE), Teresa Caeiro (CDS-PP) e Ana Mesquita (PCP).

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