Deputada do PAN acusada de xenofobia demite-se

01-07-2019
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O partido PAN (Pessoas - Animais - Natureza) desvinculou-se totalmente das declarações da deputada municipal da Moita que, numa recomendação sobre maus-tratos a cavalos faz referência a "uma etnia que se multiplicou" e que "anda empilhada em cima de carroças" puxadas por estes animais equestres. Apesar de não haver uma única referência direta à etnia cigana, o PAN afirma que não se revê nas acusações étnicas e que contactou a deputada para a confrontar. A mesma apresentou a sua demissão, avança o partido num comunicado.Fátima Dâmaso foi acusada pelos deputados da Moita eleitos pela CDU de xenofobia quando leu a sua proposta na Assembleia que fazia referência ao grupo étnico. Esta terça-feira à noite, o PAN veio mostrar-se contra as declarações que serão "contra os princípios defendidos pelo PAN" e que os valores do partido "se pautam pela igualdade plena e pela não-discriminação".No comunicado da deputada podia ler-se: "Aqui na Moita verifica-se que existe uma etnia que se multiplicou e que todos os dias se passeiam pela Moita e arredores, empilhados em cima de carroças, puxadas por um único cavalo subnutrido, espancado a desfazer-se em diarreias por não ser abeberado e alimentado sequer e que por vezes caem na via pública, não suportando mais..."A proposta foi alvo de críticas ainda durante a assembleia e a deputada prometeu reformular a proposta e voltar a apresentá-la em setembro.O comunicado refere ainda que a Comissão Política Permanente entrou em contacto com a deputada Fátia Dâmaso que colocou o cargo à disposição. A demissão foi aceite já que "que não existem condições políticas para a prossecução das suas funções", refere o partido de André Silva."Apesar de serem legítimas e reais as preocupações em relação a maus tratos a animais num contexto de alto desgaste local por continuadas denúncias ignoradas pela lei e pelas autoridades, tal facto em nada se interliga com grupos, comunidades ou determinadas etnias, mas sim com comportamentos individuais que carecem de sensibilização e com vazios legais que têm de ser resolvidos com urgência", lê-se no comunicado do PAN."O PAN reforça que a moção foi retirada sem votação e lamenta profundamente esta situação, apresentando o seu pedido de desculpas a todas e todos os cidadãos que se possam ter sentido discriminados ou desidentificados com esta referência imprópria", conclui o partido.

O partido PAN (Pessoas - Animais - Natureza) desvinculou-se totalmente das declarações da deputada municipal da Moita que, numa recomendação sobre maus-tratos a cavalos faz referência a "uma etnia que se multiplicou" e que "anda empilhada em cima de carroças" puxadas por estes animais equestres. Apesar de não haver uma única referência direta à etnia cigana, o PAN afirma que não se revê nas acusações étnicas e que contactou a deputada para a confrontar. A mesma apresentou a sua demissão, avança o partido num comunicado.Fátima Dâmaso foi acusada pelos deputados da Moita eleitos pela CDU de xenofobia quando leu a sua proposta na Assembleia que fazia referência ao grupo étnico. Esta terça-feira à noite, o PAN veio mostrar-se contra as declarações que serão "contra os princípios defendidos pelo PAN" e que os valores do partido "se pautam pela igualdade plena e pela não-discriminação".No comunicado da deputada podia ler-se: "Aqui na Moita verifica-se que existe uma etnia que se multiplicou e que todos os dias se passeiam pela Moita e arredores, empilhados em cima de carroças, puxadas por um único cavalo subnutrido, espancado a desfazer-se em diarreias por não ser abeberado e alimentado sequer e que por vezes caem na via pública, não suportando mais..."A proposta foi alvo de críticas ainda durante a assembleia e a deputada prometeu reformular a proposta e voltar a apresentá-la em setembro.O comunicado refere ainda que a Comissão Política Permanente entrou em contacto com a deputada Fátia Dâmaso que colocou o cargo à disposição. A demissão foi aceite já que "que não existem condições políticas para a prossecução das suas funções", refere o partido de André Silva."Apesar de serem legítimas e reais as preocupações em relação a maus tratos a animais num contexto de alto desgaste local por continuadas denúncias ignoradas pela lei e pelas autoridades, tal facto em nada se interliga com grupos, comunidades ou determinadas etnias, mas sim com comportamentos individuais que carecem de sensibilização e com vazios legais que têm de ser resolvidos com urgência", lê-se no comunicado do PAN."O PAN reforça que a moção foi retirada sem votação e lamenta profundamente esta situação, apresentando o seu pedido de desculpas a todas e todos os cidadãos que se possam ter sentido discriminados ou desidentificados com esta referência imprópria", conclui o partido.

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